Capítulo 53 :

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Me dirigi para os fundos da casa e com muita dificuldade pulei a cerca, acabei que por cair com tudo na grama. Sentia a textura peculiar da grama entre meus dedos e por alguns instantes fiquei derrotado no chão

Preciso urgente fazer algum esporte

Me levantei e sorrateiramente fui até a porta mas estava trancada

Hora de usar minha habilidade

Fechei os olhos e respirei fundo, me concentrei ao máximo mas por algum motivo não conseguia usar minha forma "fantasmagórica"

- porra, denovo não - pensei em um plano B em poucos segundos, catei algumas pedras de um vaso de flor e me posicionei em frente da janela da kauane

Arremessei algumas pedras na janela a fim de chamar sua atenção

- espero que não esteja dormindo - arremessei outra pedra, kauane abriu a janela bem na hora. A pequena pedra acertou em cheio sua cabeça, segurei a gargalhada

- porra, mas que merda você tá fazendo? - ela sussurava raivosa- sabe que horas são?

- oh Julieta, estava preocupada com seu Romeu? - abri um largo sorriso

- talvez - ela apoiou o rosto na mão, me sentia em um filme de romance adolescente, em uma cena clichê onde o garoto se declara para a menina a beira da janela ao som da música preferida dela

Não seria má ideia, só falta a música

Kauane havia me feito ver vários filmes desse tipo e essa cena era recorrente neles. Uma de seus principais surtos de euforia

Será que devo?

- já que não sentiu minha falta vou embora - fiz um semblante decepcionado e triste - Se cuida pequena

Dei as costas a ela para finalizar meu drama mas ao ouvir o silêncio me virei para ela indignado

- O garota, colabora com meu drama - coloquei a mão na cintura pra enfatizar minha indignação

- a gente tá mais pra Rapunzel - ela deu uma risada baixa

- então jogue suas tranças Rapunzel

- vem cá pra gente faze um conto entre quatro paredes - mesmo de longe sabia que ela tinha um sorriso sacana estampado no rosto

- a porta tá trancada, abre pra mim - falei manhoso já sentindo o efeito de sua fala em minha calça

- estranho, eu destranquei ela faz pouco tempo - ela saiu da janela, fui em direção a porta e esperei impaciente

Vi sua sirueta através do vidro se aproximando, reparei em como seu pijama se ajustava perfeitamente a suas curvas

- idiota, a porta tá destrancada - sua voz estava abafada por conta do vidro

- sério? - falei confuso - tentei abrir e não consegui

Assim que ela a abriu a ataquei, a pressionando contra a parede

- o que tá fazendo? - coloquei minha mão em volta do seu pescoço e me certifiquei de pressionar minha ereção contra a mesma

- o que tá sentindo não é meu celular no bolso - sussurei contra seu ouvido e sorri maliciosamente

- Você nem tem um - ela riu debochada

- Exatamente - mordisquei o lóbulo de sua orelha - acho melhor parar de rir, se não você vai entrar numa grande encrenca

- gosto de encrenca - cravei meus dedos em sua nuca e puxei sua cabeça para trás, ela tombou a cabeça para o lado deixando seu lindo pescoço a monstra

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