Just me and you 🧡🧡🧡☪

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Afeto ...

Um substantivo masculino, com separação de sílabas, em três sílabas, A-fe-to. Como uma palavra tão pequena e simples, carrega com sí mesma um significado tão gentil?

Sentir afeto é sentir ?

Em muitos momentos eu senti algo pelos meus familiares ou colegas... Mas por Ekko, era algo mais gentil e caloroso.

Eu o admirava. Admirava a maneira como ele olhava as coisas ao seu redor, seus olhos me pareciam um lago calmo e perverso, ou quando ele mexia seus lábios em total desagrado ou tédio, ou quando mesmo que sua face se encontrava em uma plena calmaria, seus olhos ardiam como chamas ardentes do inferno... Ok! Talvez eu esteja o observando demais.

Mas o que posso dizer não é mesmo? Sou apenas uma jovem tola que acaba de completar seus 16 e poucos anos, não tenho histórias há contar ou até mesmo experiências a passar. Se Kat lê-se isto, me acharia uma tola apaixonada, mas não estou... Estou?

- Se continuar quieta assim, pensarei que morreu ... - Ekko quebra a minha linha de raciocínio.

- hã? Então gosta quando eu falo? Pensei que se irrita-se fácil, ainda mais a minha voz. - sorrio provocativa.

- Ekko rola os olhos - Só não gosto desta calmaria total ... - o garoto se aproxima de mim, estendendo seu dedo em direção a minha testa, me dando um peteleco - Eu podia jurar ter visto fumaças saírem de sua caixola.

- minhas sobrancelhas se juntam em uma perfeita careta - Pare com isto... Estou apenas aproveitando este silêncio, que por um acaso foi interrompido por você. - o encaro numa forma de desagrado.

- Você é maluca ... - Ekko diz em negação, soltando um riso anasalado.

- E você gosta disto ... - dou de ombros, como uma criança mimada.

- Eu gosto... - Ekko diz claramente, com os teus olhos pregados nós meus, pulso firme, lábios alinhados e olhos ardentes. - Você da vida a está casa, porquê eu não gostaria disso?

- Porquê você me parece mais um idoso rabugento. - zombo do garoto, que revira os olhos em desaprovação, mas mal pode me enganar ao soltar um riso anasalado.

- Não sou eu quem vive reclamando porque eu não paro quieto. - rebate em grande estilo.

- Porquê eu me preocupo? - digo como se fosse óbvio. - Veja só! Quero que caia e se arrebente todo, não irei ajudá-lo também.

Me levanto em desagrado, indo até a cozinha resmungando o quão homens são tolos, malditos e ingratos. Talvez Ekko tenha uma porcentagem de razão, mas eu nunca diria isto a ele.

- Viu ... Está resmungando pelos cantos, novamente. - seu cinismo me deixava extremamente fula da vida, como diria meu pai.

- Sai daqui! Não quero ter que quebrar seu outro pé. - digo de maxilar trincado.

- Você se estressa fácil, fácil... - seu cinismo me enlouquecia, ele estáva me provocando. - Típico de uma burguesa, não é mesmo?

- ora seu ... - num movimento precipitado, acabo por dar uma rasteira em Ekko, que acaba por ir de encontro com o chão.

- Porra ... - Ekko, murmurra após sentir a queda.

- Deveria parar de me irritar, Ekko. - um sorriso carregado de deboche, desabrocha em meus lábios - Depois eu que sou a burguesinha frágil... Que dilema em ...

- Me ajude a levantar, porra! - Ekko tinha seu maxilar trincado, seus olhos ardentes grudados nós meus, e uma expressão raivosa.

- Eu ? Porquê eu te ajudaria? Você fez por merece-- num ato descuidado, Ekko me puxa me levando direto ao chão, junto a ele. - SEU MALDITO!

- Cale a boca ... - Ekko diz calmamente - Agora estamos na merda juntos.

- Não literalment- ok eu entendi. - sorrio fraco.

- Depois eu que sou o burro ... Quanta idiotice. - Ekko dizia em negação.

- Nunca te chamei disto - me viro o encarando - Você é misterioso...

- Você acha? - Ekko se vira me encarando - Pois, eu penso o mesmo de você...

- hm... Sua vida deve ser mais interessante que a minha, tenha certeza. - rio anasalado.

- Talvez ... - em seus lábios carnudos, tinha um sorriso ladino.

Talvez, afeto não seja a única coisa presente em meu peito, eu sentia outras coisas, outras substâncias ... Mas ainda era cedo demais para descobrir.

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