❦ Capítulo 25° ❦

53 14 9
                                    

| Marcos |

Esses vermes do caralho só podem está de marola com minha cara. Mais filha da puta que esses otários que estão invadindo aqui, é só aquele inútil do informante que eu tenho dentro do batalhão desses comédias.

-Lk vai subir pra cá e ficar responsável por tu.-Olhei Alice por alguns segundos e coloquei meu colete a prova de balas, pegando meu fuzil em seguida e o jogando nas costas.

-Me promete que vai voltar.-Ela me abraçou com lágrimas nos olhos.

Porra, eu não posso dar essa vida pra Alice, ela merece muito mais, mas caralho, não sei ficar sem essa morena não. Que inferno mano, não sei oque fazer com essa porra de sentimento que infelizmente pode custar a vida dela.

-Prometo.-Beijei seus cabelos.

Alice pegou uma pistola e descemos rapidamente pro primeiro andar do nosso barraco. A acompanhei até o quarto que eu havia feito e me despedir dela dando um selinho em sua boca..

-Estão tentando cerca sua casa. Vai pra laje, porra.-Ouvi a voz de PH no radinho e subi correndo pra lage do meu barraco.

De longe avistei vários fardados trocando tiro com meus homens. Me deitei em um canto que não fosse ficar exposto e tirei meu fuzil das costas dando bala em qualquer fardado que passava na minha frente, bando de desgraçados.

Vi LK se aproximar e dei cobertura para que ele pudesse entrar. Joguei meu fuzil nas costas novamente e desci da laje correndo até um beco próximo, logo avistei Bruno em um beco mais a frente e atirei em sua perna, parece até djavu, caralho.

Me escondi novamente e caminhei abaixado até a outra ponta do beco metendo bala em alguns policiais que estavam pegando costas dos moleques. Logo em cima de uma varanda avistei PH com uma metralhora na mão e um baseado na boca, filha na puta, nem trocando tiro larga a porra da maconha.

Ri com a cena e apertei o gatilho dando um tiro na cabeça de um verme que estava no telhado de uma casa atrás de Pedro. Ele se assustou e olhou pra trás sorrindo ao me ver, fiz um movimento pra ele avançar pra frente e assim ele fez. O seguir pela parte de baixo dando cobertura contra alguns fardados que tentavam atirar nele.

Paramos em uma viela estreita encontrando com Matheus que estava com uma submetralhadora na mão.

-Os caras vieram fortes, tô ficando bolado já.- MJ disse se encostando na parede desviando de uma bala.

-É o filha da puta do meu pai.- Falei recarregando meu fuzil e minha metralhadora.

-Ódio desse verme do caralho.-PH disse abrindo sua mochila tirando um cartucho e colocando na arma rapidamente.

Me encostei na parede tendo visão de Fernando de costas. Não pensei duas vezes para apertar o gatilho vendo a bala atravessar seu peito, ele virou em minha direção olhando em meus olhos e logo caiu do chão. Capaz dessa porra ocupar o lugar do capeta lá do inferno, infeliz do caralho.

Os vermes viram meu querido papai no chão e começaram a recuar. Ouvi alguns blindados acelarem enquanto outros davam cobertura, e é sempre a mesma cena, tentam me matar e dominar meu morro mas não conseguem e mesmo o pé, chega a ser piada esses policiais de merda.

{...}

Depois de ajudar os vapores a limpar os corpos que estavam espalhados por todo o morro, subi quebrando pro meu barraco. Abri a porta dando de cara com Alice sentada no sofá com a mão na boca bastante apreensiva.

-Te falei que voltava pô.-Caminhei até ela que me olhou deixando a lágrima que estava presa cair.

-Se tu morre, eu morro junto.-Alice correu até mim e me abraçou.

A peguei no colo dando um beijo em sua boca e limpei sua lágrima dando um beijo em sua testa. Alice me apertou forte e retribuiu o beijo.

-Vão ficar nessa putaria aí?-Lk disse descendo as escadas da lage.

-Valeu por cuidado dela.-Fiz meu toque com ele e sorri.

-Mil conto na minha conta e fica tudo certo.-LK disse rindo.

-Vai caçar o rumo do teu barraco, vai.-Mostrei dedo do meio pra ele que apenas riu.

LK retribuiu o dedo e saiu vazado pro barraco dele. Alice se sentou no sofá e eu me sentei com ela encostando sua cabeça no meu ombro, fazendo cafuné. Pô, não dá pra mim fazer ela largar a vida dela por minha causa ta ligado? seria filha da putagem da minha parte mas não dá pra manter ela nisso, isso não é vida pra ela.

-Por que tu não volta pra gringa? Isso aqui não é vida pra você. Toda vez vai ser isso, vai ser essa incerteza se vou voltar ou não.

Nesse momento ela levantou a cabeça e olhou em meus olhos.

-Já passei coisa de mais contigo. Já abri mão de coisa de mais porque acredito em nós dois. Eu sei que essa é sua vida, que vai ser sempre assim e eu tô disposta a passar por isso porque eu te amo.-Alice disse cada palavra olhando em meus olhos e passou a mão no meu rosto.

-Eu te amo, morena.-A beijei e ela retribiu dando um sorriso.

Estávamos num clima gostosinho quando João entrou no barraco correndo. Porra, que que pegou agora?! Não pode nem transar mais, se fuder.

-Fala.-Desci a blusa de Alice que se levantou rapidamente.

-Bruno ainda está na entrada do morro, quer falar contigo.-João disse rápido e respirou fundo recuperando o fôlego.

-Que buceta!-Levantei boladão e Alice me acompanhou.

Antes que pudemos chegar na entrada do morro ouvi um disparo, uma dor do caralho a cima do meu peito me invadiu, cai no chão ouvindo alguns disparos e o grito de desespero de Alice. A minha última visão foi seu rosto, fechei meus olhos e aos poucos minha respiração foi parando.

"Espero que exista uma vida depois dessa, pois essa não foi suficiente pra te amar.."

{...}

UM RECOMEÇO PRA NÓS.Onde histórias criam vida. Descubra agora