Jack - Sariette (G!P)

Capítulo 5

Espero q gostem e boa leitura 💕💕🌙

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O garoto, Pietro, seguiu bem as ordens do pai. Ele deixou Juliette nos jardins e lhe indicou Isabela, está estava sentada em um canto, rodeada de outras mulheres e entediada. 

A chegada de Juliette chamou um pouco de atenção ali. As mulheres passaram a conversar mais baixo enquanto encaravam a morena. Tudo era motivo para uma nova fofoca, os cabelos escuros presos em um coque com mexas que foram propositalmente deixadas soltas, o livro que ela carregava, a postura impecável e seu vestido. Afinal, aquele não era um vestido qualquer, era algo que apenas os mais ricos poderiam ter, essa era fama da alfaiataria Freire. 

Os seus passos eram calmos já que não tinha presa alguma. Sorriu para as mulheres que a encaravam e se aproximou de Isabela, só então chamando a atenção da menor.

— Você é a Isabela, certo? — perguntou simpática e a menina assentiu — Me chamo Juliette, gostaria de lhe entregar isso. — estendeu o livro — Como presente de aniversário. — a morena mais nova sorriu ao escutar a frase.

Sua mãe havia lhe dado um vestido de núpcias, como a mais velha chamou, e seu pai se quer lhe dirigiu a palavra. Aquele era o primeiro presente que recebia na noite, as outras apenas lhe cumprimentavam e só. Ela podia não conhecer outras obras do autor ou talvez não gostasse dos temas abordados no livro, mas sabia que leria cada página.

— Muito obrigada. — disse com um sorriso aberto e se controlando ao máximo para não pular nos braços de Juliette e a abraçar agradecendo pelo simples gesto. 

— Não a de que. — respondeu sorrindo do mesmo jeito que Isabela.

— Boa noite, senhorita... — a voz era de uma mulher de cabelos castanhos claro, ela aparentava ser mais velha que Juliette e estava um tanto confusa com a aproximação da morena.

— Senhora. — corrigiu — Senhora Andrade, mas pode me chamar de Juliette.

— Esposa de um dos legistas de Whitechapel? — a morena assentiu, ainda que achasse ridículo o fato de ser identificada como esposa de alguém — Pois bem, seja bem vinda a minha casa. Sou Rafaella Matthaus. — ela sorriu quando disse o próprio sobrenome, talvez tivesse orgulho das riquezas que conquistou com o casamento — Sente-se e converse conosco. — era um pequeno grupo, haviam três mulheres mais Rafaella e Isabela — Sobre o que estávamos falando?

— Os prazeres não sentidos em relações carnais com seus maridos. — foi Isabela quem falou sem muita importância e sem tirar os olhos do livro, leria aquilo em uma noite, já que se tratava de seu gênero favorito.

— A senhorita trata isso como banalidade por nunca ter sentido um homem. — a mulher que falou tinha cabelos e olhos castanhos, era uma antiga amiga de Rafaella que chegou ali como acompanhante de um dos velhos.

— Pelo que escuto, nem vocês. — deixou escapar sem nem notar bem o que falava, estava concentrada de mais no livro — E não me atrai ser tocada por um homem. — dessa vez ela recebeu um leve tapa discreto da mãe, apenas uma forma de informar a garota que devia prestar atenção no que falava.

Aquele era um dos defeitos de Isabela que seu pai mais comentava, ela falava de mais e já estava na hora de se colocar na linha, traço herdado do mais velho.

A menina levou um pequeno susto quando sentiu o contato da mãe, elas já haviam conversado sobre aquilo e Isabela sabia que não devia dar voz para seus pensamentos distorcidos pela influencia de uma das servas da casa. As mulheres ao redor não analisaram bem a fala da mais nova, muitas apenas a consideravam jovem demais para entender o qual importante eram os prazeres da carne, Juliette, por outro lado, acabou lembrando de algo que uma de suas irmãs havia lhe dito: "Não me sinto atraída apenas por toques de homens".