Alone

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Harry acordou para se encontrar na ala hospitalar. Ron e Hermione estavam ao lado de sua cama, conversando baixinho. Ele os observou calmamente por um momento antes de se lembrar do que Ron havia lhe dito antes de desmaiar. De repente, ele não estava mais calmo.

- Harry. – Hermione disse com um suspiro, vendo que ele finalmente acordou. Ron se virou para olhá-lo.

- Fora, - ele sussurrou em uma voz mortal. - Saia.

- Queríamos ter certeza de que você estava bem, cara. – Ron disse inquieto.

- Saia! Afaste -se de mim! - Harry gritou para eles, sentando-se e agitando os braços freneticamente. Hermione parecia bastante angustiada, mas Rony apenas parecia desapontado enquanto se afastava.

- Foi apenas uma brincadeira de 1º de abril, Harry. E nós tentamos contar a você.

Saia! - Harry gritou, jogando para trás as cobertas de sua cama de hospital e se levantando. Ele se sentiu um pouco tonto, mas brigou com seus amigos de qualquer maneira. - Eu não quero ver vocês! Sai, sai, sai! -  Ele estava ficando vermelho de tanto gritar, e Hermione estava encolhida atrás de Rony, fungando.

- O que em nome de Merlin está acontecendo aqui? - Madame Pomfrey exclamou enquanto entrava na ala. - Sr. Potter, volte para a cama até eu examiná-lo. – ela advertiu. - E vocês dois claramente não estão ajudando na recuperação dele. – ela disse a Rony e Hermione, conduzindo-os para fora. Quando eles se foram, ela se virou para Harry.

- Eu não tenho ideia do que aconteceu, mas você está obviamente precisando descansar. – Madame Pomfrey disse gentilmente, pegando o braço de Harry e levando-o de volta para a cama, colocando as cobertas ao redor dele. Ela sentiu sua testa e deu-lhe um olhar crítico.

— Você não parece febril. O que exatamente aconteceu? O Sr. Weasley disse que você desmaiou.

- Ele fez uma brincadeira comigo. – Harry disse fracamente. - E Snape me deu um antídoto para uma poção que eu nunca tomei. - ele adicionou como uma reflexão tardia. Talvez essa fosse a causa de sua tontura.

- Professor Snape, Sr. Potter. – Madame Pomfrey corrigiu, franzindo a testa. Ela saiu da ala hospitalar e Harry suspirou, desejando que ele adormecesse para não ter que pensar sobre os acontecimentos recentes.

........

Snape ainda estava ponderando sobre o enigma que era Harry Potter muito depois que seu aluno foi embora. Se ele tivesse cometido um erro no antídoto, ele poderia ter deixado Harry muito doente, o que por algum motivo atormentava a consciência de Snape, quando normalmente – ele admitiu para si mesmo – não aconteceria. Mas a possibilidade de que o menino não estivesse sob a influência de uma poção do amor parecia ainda menos provável do que cometer um erro em uma poção bastante simples. Com uma poção de amor poderosa e complexa como Amortentia, os efeitos eram os mais realistas que se podia produzir magicamente. Poções de amor mais baratas e de baixo grau produziriam obsessão e paixão superficiais, mas Amortentia poderia produzir um amor muito realista. Os sintomas que Harry havia apontado para o início do que seria chamado de fase de 'esmagamento', onde a vítima se apaixona pelo indivíduo e deseja passar mais tempo com ele. A partir daí progrediria para um amor afetuoso e daí se aprofundaria em uma devoção altruísta. Não muito diferente do amor verdadeiro, mas ainda falso, e a menos que a poção fosse administrada pelo menos bimestralmente em relação ao mesmo indivíduo, os efeitos acabariam por desaparecer. Mas por que o antídoto não funcionou, esse era o verdadeiro enigma.

Harry Potter & The April Fool's Day PrankOnde histórias criam vida. Descubra agora