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Chego finalmente em casa, após ter ido buscar alguns suprimentos, se não Ekko desconfiaria.  Adentro o imóvel, dando de cara  com uma casa  totalmente vazia. Só podia se escutar o barulho do vento, correndo por todos os móveis. "Ele não foi embora... Ou foi?" Me pergunto.

Saio a procura de Ekko por todos os cômodos, e nada do garoto. "Mas que porra..." Quando já estáva na desistência, acabo presenciando uma cena tanto quanto peculiar. Ekko se encontrava no jardim com um lenço na cabeça e um avental, ele tentava alcançar a laranjeira, e ao seu lado havia uma cesta com algumas frutas e alface. Ekko parecia furioso por não conseguir alcançar a árvore, seu maxilar trincado entregava tudo. Ekko tenta pular resultando em uma queda, por seu per não estar totalmente firme. Vou até o garoto, com certo desespero e preocupação.

— doente... Tá com o pé todo fudido e quer ferrar mais ele. – o repreendo.

— Veja só a princesa resolveu voltar. – diz em negação.

— Cala boca ... – estendo a mão ao garoto. Meus olhos se encontram com o de Ekko, nossas orbes estávam acompanhando o movimento de ambas, era como se pudéssemos ler a mente um do outro.

— Ekko segura a minha mão e eu o puxo para cima, o ajudando se levantar. Nossos rostos se encontram, numa proximidade perigosíssima. —  que foi [s/n] está sem palavras? – Ekko diz com um sorriso sínico em seus lábios.

— estou... Ver sua feiúra de perto me assustou, cada vez mais. – não me reprimo de deixar um sorriso ladino surgir em meus lábios.

- Vai se ferrar, princesinha. – Ekko da ênfase no "princesinha" dando um ar provocativo.

"Cretino..."

— isso plebeu salde a sua princesa – dou dois tapinhas em seu ombro.

— "sua" – Ekko arquei a sobrancelha com um sorriso sínico.

— NÃO! – me corrijo rapidamente.

— Ekko desliza seu dedo em uma das minhas mexas a enrolando em seu dedo  e depois a pondo atrás de minha orelha, num movimento sugestivo. – Princesa... Você fica adorável corada. – Ekko dizia com seu olhar grudado no meu, sua voz parecia ter amolecido, não era tão agressiva.

Mantenho o seu olhar firme, tendo a certeza que minha pele estáva com um rubor aparente, até porque a minha pele parecia ferver de vergonha. Levo a minha mão em seu punho o segurando e o afastando de meu rosto.

— Não brinque comigo, Ekko. – digo com seriedade.

— hm... – Ekko parece não se importar, agindo com indiferença.

O tempo havia esfriado, e só agora havíamos notado a presença da brisa gelada. Ambos entramos na casinha, Ekko foi para a cozinha assumir o controle do fogão, e eu fui dar uma ajudinha a ele, como sua ajudante.

O garoto parecia saber o que estáva fazendo, cortando a cebola numa precisão incrível, nem parecia estar afetado pelos respingos da cebola. Ekko era bom no que estáva fazendo, diferente de  mim, que tava sendo péssima na cozinha, eu sabia o básico do básico, mas não era o bastante.

— então... Como foi lá fora? – Ekko quebra o silêncio que pairava pelo casa.

— Está difícil, muitos defensores atrás dos fogolumes que destruíram as mercadorias. – digo calmamente, esperando alguma reação da parte do garoto.

— hm... Eu imaginei isto, mas não fomos nós que destruímos aquela merda. – Ekko tinha seu maxilar trincado e o olhar no além.

— quem foi? – arqueio a sobrancelha curiosa.

— você é muito curiosa, deveria é aprestar atenção no que está fazendo, olha cortou tudo errado. – Ekko trata logo de mudar de assunto.

— sério? Para mim tá perfeitinho. – sorrio debochando do garoto.

— você é um porre – Ekko dizia com uma certa careta, mas era nítido sua vontade de rir de mim.

Após prepararmos o jantar, que para ser sincera, estáva incrível! Aquele emburrado sabe  fazer algo além de reclamar. Nós sentamos um ao lado do outro comendo, durante a refeição nenhum de nós trocou alguma palavra. Depois que comemos eu fui lavar a louça e Ekko ficou pela sala mesmo.

— Ekko acabei ... - digo secando a minha mão no pano de prato.

Ao adentrar a sala dou de cara com uma cena na qual eu achei extremamente fofa. Ekko estáva deitado no sofá, com a cabeça na almofada, dormindo profundamente. Sua feição estáva relaxada, e cabelos levemente bagunçados.  Coloco o pano de prato em meu ombro e vou até o garoto o cobrindo.

— descanse bem... – sussurro.

Me inclino lhe dando um selar em sua testa. Fico a admirar seu rosto, enquanto a minha mão desliza em sua bochecha, alternando o olhar entre a sua boca e face(por inteiro) me sinto muito tola por este ato. "Acho que cat tinha razão, eu devo ter usado algo ilícito mesmo." Penso em negação.


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Just me and you 🧡🧡🧡☪Onde histórias criam vida. Descubra agora