Prólogo

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Christopher von Uckermann

Quatro anos desde o casamento de Anahí e Alfonso se passaram, quatro anos do meu pedido à Dulce, quatro anos  de um inferno na terra. O que eu aprendi todo esse tempo? Tudo acontece por algum motivo.

A opinião da minha namorada era a coisa mais importante para mim, então levei em conta todos os pontos sobre ela ser contra eu sair candidato a prefeito e com isso, terminei meu mandato de deputado e hoje apenas advogo.

Hoje eu e Dulce moramos juntos, o que é a parte mais gostosa do meu dia. Sério, chegar do escritório e poder encontrar minha garota é tudo que eu pedi aos céus.

Minha vida andava extremamente tranquila, viagens em feriados e nas nossas férias, trabalho tranquilo apenas indo aos tribunais de maneira totalmente esporádica, até meu celular tocar.

– Uckermann. 

–  Christopher, as coisas estão tomando um rumo cruel. – A voz do outro lado da linha era de Alfonso.

– Como assim? – Falei confuso me ajeitando em minha cadeira.

A prefeitura está indo abaixo de novo, o prefeito atual vai deixar a cadeira com um rombo exorbitante e sua namorada protocolou um processo contra ele, as contas da última eleição foram fraudadas, o circo vai pegar fogo. – Poncho falou de forma descontrolada e eu travei.

– Quem protocolou o que? – Soltei.

Dulce... Você não sabia? Porra! Tô indo pra aí! 

– Não! Vou para casa, preciso encontrar com Dulce, amanhã cedo nos vemos ou melhor... Fica com o celular sempre por perto. – Desliguei enquanto fechava os olhos.

Dulce tinha parado de advogar desde o ano em que nos "conhecemos", o que me assustava de verdade, era ela ter voltado sem me avisar, isso significa que as coisas em nossa cidade estão andando de mal à pior.

Me levantei rápido, mal desliguei meu computador e deixei minha mesa na maior algazarra, ao sair, passei quase como um furacão por Melissa, a ex secretária de Dulce e minha atual funcionária.

– Só volto amanhã! Limpe minha agenda. – Falei com pressa.

– Sim senhor. – Ouvi basicamente o sussurro da garota.

Entrei no carro e encarei o volante por alguns minutos, sério minha cabeça fervia, eu estava com um misto de mágoa e raiva, mas não era dela... E sim da situação toda que estava sendo formada, eu estava realmente perdido.

Liguei o carro e fui ao nosso apartamento com calma, prestando atenção em todos os faróis e quando parei na garagem respirei fundo.

– E lá vamos nós...

Chamei o elevador e meu estômago foi dominado por uma situação ruim, talvez eu soubesse o que estava realmente por vir, só não queria acreditar e então a porta se abriu. 

Quando destranquei a porta do apartamento e a abri, Dulce estava sentada com uma taça de vinho na mão, assistindo o jornal totalmente apreensiva.

– Dulce... – A chamei e ela primeiro me olhou assustada, mas depois sorriu.

– Oi meu amor, chegou mais cedo por quê? – Seu sorriso no rosto me incomodou.

– Recebi uma ligação de que minha namorada protocolou um processo contra o prefeito, algo sobre dívida exorbitante e fraude na receita da eleição, coisa simples. – Dul mordeu o lábio inferior e me olhou meio aflita. – Isso te parece algo? – Ela sorriu amarelo e eu fechei a porta. – Dul, por que não me contou? – Questionei indo em sua direção.

– Desculpe. – Ela suspirou. – Desde que voltamos da última viagem minha vida ficou um saco, era mais divertido quando eu tentava achar algum podre ou deslize vindo de você ou sua família, então eu fui atrás. – Ela sorriu.

– E por que não me contou? –  Repeti sentando no braço do sofá.

– Achei que seria contra ou que não iria gostar muito. –  Ela deu de ombros.

–  Dulce... Se quer voltar para as pesquisas, investigações e afins, eu te dou o maior apoio, só quero que tome cuidado, certo? –  Dul assentiu e sorriu para mim. – Agora me explique o que encontrou por aí, por favor.

– Meu querido, foi algo alucinante. – Ela disse empolgada e eu ri. – De verdade, Lorenzo Bellini fez o maior rombo da história, o cara conseguiu ultrapassar seu pai... Desculpe. – Neguei com a cabeça falando que aquilo não me afetou. – Seu pai deixou cerca de 265 milhões em 8 anos e ele... 350 milhões em 4 anos, ele foi quase genial, mas eu sou mais. – Dulce sorria como uma criança com um doce. – Como uma boa curiosa, eu fui atrás de mais e descobri algumas coisas, algo bem inspirado em Víctor, eu diria. – Semicerrei os olhos e ela respirou fundo. – Ele usou uma senhora como laranja para receber dinheiro na campanha, em teoria, essa senhora doou para ele e sua equipe uma boa quantia que foi usada na eleição, mas essa velhinha já está morta. – Não aguentei e gargalhei.

– Lorenzo é a cópia barata de Víctor. – Dulce concordou. – Você tá preparada para o que pode vir não está? – Ela suspirou.

– Olha, estou. Não vou negar que sim, estou com medo, mas é algo completamente necessário. Rio Velho vai entrar em colapso e eu amo essa cidade! Eu nasci e cresci aqui, não posso deixar ela acabar assim, não de qualquer jeito com essa gente no poder! – Fitei o chão e ela me encarou.

– Você quer salvar Rio Velho? 

– Muito. – Concordei lentamente.

– Como acha que vamos conseguir? – Dulce sorriu como não fazia a tempos.

– Talvez, mas só talvez a gente precisa reacender uma chama em você. – Ela pareceu sem graça.

– Em mim? – A encarei confuso.

– Que tal ser prefeito de Rio Velho? 

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N/A: hellooooooooooooooo!

Que delícia poder escrever essa história de novo pra vocês!

Agora vamos entrar em um pouco mais de loucuras e espero que vocês estejam comigo nessa, certo?

Mesmo esquema de sempre, as músicas são opcionais, quando o capítulo for baseado nela, as aviso!

Vamos nessa!

Comentem, votem e eu volto!

Eu sempre volto!!!

beijinhossssssssssssss ;*

Nada Convencional: A DisputaOnde histórias criam vida. Descubra agora