New Beginnings

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Severus sentiu o beijo como um choque elétrico que faiscou em seus lábios e percorreu todo o seu corpo. Suas mãos subiram e agarraram a nuca do desesperado Grifinório, empurrando. Seus lábios se apertaram mais juntos enquanto a intensidade de seu beijo disparou. Ele sentiu a respiração aguda de Harry e soltou um pouco de seu aperto. Severus deslizou a língua timidamente pelos lábios de Harry e assim que lhe foi permitido entrar, ele abriu caminho para dentro.

Ele havia sido privado de contato físico por muito tempo, afastado do amor por muito tempo; ele beijou Harry como um homem faminto come comida. Eles tropeçaram em direção à mesa de Severus, e Harry sentou-se desajeitadamente na superfície enquanto Severus devorava sua boca. Harry gemeu baixinho. Ele se sentiu doente e gloriosamente quente e exultante, tudo ao mesmo tempo. As borboletas em seu estômago se transformaram em pássaros, clamando para sair. Mas o beijo – essa aceitação dele, esse desejo dele – o estava aquecendo da cabeça aos pés.

Eles se separaram sem fôlego e olharam nos olhos um do outro por um momento.

- Isso está errado. – Severus disse calmamente. Seus olhos estavam procurando, como se desejasse que Harry negasse. Harry queria negá-lo, queria refutá-lo.

— Não pode ser — ele sussurrou. Mas ele sabia que era verdade. Eles ainda tinham que manter o decoro de uma relação aluno-professor, no mínimo por mais um mês. Harry sentiu os pássaros se acalmarem quando Severus se inclinou para trás, olhando para Harry com condescendência.

- Você sabe que é, Potter.

Harry não pôde evitar. Depois que sua amizade cresceu, depois de sua conexão, depois de seu beijo, ele ainda o estava chamando de Potter. Lágrimas de raiva brotaram em seus olhos.

"Claro, senhor ", ele cuspiu.

Severus notou o sarcasmo na resposta de Harry. Ele se inclinou e ergueu o queixo de Harry com um dedo longo, encarando seu nariz nos olhos de Harry.

- Por favor, me chame de Severus. – ele respirou. Harry engoliu. Difícil.

- Só se você me chamar de Harry.

Severus assentiu, uma vez. Ele fez menção de recuar, mas Harry o pegou.

- Senhor... Severus. – ele disse calmamente. - Eu só preciso saber.

- Saber o que? - Severus perguntou delicadamente, erguendo uma sobrancelha com eloquência. Harry suspirou, revirando os olhos e balançando a cabeça. Ele estava obviamente sem palavras. Harry se levantou, agarrou seu rosto e bateu sua boca na de Severus, empurrando com tanta necessidade, tanto desespero, que eles atravessaram a sala e bateram na porta fechada da sala de Poções. Harry deixou a boca de Severus para traçar pequenos e delicados beijos ao longo de sua mandíbula.

Severus grunhiu, tentando desesperadamente manter seu autocontrole e empurrar Harry.

— Chega — disse ele, sem entusiasmo. Os beijos eram tão bons. Ele sentiu um arrepio descer por sua espinha enquanto Harry descia pela lateral de seu pescoço. Ele agarrou os braços de Harry com firmeza e o empurrou para trás. O jovem recuou, parecendo magoado.

— Não podemos — insistiu ele.

- Eu sei. – Harry admitiu, tentando se virar, mas Severus se manteve firme.

- P-Harry, você me deu tanto. – Severus começou. - Livros, ingredientes de poções, seu tempo, seu esforço, e agora você está oferecendo a você mesmo. Eu não tomo isso de ânimo leve.

Harry Potter & The April Fool's Day PrankOnde histórias criam vida. Descubra agora