Capítulo 13

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Dulce María

O resumo do meu relacionamento era: trabalho.

Sim, apenas trabalho, sem sexo.

Até onde isso poderia ser ruim, não é? Eu e Christopher sempre fomos muito parceiros, mas precisar aturar ele vinte e quatro horas por dia com uma eleição chegando e isso era demais até para mim.

Já estávamos em casa fazia pelo menos dois meses e nada tinha mudado ou afrouxado, para ser sincera, tudo tinha piorado.

Acordávamos todos os dias as oito horas da manhã, tomávamos banho, nos trocávamos e íamos direto para a cozinha. Um dia eu fazia o café e o suco, enquanto ele fazia a salada de frutas, o misto quente ou qualquer outra coisa que fossemos comer, no outro dia era ao contrário e depois ia cada um para seu canto e suas reuniões.

Anahí basicamente tirava meu coro com eventos virtuais da alta sociedade que eram basicamente insuportáveis, mas não mais do que a ideia de que logo isso voltaria ao presencial e claro, nada era tão ruim que não pudesse piorar.

Christopher passava o dia todo trancado no escritório com reuniões atrás de reuniões, nunca saía de lá para almoçar, raramente tomava café de tarde e mal jantava. Tudo o que ele comia era porque eu levava para ele. Muitas vezes, eu o escutava aos berros com Alfonso e sempre que isso acontecia, Any me mandava mensagem para ver se eu sabia de algo, mas a resposta era óbvia: a esposa nunca sabe dos negócios do marido.

Eu sei que existem dois erros nesse ponto de vista e que um desses erros é o machismo instaurado nessa história toda e o outro claro, que eu e Christopher não passamos de um casal de namorados, o que pode ser péssimo para sua imagem.

O universo político nunca foi justo, coerente e muito menos limpo, mas a gente espera que na nossa vez, possamos mudar tudo, mas até onde vale a pena tentar bater de frente com o povo, não é?

Christopher topou entrar nessa para que sim, nós fizéssemos a diferença nisso tudo, só que cada dia que se passa dentro dessa pandemia ele fica mais político e menos humano, esquisito.

– Dulce? – A voz de Christopher me tirou dos meus pensamentos me assustando. – Desculpe. Em que estava pensando? – Ele se sentou ao meu lado na cama.

– Em nada demais. – Sorri sem mostrar os dentes.

– Entendo. – Christopher suspirou de forma aflita. – Me diz que você não jantou ainda... – Semicerrei os olhos e ele desviou o olhar.

– São quase dez horas da noite, eu meio que já desisti de jantar. – Dei de ombros e ele mordeu o lábio inferior.

– Então ainda não desistiu por completo. – Chris falou se levantando e deu a volta na cama. – Eu sei que eu tenho sido um péssimo namorado, mal tenho te dado atenção e quando dou, sou relapso e queria começar a endireitar as coisas, mesmo sendo quase dez da noite. – Ele esticou a mão para que eu pegasse foi inevitável sorrir.

– O que iremos fazer nesse enorme apartamento, senhor von Uckermann? – Falei de forma teatral enquanto pegava sua mão.

– Surpresa senhorita Saviñón. – Ele piscou e depositou um beijo em minha mão.

Nós caminhamos em direção à sacada e lá estava montado de forma simples discreta, um jantar romântico.

– Eu queria poder ter feito mais, mas infelizmente estamos quase presos aqui. – Christopher fez careta e eu ri pelo nariz.

– Ficou incrível. – Me virei para abraça-lo e dei um beijo em seu nariz.

– Sente-se amor, vou trazer nosso jantar. – Chris puxou uma cadeira pra mim e logo saiu sala a dentro.

Eu estava toda boba e encantada com essa ação dele, ambos estávamos totalmente focados no trabalho e esquecendo de que nosso relacionamento também importava. Não cobrava mais isso dele, porque querendo ou não, eu tinha colocado ele nessa furada, a gente só não esperava que pudéssemos ficar presos dentro do nosso apartamento nesse meio tempo.

– Não posso culpar a pandemia de tudo, mas ela acabou prejudicando nosso relacionamento. – Christopher falou colocando um prato de macarrão à carbonara em minha frente. – Na verdade... – Fez uma pausa enquanto arrumava seu lado da mesa. – Prejudicou minha cabeça e eu fiquei relapso e quero me desculpar por isso. – Se sentou. – Você é minha maior parceira Dulce, meu ponto de luz. – Seu sorriso sincero era lindo.

– Chris, eu não o culpo totalmente. Sei que você tem estado ocupado por conta da campanha e parte disso é minha culpa...

– Não, Dulce! – Ele me repreendeu. – É minha! Eu preciso trabalhar? Sim, até porquê, eu amo meu trabalho, mas eu amo você mais e preciso cuidar disso aqui. – Christopher sinalizou nós dois com os dedos. – Sem nós, já não tem mais a mim, nem a candidatura. – Suspirou e assenti.

– Então não vamos mais falar de trabalho, apenas de nós. – Sorri sincera.

– Apenas de nós!

***

O jantar seguiu totalmente tranquilo e leve, bem como as coisas aconteciam no começo do nosso relacionamento – mesmo com tudo que rolava na época.

Christopher se mostrou o cara por quem me apaixonei e foi fácil de notar que era com aquele cara que eu escolhi viver.

– Espero que daqui pra frente nós dois possamos dar mais atenção pra nós. – Falei me sentando no braço do sofá.

– Pode ter certeza que tudo vai melhorar, amor. – Ele falou apoiando as mãos em meus ombros. – Prometo fazer pelo menos uma das refeições principais sentado à mesa com você. – Chris beijou minha cabeça.

– Uau! – Fingi surpresa. – Isso sim é um começo senhor Christopher von Uckermann. – Brinquei virando minha cabeça de lado e ele fez careta.

– Chata!

– Você me ama, não tem jeito! – Falei e logo depois fiz um biquinho.

Christopher desceu suas mãos por meus braços se aproximando de mim e depositou um beijo tímido... Era um beijo que na verdade, eu não sentia há pelo menos três anos.

Me virei de lado e o puxei para minha frente, fazendo-o se encaixar no meio das minhas pernas. Passei minhas mãos por seu peito aprofundando ainda mais o beijo, fazendo com que ele soltasse um gemido.

Suas mãos que estavam em minha cintura passaram de forma delicada por minhas pernas guiando-as para que eu as enrolasse em seu quadril e com um impulso quase ridículo ele me pegou no colo, rompendo o beijo.

– Hoje eu quero relembrar os velhos tempos. – Sua voz rouca fez com que meu corpo ardesse em chamas.

Os beijos continuaram da sala até nosso quarto e Chris se sentou na cama me deixando em colo, onde eu sentia claramente sua ereção no meio das minhas pernas, o que me fez deslizar lentamente enquanto mordia seu lábio.

– Você sempre vai ser o meu maior pecado, Dulce María.

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N/A: hello!

demorei, mas voltei!

eu juro que eu não tinha esquecido de vocês, só tava dificil soltar tudo que se passava/passa nessa cachola!

me perdoem!

comentem, votem e eu volto (eu sempre volto)!

beijinhossssssss ;*

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⏰ Última atualização: Mar 08, 2022 ⏰

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