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Estávamos andando mais de duas ou três horas? Não sei, não contei as horas. Ekko estáva mancando, e eu o ajudava a andar, o garoto tinha o seu braço ao redor de meu pescoço me usando como amuleta. As vezes eu podia escuta-lo resmungar ou arfar de dor, mas como é teimoso não queria parar a caminhada.

Depois de mais algumas horas, finalmente! Havíamos chegado em uma casinha de campo, simples, porém significativa para mim e para a minha família. Está casinha era de minha avó, ela amava vir aqui para descansar, ler um livro, bordar, aproveitar a sua própria companhia e da natureza, ela que havia me apresentado este lugar, e eu fico muito grata a ela, só eu e a Cat sabemos deste lugar, além da nossa avó.

A casinha continuava encantadora  como sempre. Ela era uma casinha coberta de madeira e vidro, envolta havia muitas flores e plantinhas, e até mesmo árvores frutíferas ao lado. Ao adentrarmos a casa trato de ajudar a Ekko de se sentar no sofá. O garoto tinha um olhar inocente e maravilhado com aquele lugar simples e simplório. Ao perceber meu olhar sobe ele, o garoto desvia o olhar fingindo não se  importar.

— iremos passar a noite aqui... E se você quiser, podemos ficar aqui até seu pé melhorar, que tal? – pergunto apreensiva.

— Tsc! ... Não temos outra opção. – Ekko resmunga.

Sorrio sem mostrar os dentes, e apenas concordo com a cabeça. Trato de ir até o quarto e buscar uma toalha limpa, e depois volto indo de encontro ao garoto.

— vá tomar banho... – estendo a toalha ao garoto.

— com o pé assim? – Ekko diz agarrando a toalha.

— que foi? Quer que eu te ajude, então? – arqueio a sobrancelha.

— hã? Quê? Claro que não. – Ekko diz ganhando um rubor rosa em suas bochechas.

— então deixe de frescura, vá se banhar. – sorrio vitoriosa.

Me aproximo de Ekko o ajudando a se  levantar, e o guio até o banheiro. O caminho inteiro o garotofoi resmungando, prendi o quanto eu pude para não soltar nenhuma risada. O deixo dentro do banheiro e saiu do cômodo o deixando só. Antes de sair escuto Ekko dizer um: "Para que tomar banho? Frescura." Não pude conter a risada, saiu andando pelo corredor rindo da frase de Ekko.

•••••

Estáva separando algumas roupas para Ekko no quarto de hóspedes, até escutar a voz do garoto logo atrás de mim, me viro para ekko e o encaro dos pés a cabeça, não tinha como não olhar para seu abdômen definido, suas curvas, e também para seus lábios que me atraiam tanto. E para ser bem sincera, ver Ekko parado ali em minha frente, apenas com uma toalha envolta de sua cintura, era implorar para que aquela toalha caísse e o revelasse por completo. Acabo por não perceber que o encarava, ou melhor o secava com o olhar, eu havia entrado em um transe.

— Ei... –Ekko me chama, me retirando do transe.

– estalo a minha língua no céu da boca — separei algumas roupas para você vestir.

— Não vou vestir nada disso, não tô afim de  me parecer com um burguês. – Ekko protesta.

— Então fica pelado mesmo, eu hein. – Me sento não beira de cama e cruzo as pernas e os braços. - Só escolha algo confortável para dormir.

— Se continuar há me secar, eu irei achar que quer mesmo que eu fique nu. – Ekko provoca.

– suspiro — Então fique... – descruzo as pernas me levantando, enquanto os olhos de Ekko acompanham os meus  movimentos. Me aproximo do garoto passando a ponta de meus dedos em seu ombro molhado. — Mas não reclame se ficar gripado.

Vejo um mini sorriso ladino surgir em seus lábios, me fazendo desejar sorrir, mas me repreendo por este ato idiota, apertando meus lábios enquanto desço com a ponta de minha unha por toda a extensão de seu braço, ao chegar em seu pulso volto os movimentos só que subindo. Os olhos atentos de Ekko seguiam os meus movimentos com atenção.

— Porquê uma burguesinha como você iria se  preocupar comigo? Em? – Ekko provoca.

— Só me obedeça, se não quiser ficar doente... É claro. – paro os movimentos com a minha unha, elevando o meu olhar ao do Ekko.

— Ekko solta uma risadinha baixa, como um sopro. O garoto eleva seu olhar ao meu, nossas orbes se encontram. — Você é muito mandona... – sua voz sai como um sussurro, calmo.

— E você é muito teimoso. – digo no mesmo tom de voz.

Me aproximo de Ekko ficando a centímetros de distância do garoto, desço a minha mão delicadamente pela pele de Ekko, posso perceber o quão o deixei arrepiado. Quando o garoto ia se aproximar, parece cair em si e se afasta imediatamente.

— o encaro com o cenho franzido – Acho melhor eu me vestir, estou pegando muita friagem. — Ekko diz desviando o seu olhar do meu.

— Claro...  – digo tentando não transparecer  a minha decepção. — Não demore.

Saiu do quarto confusa, completamente confusa para ser honesta. Eu não sei dizer  o que havia acabo de  acontecer, eu estáva decepcionada, e eu sabia que não podia me sentir assim, até porque eu não estáva em modo de me reprimir por isto, mas poxa... Porquê eu me sentia assim?

Vou até a sala e ajeito as comidas sobe a mesinha de centro, séria mil vezes melhor ele comer aqui, por ser mais confortável e para que seu pé não doesse tanto. Após alguns minutos Ekko surge em meu campo de visão. O garoto estáva vestido com uma calça larga azul de seda e um roupão do mesmo pano, parecia um verdadeiro burguês, chegava a ser Ilário.

— que tal? – Ekko pergunta emburrado.

— Você tá ridículo kkkkkkkk me parece um burguesinho, riquinho e mimado kkkkkkk – dou risada as custas de ekko. Enquanto Ekko me encarava emburrado.

Me levanto indo até a cozinha, pego um kit de primeiros socorros, e volto até a pequena sala, com pouca iluminação, a não ser além da iluminação das velas e da lua, que atravessava a grande parede de vidro, que dava a vista ao jardim e ao pequeno rio.

Me aproximo de Ekko e me sento ao seu lado, coloco a sua perna em meu colo e  começo a cuidar de seu pé, passo uma pomada antiinflamatória e depois o enfaixo. Dou dois tapinhas na perna de Ekko, para que o garoto tiro sua perna do meu colo, e assim ele faz.

— Bom apetite. – sorrio, fazendo os meus olhos se fecharem brevemente.

Ekko me encarava parecendo hipnotizado com a forma em que eu sorria, mas logo sai de seu transe e começa a se servir.

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Just me and you 🧡🧡🧡☪Onde histórias criam vida. Descubra agora