𝑨 𝑩𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝒎𝒆 𝑨𝒑𝒂𝒊𝒙𝒐𝒏𝒂𝒓 ✫ 𝐉𝐨𝐡𝐧𝐧𝐲 𝐋𝐚𝐰𝐫𝐞𝐧𝐜𝐞

[ 17 ]

17 de maio de 1984

07:15 da manhã.

ᴥ︎︎︎

— Bom dia, meninas. – Falei chegando perto da Amélia e da Sandra.

— Bom dia, sumida. – Amélia fala e começamos a rir. — Você esqueceu de nós, não foi? 

— Nunca que eu esqueceria de vocês. – Revirei os olhos. — Eu só andei ocupada esses dias. – Sorri gentilmente para ambas. 

— Mas vocês souberam da novidade? – Sandra olha para nós. 

— Qual? – Perguntei com um sorriso no rosto. 

— Um novo aluno. E pelo o que eu sei ele anda com aqueles seus amigos, Gracie. – Dessa vez ela fala olhando diretamente para mim e meu sorriso se desfez. 

Sinal toca.

— Acho melhor irmos. – Sorri para ambas. 

Estava indo em direção à minha sala e acabei esbarrando em alguém que vinha correndo. 

— Oh, me desculp-

— Olha por onde anda, idiota. – Ele revira os olhos.

— Mas foi você que veio correndo, seu imbecil. – Franzi o cenho. 

— Fica na sua, sua nerd. – Foi embora.

— "Mas que idiota" – pensei.

Cheguei até a minha sala de aula e ainda faltava pessoas entrarem. Sentei na minha cadeira, a penúltima, como sempre. 

Fico olhando para a porta e vejo o Johnny entrar, ele para em meio a porta e vem em minha direção se sentando atrás de mim. 

— Bom dia crianças! – O professor entra na sala. — Vocês não comeram hoje não? – Ele começa a rir. — Bom, hoje passarei um trabalho em grupo, de 6 pessoas. Formem aí e daqui a 15 minutos eu volto para a sala. 

Todos se levantaram e começaram a formar um grupo. 

— "Se eu tiver sorte, fico sem alguém."  – pensei.

Como nem a Amélia, Sandra, Ali ou até mesmo o Daniel estudavam comigo nessa aula. Não tinha ninguém com quem eu pudesse fazer. E eu não quero fazer com o grupinho do Cobra Kai, incluindo o Johnny.

— Ei, Gracie. Vamos? – Tommy veio em minha direção sorrindo. 

— Não, Thomas. – Encostei minha cabeça na mesa. 

— E porque não? – Ele se senta em uma cadeira ao meu lado e fica me encarando. — Vamos lá, é só um trabalho em grupo, nada demais. 

— *Cof cof* – Johnny tosse falsamente atrás de nós. 

Pessoas estavam andando para lá e para cá à procura de um grupo ou até mesmo formando um. 

Depois de alguns minutos o professor volta com uma xícara de café em sua mão. 

— Tudo certo crianças? – Fica de pé em frente a sua mesa.

— Sim, professor. – Respondeu um menino no canto da parede. 

— Alguém está sem grupo? – Ele percorre o seu olhar por toda a sala de aula. 

— Professor. – Tommy levanta a mão.