- Trabalhar na lavanderia?
Eu río, me acomodando em minha cama enquanto ajeito o notebook para ver Bambam melhor.
- O.k., você diz isso como se fosse a pior punição que alguém pudesse ter.
Na tela, Bambam tira o cabelo dos olhos.
- É só bizarro - ele diz.
- Você consegue imaginar se meter em confusão na Coréia e eles te mandarem, tipo, lavar os uniformes de educação física? Eles nunca ouviram falar em detenção na Coréia?
- Não é tão ruim, eu acho - ele diz, e fico surpresa ao perceber que isso é verdade.
Não é que eu tenha amado botar a roupa de todo mundo para lavar durante as últimas semanas, mas ficar esse tempo com a Rosé tem sido surpreendentemente não terrível. Seja o que for que derreteu entre a gente lá em cima das colinas permaneceu descongelado e, mesmo que eu ainda pense em Rosé como uma Agente do Caos Elegante, tem sido até legal passar o tempo juntas, só nós duas.
- Hum, que cara é essa?
Pisco distraída para a tela.
- Que?
- Você acabou de fazer uma cara - Bambam diz, sorrindo - Uma cara sonhadora. Pegou uma coreana, Lali?
- Cala a boca - digo, revirando os olhos, mas Bambam apenas ri de novo, sacudindo a cabeça.
- Não, eu conheço bem a cara de Lali Manoban quando tem um crush e você fez essa cara. Eu já vi isso antes, eu conheço esse seu coração misterioso.
- Não fiz. E, não, você não conhece - respondo, mas meu coração está batendo um pouco mais rápido, e agora estou ficando corada, vermelha igual um tomate. Consigo ver isso no pequeno retângulo no canto inferior da tela.
A porta se abre e Rosé entra saltitando, seu rabo de cavalo dourado balançando.
- Ai, graças a Deus! - ela diz com entusiasmo, caindo em sua cama com uma distinta falta de graça real e, no meu notebook, Bambam começa a berrar:
- Quem é? É a sua colega de quarto? Quero ver ela!
- Tá bom, tenho que ir, te amo, te amo, tchau! - digo apressada antes de fechar o notebook num gesto brusco.
Eu não falei de Rosé para o Bambam ou, melhor dizendo, não contei a ele que minha colega de quarto é também uma princesa, e algo me diz que, assim que ele a vir, ele vai saber. Não que exista algo para saber, porque não tem. Eu não tenho um crush.
-cCom quem você estava falando? - ela me pergunta, apoiando o queixo na mão e segurando um envelope pesado entre os dedos.
-Meu pai - minto, e então aponto para o envelope - O que é isso? - pergunto a ela, observando enquanto ela desliza um dedo pela aba e em seguida ouço o som do papel grosso rasgando.
- Isso, queridíssima Manoban, é a liberdade - ela diz, e tento ignorar aquele "queridíssima" e como meu peito fica agitado ao ouvir isso.
É apenas o Idioma Roseanne. Todo mundo é "querido", "amado", "meu amor". As vezes acho que é porque ela não consegue se lembrar do nome da maioria das pessoas.
- Olha - ela diz, jogando o cartão pesado que veio no envelope para mim.
O cartão tem tantos selos e brasões em relevo e a caligrafia é tão intrincada que eu mal consigo ler, então seguro o cartão a distância, espremendo os olhos.
- Isso está em inglês? - pergunto, e Rosé se aproxima e me dá um tapa de brincadeira antes de pegar o cartão de volta.
- Não se faz de ignorante pra cima de mim - ela diz, mas sorrindo. - É um convite pra uma festa exclusiva no próximo fim de semana em Sindo, organizada pelo Lorde das Ilhas.
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SUA A.L.T.E.Z.A. REAL (Chaelisa)
RomantizmLalisa Manobal ao descobrir que sua meio-que-melhor-amiga/meio-que-namorada beijou outra pessoa, fica de coração partido, e decide mudar de vida, decidindo estudar longe de casa, ela se inscrevi para as bolsas de estudos de um colégio interno...o qu...