𝑨 𝑩𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝒎𝒆 𝑨𝒑𝒂𝒊𝒙𝒐𝒏𝒂𝒓 ✫ 𝐉𝐨𝐡𝐧𝐧𝐲 𝐋𝐚𝐰𝐫𝐞𝐧𝐜𝐞

[ 0.7 ]

26 de abril de 1984.

Hoje é sábado, são 12:00 horas e encontro minha mãe organizando a mesa para almoçarmos. 

—– Bom dia mãe! 

—– Bom dia, querida. Dormiu bem? –beijou o topo da minha cabeça enquanto passava com uma jarra de suco. 

—– Sim, e a senhora? 

—– estou bem. Chame o seu pai para comermos. 

—– certo…

Vou ao quintal e vejo meu pai organizando o jardim. 

—– Paii? —cheguei mais perto dele e o cutuquei. —– mamãe mandou lhe chamar para almoçarmos. 

—– mas já? Não percebi a hora passar hahaha, vamos lá então. 

Quando chegamos dentro de casa, minha mãe já estava nos esperando sentada na cadeira da mesa. 

—– Então, você contou para ela? —perguntou meu pai olhando para minha mãe.

—– havia esquecido disso. Gracie, amanhã iremos reencontrar uma velha amiga minha. 

—– Quem? 

—– Você não a conhece. Mas ela viu você quando ainda era um bebê .

—– uhum. Que horas vamos? —–peguei o copo com o suco e bebi um pouco assim colocando de volta à mesa.

—– amanhã às... 15:00, 15:00 horas. 

—– tá bom. —suspirei.

—– ela tem um filho da sua idade, vocês vão se dar bem.

—– Aposto que é um adolescente encrenqueiro como todos que eu conheço na minha escola. —meus pais começaram a rir. 

—– não querida, não julgue sem ao menos o conhecer.

—— Tá bom, depois não diga que não avisei. 

.
.
.

Mas tarde naquele mesmo dia

—– Crianças... —e lá estava vindo o senhor Miyagi com duas pequenas árvores em sua mão. (Imagem dela na mídia.)

—– Senhor Miyagi, são árvores na sua mão? 

—– Como que são tão pequenas? –perguntou Daniel.

—– São de verdade mesmo? –apontei.

—– 'isso' do que vocês estão chamando, se chama BONSAI. 

—– o que é isso? 

—– Porquê que ela não cresce? —perguntou Daniel indo em direção à ele.

—– vocês são muitos curiosos. —riu.

como eu amava escutar o senhor Miyagi sorrindo. Ele era muito doce e gentil com a gente. 

—– Corta aqui, amarra ali.

—– E onde aprendeu isso? No Japão?

—– Okinawa.

—– onde fica? —Eu e Daniel perguntamos na mesma hora assim fazendo a gente se olhar e rir um para o outro. 

—– Meu país. China aqui. Japão aqui.  Okinawa aqui. —ele faz as marcações na mão para entendermos melhor. 

—– onde o senhor aprendeu? 

—– na escola? —perguntou Daniel. 

—– Pai ensinou.