Capítulo 8

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Capítulo 8

- Ótimo treino, princesas, parabéns! – ele falou batendo palmas sendo seguido por todas que estavam na sala, inclusive Pauline Fossil.

- Sinto falta de dançar – falou a ruiva quando o garoto chegou perto dela.

- Você dançava? – Bessie perguntou.

- Sim, antes de me machucar, eu era a primeira bailarina da minha copainha.

- Primeira bailarina? – Bessie gritou atraindo a atenção de algumas garotas que continuavam na sala.

- Sim – a ruiva riu. – Querem ouvir uma história?

- Sim – todas as meninas gritaram e sentaram à borboleta em sua frente.

- Era uma vez um rei e uma rainha, eles eram casados há um ano e ainda não tinham filhos. Eles pararam de programar o bebê e se dedicaram ao seu trabalho, mas sem nunca deixar de lado o outro. A rainha era uma grande bailarina e o rei um importante professor. E assim, de repente, sem programação nenhuma, a rainha descobriu que estava grávida, foi uma festa fantástica, mesmo grávida a rainha continuou dançando, parecia que o bebê gostava daquilo. Meses depois descobriram que era uma menininha. Chegou o dia do parto, a rainha já havia sido avisada que talvez as duas não voltassem para casa juntas, mas mesmo assim a rainha insistiu, teria aquele bebê nem que custasse a sua vida, o que realmente aconteceu, infelizmente, após o parto a rainha não resistiu e deixou o rei e a pequena princesa sozinhos. O rei era um pai maravilhoso, a menina cresceu com todo amor possível, ela também virou uma grande bailarina, mas ela teve um acidente e virou uma bonequinha quebrada, ela teve que ficar em uma carruagem como essa – apontou para a sua cadeira -, até ficar boa. Depois de algum tempo a bonequinha foi concertada e a carruagem que ela sempre carregava consigo foi posta de lado. E assim, a princesa e o rei viveram felizes para sempre – as garotas bateram palmas.

- E o príncipe? – uma loirinha de cabelo curto perguntou.

Pauline abriu a boca algumas vezes, não podia dizer simplesmente que não teve príncipe algum, elas eram crianças e ainda acreditavam em contos de fadas. Vendo o desespero que estava se formando, Cameron resolveu intervir, havia prestado atenção na história toda e sabia que aquela não era qualquer história, mas sim a história dela.

- Enquanto a princesa ia a médicos – sentou no chão ao lado de Line – ela conheceu o príncipe, ele era um rapaz lindo, esperto e que se preocupava muito com a princesa, eles começaram a passar muito tempo juntos, viraram amigos, se apaixonaram e se casaram. E assim, a princesa, o príncipe e o rei viveram felizes para sempre – ela sorriu-lhe em forma de agradecimento.

- Agora todas para fora da minha sala – falou em tom de gozo, as meninas riram e pegaram suas coisas saindo da sala.

- Você é um ótimo professor – elogiou.

- Eu sei – gabou-se.

- Podemos ir almoçar? Estou morta de fome – falou passando a mão pela barriga.

- São 11:46 – falou olhando em seu relógio de pulso – podemos ir em algum restaurante.

- Ou podemos ir pra minha casa, não tem ninguém lá, e a Marie guardou todo o almoço de ontem.

Cameron não pode deixar de pensar em coisas, ele era homem. E parecendo ler os pensamentos dele a ruiva arregalou os olhos e tratou de se explicar:

- Não é isso que está pensando – falou com a voz mais aguda. – Eu só não quero ficar sozinha e... e...

- Tudo bem, eu não pensei nada – de bom completou em sua mente. A garota estava ridiculamente vermelha.

- Vamos? – Perguntou ainda envergonhada.

- Vamos – ele levantou, pegou algumas coisas do outro lado da sala, deu um beijo na testa dela e empurrou a cadeira para fora da sala fechando a mesma.

- Mariah – Cameron falou quando chegou à recepção. – Aqui a chave da sala, não vou voltar.

- Cam – ela fez bico, e Pauline revirou os olhos –, não dá mesmo para a gente almoçar juntos?

- Eu já disse que não Mariah, eu tenho compromissos.

- Com ela? – Apontou para a ruiva. – Ela nem é uma mulher inteira Cameron, e vamos combinar que isso – apontou novamente – não se compara a isso – passou a mão por suas curvas – Pauline se encolheu na cadeira, era verdade o que a loira falava.

- Tirou o dia para me irritar ou o quê? Eu estou com Pauline porque eu quero, não por pena, ela é uma mulher inteira sim, essa cadeira é algo temporário, ela já sente sensibilidade, com mais algumas sessões ela estará dançando por ai novamente, e mesmo se não fosse temporário ela ainda seria uma mulher linda, o que importa é o conteúdo, porque isso – apontou para a loira – um dia vai murchar – cuspiu as palavras e saiu empurrando a cadeira da garota e deixando uma loira com a boca aberta.

- Não ligue para o que ela disse – ele falou puxando o rosto dela para si quando já estavam acomodados no carro. – Tudo o que eu disse foi verdade, eu não fico atrás de você por pena, eu simplesmente gosto da sua companhia – ela sorriu para ele.

Cameron não conseguiria resistir por mais tempo, ontem já haviam sido interrompidos, e agora era só eles dois, sem ninguém para atrapalhar, ele levou a mão a bochecha da menina fazendo alguns carinhos nela, ela fechou os olhos e ele sorriu, era bom saber que ele tinha efeito sobre ela. Aproximou seu rosto enquanto puxava o dela para mais perto do seu, roçou seus narizes e ela sorriu dando a permissão silenciosa que faltava, ele sorriu novamente e encostou seus lábios nos dela, dando início a um selinho, segundos depois ele pediu passagem com a língua e ela entreabriu os lábios permitindo, e assim começaram um beijo, eles exploravam cada parte da boca um do outro. Quando o ar faltou nos pulmões eles se separaram com um sorriso no rosto.

- Eu espero que isso acabe com todas as dúvidas que você estava criando nessa sua cabecinha.

Ela apenas sorriu, não conseguia falar.
Cameron ligou o carro e eles foram para a casa dela, lá o garoto a colocou na mesa enquanto esquentava a comida e preparava um suco de frutas vermelhas.

Passaram a tarde toda no quarto dela, trocaram carícias e assistiram filmes.

Eles apreciavam o momento, e apreciavam ainda mais a companhia. Eles faziam bem um ao outro. Cameron não precisava fingir ser uma pessoa que não era perto dela. E Pauline estava feliz por conhecer um cara tão incrível ao ponto de ficar com ela mesmo que ela ficasse em uma cadeira pelo resto da vida.

Sentimentos nunca experimentados estavam aflorando e eles gostavam da sensação que isso lhes trazia.

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Hey, hey, hey!
Desculpem por ter falhado um semana com vocês, não tenho explicações.
Aqui está o capítulo de hoje, e eu deveria compensar vocês, mas isso não vai ser possível.
Próximo capítulo em andamento, mas não sei se estará pronto para a próxima sexta, amanhã tenho Olimpíada de Biologia, curso de inglês e na segunda começa meus simulados bimestrais com 5 simulados de presente.

Desculpem de verdade, eu me sinto mal quando erro com vocês.

Pode ser uma coisa chata, mas eu gostaria de saber a opinião de vocês sobre a história, conversem comigo, eu não mordo.

Quem quiser entrar em contato podem falr comigo pelo Twitter: @alanevieira, @irwinbutt_ ou @onceuponashawn

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