Capítulo 9

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Espero q gostem e boa leitura 💕💕🌙

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Noite de 30 de setembro de 1888

Os ataques eram costumeiros, mas apenas durante altas horas da madrugada. Porém, naquela noite, ele queria algo mais chamativo. 

Com mais sutileza que o comum, tomando cuidado para que não fosse reconhecido ou percebido em meio as demais pessoas presentes no grande parque que estava localizado ao extremo norte da capital inglesa, quase pertencendo a outra cidade, o assassino guiava com calma uma mulher de cabelos escuros para uma área afastada.

Eles se encontraram um pouco distante do parque e acharam por bem que o "trabalho" da mulher fosse realizado ali, trocando poucas palavras antes de seguirem para entre as árvores. Apesar de achar alguns aspectos do, suposto, homem estranhos, como a altura, voz e o tamanho das mãos, a mulher não questionou.

Triste erro.

Bastou que estivessem longe o suficiente para que a lâmina fria lhe tirasse a vida. A grama verde foi manchada com a coloração intensa do vermelho, que tomou também o rosto do assassino.

Dessa vez algo foi levado e um pano, vulgo pedaço de tecido pertencente ao vestido da vitima, ficou no lugar. Talvez aquela fosse demorar um pouco mais para ser encontrada, e menos que fosse óbvio de mais, ele não estava com pressa. Na verdade, estava bem melhor do que quando chegou ao parque, mais calmo, pode-se dizer.

[…]

O que antes era raiva se tornou preocupação quando Juliette avistou a gêmea sentada nas escadas em frente a porta de sua casa. Um pouco ao lado da residência havia um corsel branco, claramente um dos cavalos da mansão Araújo, o que indicava que ela havia andado bastante até ali.

— O que aconteceu? — perguntou preocupada ao ver a loira.

— E-eu... — ela levantou e foi na direção da irmã mais velha, que conseguiu notar que a outra estava tremendo — E-eu... Meio que voltei a imitar minha irmã mais velha. — a loira sorriu sem graça e deixou uma Juliette alarmada.

— Você o que?!

O silêncio tomou conta do hall de entrada da casa das Andrade. Juliette não estava acreditando no que acabara de ouvir e apenas encarava a irmã, enquanto Sarah, um pouco mais atrás das duas, observava as expressões das gêmeas e, com isso, sabia bem o que estava acontecendo.

— Você ta bem? — a mais velha perguntou se aproximando da loira.

— Estou sim. Muito bem, na verdade. — sorriu abertamente — É uma adrenalina boa, mas não sei se teria coragem de fazer de novo. — coçou a nuca sem graça.

— É melhor não fazer.

— Mas você faz! — cruzou os braços com a tamanha hipocrisia que acabara de ouvir.

— Sim! Eu faço! Mas eu sei o que estou fazendo. — abraçou a irmã, deixando que seu rosto se escondesse na curva do pescoço da outra — Isso é perigoso de mais, e se derem falta de você? E se te pegassem? Ou pior, se te matassem?

— Calma, o Bil sabe de tudo. — Juliette se separou da loira e a encarou com os olhos arregalados — Ta tudo bem, Ju. De verdade. — com a calma e serenidade que a voz de Julienne lhe passou, a morena teve quase certeza de que a mais nova voltara a ler os livros herdados de sua avó.

— Certo. — respirou fundo — Ta tudo bem. Só me diz uma coisa: alguém te viu? — no exato momento em que a loira abriu a boca para responder, o barulho de batidas na porta tomou conta do lugar.

Jack - Sariette (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora