Capítulo 59 :

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- Ele anda estranho, não acha? - me recostei no balcão próximo a ela

- Huum...- ela saiu do meu lado e se posicionou na minha frente - ele tá o mesmo Jonathan de sempre, tem algo te incomodando?

Enquanto observava Jonathan se perder na multidão animada, me vi em meio ao frenesi da festa na cozinha. A variedade de bebidas parecia infinita, um verdadeiro oceano de opções. Ao meu redor, risos e conversas se misturavam à música pulsante, criando uma atmosfera caótica. Minha atenção foi direcionada para a pequena criatura que me olhava com seus olhos brilhantes

- Tem, você fica uma maldita gostosa nesse vestido - Dei um longo gole no meu copo, uma explosão de sabores doces dançaram em minha língua

- Tava me referindo ao Jonathan, Lucas - ela deu um risada fraca e levou o copo a boca, por cima da luva usava o anel que a havia dado

- Tenho outra reclamação - me aproximei um pouco, senti sua respiração pesar - seu decote

- O que tem ele, meus peitos estão te incomodando? - ela examinou seus peitos, o vestido os comprimia. Deixando os ainda mais a monstra e volumosos

Pobres coitados

- Sim, posso libertar eles com minha boca? - sorri ingênuo, me diverti vendo suas bochechas ganharem cor - tudo em prol do bem estar deles, claro

- você se preocupa demais com os outros

- Não, apenas com você e com eles - olhei para seus seios, em resposta ela me deu um tapa no peito

- Não seja tão descarado, garoto - ela se divertia com minha ousadia. Enquanto saboreava a bebida, minha atenção retornou ao mar de pessoas desconhecidas dançando freneticamente, entre eles estava Jonathan se aventurando no meio da agitação, entre corpos dançantes e risos. A música vibrava em meus ouvidos, como socos no meu tímpano. No entanto, a lembrança do aviso ecoava em minha mente, trazendo uma sensação incomoda

Vi Jonathan fazer sinal me chamando para dançar, apenas recusei com a cabeça. Então ele saiu do emaranhado de corpos e veio até a gente

- vão ficar parados aí ou alguma das damas vai me fazer companhia na pista de dança? - ele passou o braço pelo ombro de Kauane

- dispenso - dei um sorriso de desculpas, dançar não era minha praia e o álcool ainda não havia feito seu efeito

- e você Pandinha, vai me deixar na mão? - ela me olhou hesitante, então peguei seu copo e dei um beijo em sua bochecha

- Se divirta, amor. Qualquer coisa sabe onde me achar

- Vai ficar aqui? - Kauane perguntou, e eu concordei com um aceno de cabeça. Com um sorriso, ela e Jonathan seguiram em direção à pista de dança, desaparecendo por entre os zumbis dançantes da festa.

Sozinho, permaneci encostado no balcão. Em um impulso, virei todo o líquido doce do meu copo de uma vez. Em seguida, fiz o mesmo com o copo dela, o amassando e o jogando na pia. O amargor doce desceu queimando meu interior e pude relaxar um pouco

-Vai com calma, garotão - Beatriz disse, aproximando-se com um sorriso sugestivo - Ou quer apagar antes da festa ficar boa de verdade?

- Deixa pra próxima - respondi, tentando manter a simpatia

Ela se aproximou ainda mais, interrompendo sua busca nas bebidas

- Não vai dançar? - perguntou, parando de costas para mim e começou a remexer na pilha de garrafas

- Não tô no clima ainda - expliquei, sentindo seu olhar sobre mim quando ela me observou por cima dos ombros.

- Tá fantasiado de quê? - questionou, agora com um toque de provocação no olhar, avaliando-me meticulosamente. Não permiti ser intimidado pela forma como me comia com os olhos.

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