Potter's Predicament

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Harry sentiu a magia passar por seu corpo ao ser acordado por um feitiço. Snape ficou parado perto dele, carrancudo, varinha em punho. Hermione se sentou ao lado de sua cabeça e Ron olhou para ele da mesa acima. A sensação de formigamento que tomou conta de seus membros se foi. Ele gemeu para si mesmo ao se lembrar de olhar para Snape, a primeira pessoa que ele viu depois de tomar Amortentia.

- Você consegue ficar aqui para as aulas? - Snape sorriu com desprezo quando Harry se sentou tenso. Ele estremeceu com o tom de Snape.

- Sim. - Harry respondeu, tentando não explodir. Snape ergueu uma sobrancelha irritantemente para ele.

- Com licença?

- Sim, senhor - corrigiu Harry. Snape acenou com a cabeça e voltou para a frente da classe.

Com a ajuda de seus amigos, ele subiu de volta em sua mesa, ficando ligeiramente rosado quando percebeu que a classe inteira estava olhando para ele. Snape estava rabiscando instruções sobre a poção na lousa.

- Eu acredito que a exibição do Sr. Potter já tomou bastante do nosso tempo. Vão trabalhar. Esta poção será seu projeto para este mês.

Harry sentiu uma onda de raiva com as palavras de Snape, mas sentiu um frio naufrágio ao ver as instruções para o Veritaserum escritas no quadro. Felizmente, como ele havia dito, levaria um mês para ficar pronta. Ele percebeu a mão de Snape enquanto escrevia no quadro. Dedos compridos e pálidos agarraram o giz, a mão estremeceu ao escrever as letras pontiagudas pelas quais a escrita de Snape era famosa. Era rítmico e hipnotizante. Ele ouviu Ron rindo atrás de Hermione. Ele não estava tomando notas ou juntando ingredientes, ele estava apenas olhando.

- Potter! Pare de olhar para a lousa como um idiota atrevido e comece a trabalhar.

Harry saltou e freneticamente raspou a escrita no quadro. Ele enrubesceu, percebendo que a Amortentia estava fazendo efeito. Ele suspirou internamente, imaginando o quão apaixonado a poção o deixaria. Ele olhou para Ron, que estava sorrindo para ele.

- Eu te odeio - ele murmurou, carrancudo. Seu amigo desviou o olhar, mas seu sorriso nunca desapareceu.

Eles trabalharam individualmente, e Harry estava feliz com isso, ainda zangado com seus amigos. Hermione não tinha contado a ele e Ron colocou toda essa bagunça em movimento. Era tudo culpa deles que ele iria enlouquecer por Snape. Snape, de todas as pessoas! Ele nunca os perdoaria. Ele tinha o suficiente em seu prato sem ter que se preocupar se ele estava babando por seu professor ou não.

Harry começou a cozinhar os ovos de Ashwinder congelados que Snape distribuiu em uma solução de água e essência de espirrar. Ele cutucou as chamas azuis sob seu caldeirão e elas ficaram de um rosa suave. Ele precisava da chama mais fraca possível, já que os ovos de Ashwinder eram propensos à combustão espontânea ao descongelar. Um estrondo abafado vindo do outro lado da sala anunciou que nem todo mundo havia feito sua leitura de plano de fundo para a classe. Snape passou por ele para cuidar da explosão e Harry se sentiu um tanto atordoado. A ação espalhou o cheiro individual de Snape no rosto de Harry. Ele se recostou e respirou fundo, sentindo o cheiro de pergaminho e o cheiro ligeiramente sulfúrico de fósforos, embora soubesse que era o cheiro da chama verde usada para preparar Calming Draft (um item muito popular na enfermaria devido as atividades de Voldemort e os próximos NIEMs). Havia um cheiro ligeiramente forte de Uísque de Fogo no rastro de Snape. Harry suspirou, embora ele não soubesse exatamente o porquê.

No final da aula, dois outros caldeirões explodiram e Harry estava particularmente orgulhoso de que o seu não poderia ser contado entre aqueles que explodiram. Sua mistura de ovo e ervilha-de-cheiro era de um verde pastoso e espirrou com uma consistência de leite quando ele a colocou nas prateleiras de cozimento, reajustando as chamas rosa abaixo dela. Iria ferver até sexta-feira.

Harry Potter & The April Fool's Day PrankOnde histórias criam vida. Descubra agora