Capítulo 15 : cabana

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Uma música tranquila tocava, o vento batia forte em meu rosto, meu cabelo voava livremente
A paisagem de casas e prédios foi sendo substituida por mato e árvores
Jonathan estava em alta velocidade
A sensação que tudo aquilo me causava chegava a ser excitante
Eu sentia me livre e rebelde
Livre de preocupações e do peso do futuro
Eu adoraria descontar todos esses sentimentos em algo
Jonathan troca a música por outra mais agitada e o sentimento de rebeldia em mim cresce
Prestei atenção na maneira que ele dirigia com uma mão no volante, a maneira que trocava de marcha, as veias em seus braços em evidência
O jeito que ele dirigia fazia parecer facil e sexy

Jonathan- não sei oque aconteceu mas sei algo que vai ajudar

De novo aquele sorriso malicioso

Kauane- oque seria?

Jonathan- tenho 2 alternativas, mas você vai escolher na sorte para ficar mais divertido

Kauane- ok, que comece os jogos

Digo num tom de malícia e desafiadora

Jonathan- porém não irei especificar nada de imediato, qual escolhe 1 ou 2?

Esse seu joguinho cheira a trapaça mas em meu puro estado de rebeldia momentâneo não dou a mínima

Kauane- escolho a 2 opção

Andavamos em uma estrada deserta e sem movimento algum
Sem carros, casas ou prédios a vista
Não havia uma alma ou existência de vida além de mim e do louco que dirigia a toda velocidade

Jonathan- otima escolha

Ele tira os olhos da estrada para me olhar

Possivelmente estou encrencada

Kauane- oque faço agora?

Jonathan- primeira instrução: coloca a cabeça pra fora da janela e grita e descarrega oque tá sentindo

Ele diminui a velocidade e aumenta a música

Obedeço sua instrução, grito até me faltar ar nos pulmões e minha garganta doer
Depois de descontar esses sentimentos confusos que eu sentia apenas continuo com a cabeça pra fora da janela curtindo o vento em meus cabelos
Jonathan me olhava com orgulho e diversão enquanto dirigia
Nunca admitiria isso em voz alta mas eu gostava de sua compainha

Jonathan- boa, não sabia que tu tinha tanto pulmão e garganta assim

Diz rindo, eu havia me recomposto e estava sentada, me sentia murcha da mesma maneira que aqueles balões em final de festa de criança mas ainda havia um sentimento persistente

Kauane- nem eu sabia também, qual minha próxima instrução mestre?

Jonathan- a próxima é só mais tarde

Não o respondo, abro o porta luvas
Havia uma arma, maço de cigarro, um isqueiro chique e 2 baseados

Tento me manter calma diante do fato de jonathan andar por ai com uma arma mas ele deve ter percebido minha cara

Jonathan- desculpa não deu tempo de me livrar disso

Diz envergonhado e evitando me olhar, o clima entre a gente estava tenso

Kauane- sinceramente estava esperando achar camisinhas

Ele me olha e dá uma risada tosca

Jonathan- camisinha eu carrego na carteira

Ele rapidamente volta a ficar sério

Jonathan- não é minha

Ele se mantinha concentrado na estrada, parecia incomodado com algo

Meu Melhor Amigo ImaginárioOnde histórias criam vida. Descubra agora