Eu pensava que reencarnar era loucura até acontecer comigo.
Parecia ser um sonho... na verdade um pesadelo, eu reencarnei na novel que mais odiei.
A protagonista era maravilhosa mas a relação com os irmãos e a história de vida dela me fizeram odiar...
Roxie me encarou de lado, ela já sabia do que se tratava.
Roxana: Pai, creio que aquilo era uma marionete.
Lant: Como pode ser tão realista?
Roxana: Elas são criadas pra isso e imagino que Rishel não revelaria que seu sucessor morreu.
Larin: Exato, uma marionete seria o mais conveniente pra eles enganarem a família imperial pela falta de um sucessor.
Lant: Faz sentido... Ah passei horas estressado atoa
Roxana: Jamais trairia sua confiança deixando aquele verme vivo
Lant: Sim sim... Onde estão seus irmãos? Tiveram alguma notícia?
Larin: Não pai, a fronteira é longe mas acho que estão chegando hoje ou amanhã de manhã.
Lant: Certo! Podem se retirar e estejam prontas pra o banquete dessa noite.
[...]
Já era fim de tarde então Roxana foi para seu quarto e eu segui o caminho para o meu.
O sol estava se pondo e o contraste vermelho alaranjado do céu parecia deixar aquele dia macabro.
Eu odeio essa cor.
No caminho para meu quarto era necessário atravessar um jardim.
Era um jardim de rosas.... Vermelhas, brancas, amarelas, azuis e pretas.
Eu as arranquei uma por uma enquanto caminhava e no centro do jardim havia um grande chafariz de três andares, em outras circunstâncias eu acharia isso lindo.
Dei a volta nele e do outro lado um cabelo prateado refletia na água mas não era o meu...
Os olhos dourados me encararam de cima abaixo mas não expressavam surpresa ao me ver.
Cassis: Olá senhorita dos Agriches, não esperava de encontrar aqui.
Larin: Olá jovem mestre Pedeliano, peço desculpas em incomodar seu descanso.
Cassis: Não deveria se apresentar formalmente já que é a primeira vez que nos vemos? * Contem ironia*
Larin: Claro, que descortês da minha parte. Me chamo Larin Agriche, é uma honra conhecê-lo.
Cassis: O prazer é meu, sou Cassis Pedelian.
Ele esticou sua mão, estava pedindo a minha para me comprimentar adequadamente, assim o fiz.
Cassis encostou os lábios na minha mão suavemente, senti o calor da sua mão e depois seus lábios... Meu corpo se arrepiou por completo.
Posso ouvir o tictac do relógio, sinto que daqui uns meses, tudo vai ter acabado.
Cassis: Seus sapatos são lindos, senhorita.
Larin: Sério? Gostaria que eu pisasse em você com eles?
Cassis: Seu senso de humor é único.
Larin: Claro, vou me retirar.
Não posso deixar que ninguém veja essa conversa, já que na cabeça do meu pai ele é uma marionete qualquer deslize colocaria tudo em risco.
Mas antes disso, vou deixar Cassis avisado de antemão que seu par romântico chegou para encontrá-lo.
Larin: Ah e minha irmã Roxie chegou, caso vá ao banquete aja como se estivesse morto.
Ele franziu a sobrancelha e acenou com a cabeça.
Segui meu caminho como se aquela conversa jamais tivesse acontecido porque é assim que tem que ser.
Na porta da mansão onde estou hospedada olhos brilhantes como rubis me encaravam ansiosos.
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