Prólogo

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Aos 18 anos

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Aos 18 anos...

Era fim de tarde quando minhas amigas decidiram dar uma volta pela orla de Candeias, o bairro que Júlia morava atualmente com seu pai, pois ele era separado de sua mãe e a mesma decidiu recentemente que era hora de voltar para suas origens, sua mãe não concordou muito com a ideia, mas aceitou a vontade da filha, apoiando-a em sua decisão.

Wendy morava em Boa Viagem, num dos prédios mais requintados do bairro, pois seus pais eram advogados e sócios de um dos melhores escritórios do país. Minha amiga tinha uma vida confortável e estava estudando Direito, justamente para um dia assumir o escritório de sua família.

Eu morava na Reserva do Paiva, em um dos condomínios mais luxuosos da região, de frente para o mar. A vista da mansão dos Borges se situava em um dos melhores locais daquele lugar lindo e maravilhoso, toda tarde eu praticava exercícios na academia do condomínio e praticava corrida na lagoa, um ponto turístico muito famoso daquela área, onde os morados e turistas frequentavam para passear, apreciar a vista e praticar exercícios.

Meus pais eram donos de uma construtora, onde construíam várias residências para que fossem vendidas ou alugadas, fazia meses que meus pais estavam trabalhando arduamente para manter tudo em perfeita ordem, mas durante essas semanas, notei que minha mãe estava com um semblante diferente do que o normal, parecia preocupada e ao mesmo tempo feliz com os projetos que a mesma fez questão de planejar. Dona Helena Borges era uma excelente arquiteta que estudou fora do país e sempre levou uma vida de luxo, pois meu avô, William Lacerda, a criou em berço de ouro e não aceitou qualquer um para casar com sua única filha.

Meu pai, Avillis Borges, sempre foi ambicioso, perdeu o pai cedo e sua mãe entrou em depressão por causa da perda precoce do seu marido, mas nem tudo foram flores na vida deles. Meu pai acabou tendo que viver uma jornada dupla para não deixar os negócios do vovô Ricardo morrer. E é graças ao trabalho do meu pai que a construtora Borges está de portas abertas até hoje.

Meus pais se conheceram através de uma viajem que o mesmo fez para Nova York, minha mãe estava a passeio e ele foi tentar negocias com americanos. Mamãe como era ambiciosa, queria de todo jeito mostrar seu valor amo vovô William, deu em cima do meu pai e o convenceu a pedi-la em casamento.

Dizem que meus pais se casaram por conveniência, mas depois de um certo tempo, eles começaram a se gostar, tiveram meu irmão, Kellan, que é o xodó da minha mãe e cinco anos depois, eu nasci.

Eu entendia que não fui uma gravidez planejada, mas mamãe se esforçava para não demonstrar para os outros que eu era sua maior decepção.

Porque enquanto meu irmão estava fazendo intercambio, estudando Administração para assumir os negócios da família, eu optei por não me envolver nisso e estudar Medicina Veterinária, pois eu amava os animais e queria ter o meu próprio consultório.

Meu pai nunca foi contra a minha escolha, pelo contrário, me deu bastante apoio, coisa que me surpreendeu bastante e ainda me deu uma cachorrinha de presente de aniversário. O nome dela era Yara da raça Husky Siberiano, vacinada e castrada, pois eu mesmo gostava de me responsabilizar pelos seus cuidados, mamãe não contrariou meu pai quando o mesmo resolveu me dar esse presente e meu irmão que se comunicava comigo através de vídeo chamada. Apesar de tudo nos amávamos como irmãos e não tínhamos diferenças entre nós, tínhamos orgulho um do outro e ninguém iria nos jogar um contra o outro.

Mamãe tentava de vez em quando, criar certos conflitos entre nós, mas graças a deus, nunca conseguiu nos afastar. Papai mal vivia em casa e nunca percebeu certas atitudes da esposa, até quando começou a perceber que a ambição dela era maior do que o amor que sentia pela família.

Eu sabia que o casamento deles não ia bem, mas mamãe parecia tentar manter meu pai a suas vistas para que o mesmo não cometesse nenhum deslize, pois já ocorreu boatos de que já tinha se envolvido com uma das funcionárias da casa quando minha mãe estava de resguardo do meu irmão.

É claro que tudo não passava de boatos, mas algo me dizia que tudo o que estavam comentando tinha um fundo de verdade.

— Amiga, você parece no mundo da lua hoje. — Disse Júlia, tocando em meu braço, me tirando de meus devaneios.

— Pois é, meus pais ainda estão em crise e eu tento não me abalar muito com isso, mas é inevitável. — Comento, o que não é nenhuma novidade, elas são minhas melhores amigas, sabem tudo sobre a minha vida assim como sei da vida de ambas.

— Sua mãe não é um poço de gentileza amiga, acho que nem seu pai está aguentando. — Wendy diz, sem se preocupar em ser cautelosa, pois sabe que sempre gostei de seus picos de sinceridade.

Amava minhas amigas, pois o jeito delas me completava, era como se nós tivéssemos sidos trigêmeas em outra vida e por isso nos dávamos tão bem.

Continuamos a nossa caminhada, conversando banalidades, admirando os rapazes bonitos que passavam por nós, até que sem querer esbarrei em um rapaz, alto, moreno e de belos olhos verdes. Pereciam esmeraldas de tanto que brilhavam.

Meu coração disparou, me levando a níveis que jamais alcancei. Era como se minha alma tivesse se abrindo para a vida, depois de tanto tempo vivendo aquela mesma vida monótona de sempre.

— Olá, desculpe. — Falei, meia sem jeito, tentando disfarçar o quanto me senti atraída.

— Sem problemas, eu que deveria olhar por onde ando. — Sorriu, passando a mão pelos cabelos molhados, para estar todo molhado daquele jeito, devia estar tomando um belo banho de mar.

Olhar para ele me causava uma certa quentura que nem um mergulho naquele mar seria capaz de dissipar todo o calor que envolveu o meu corpo assim que nossos olhares se encontraram naquela praia.

Olhar para ele me causava uma certa quentura que nem um mergulho naquele mar seria capaz de dissipar todo o calor que envolveu o meu corpo assim que nossos olhares se encontraram naquela praia

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Beijos e até o próximo capítulo...

Coagida a CasarOnde histórias criam vida. Descubra agora