❦ Capítulo 20° ❦

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| Marcos - MT |

Papo de uma semana que eu e Alice brigamos. Pô, só falei coisa pesada pra ela mas foi melhor assim, não posso envolver ela nas minhas merdas, o crime tá pouco se fudendo se é mulher, criança e o caralho a quatro, eles cobram vacilo do mesmo jeito.

Hoje a novinha quer que eu encontre com ela lá na saída da faculdade, tô pensando se vou ainda, lado do asfalto tá meio lombrado.

-Tu vai lá ver a morena?-PH perguntou se sentando de frente pra mim.

-Sei não.-Acendi meu baseado.

-Vai e ouve o que a mina tem pra falar. LK contou que Gabriel deu um tapa no rosto dela.

Como é? Aquele cuzão colocou a mão na minha mina? Esse verme do caralho tem é sorte que não posso matar ele por enquanto, iria estragar todos os meus planos. A ideia é matar ele e o desgraçado do pai dele quando conseguirmos uma parada ai.

-Aquela desgraça perdeu o medo de morrer?

-Tá parecendo que sim. LK deu o papo nele que é pra ficar longe da morena lá, agora é saber se aquele verme insolente vai ficar longe, cê tá ligado como esses playboy são.-PH disse enquanto limpava sua arma.

-Vou tirar essa marra dele logo logo. Vou trazer a morena de volta pra cá, só pra proteção dela.-Sorri de canto.

-Tu tá querendo é comer ela-Ele riu.

-Vai se fuder irmão.-Ri junto com ele.

Não nego que quero sentir o beijo e toque da minha morena de novo mas não posso arriscar a vida dela, não enquanto não resolver essa merda toda.

Ainda não sei ao certo oque fazer em relação a Alice, porra, antes dela chegar tava tudo tão certo, tão decidido na minha vida e agora não tenho certeza de mais nada, se fuder.

Ainda tem o otário do meu pai que infelizmente ainda tenho que manter vivo. Não vejo a hora de mandar Bruno, Fernando e Gabriel tudo pro colinho do capeta.

{...}

Coloquei meu traje da Oakley e meu boné pra trás. Passei meu perfume colocando meu relógio e minha correntinha. Peguei minha glock e coloquei na cintura. Peguei a chave do meu carro e meti marcha pra faculdade da minha morena.

Estacionei o carro um pouco mais atrás da saída da faculdade e me sentei no passeio acendendo meu baseado. Fiquei olhando as patricinha e os playboy saindo, porra, só nego com dinheiro uma faculdade pública, ocupando o lugar de gente que não tem a mesma condição financeira que eles.

Não é justo uns playboy de merda ocupar um espaço que não é deles. Essas porras podem pagar uma particular e ficam de fogo no cu, vacilo de mais desses merdas.

-Oi, lindo.- Uma vez feminina disse.

Olhei pro lado e era uma garota linda pra um caralho mas muito patricinha, sem paciência pra mina assim.

-Eai.-desviei o olhar.

-Me chamo Lara.- Quase se jogou em cima de mim, garota abusada do caralho e ainda não se valoriza.

-Não lembro de ter perguntado. Faz favor fia, rala daqui.-Olhei em seus olhos.

-Grosso.-Bufou.

-Meu pau-Dei uma risada.

A morena revirou os olhos e saiu rebolando a bunda seca dela pra longe de mim.

| Alice |

Parecia que essa aula não ia acabar mais, preciso de ar, desde cedo estou sentindo um enjoô , deve ser esse calor do Rio de Janeiro, que está um sol pra caralho... Guardei minhas coisas na bolsa e fui pro portão de saída da faculdade, assim que pisei na calçada, vi o Marcos do outro lado da rua um pouco mas pra trás da saída, fiquei feliz em saber que ele veio, mesmo magoada pelas coisas que ele falou, eu amo aquele menino mais que tudo, atravessei a rua indo em direção a ele...

-Oi, Que bom você veio-Eu disse assim que cheguei perto dele, ele estava mais lindo do que nunca

-Eai morena, eu queria saber o que você queria conversar comigo - Assim que ele me olha é a primeira vez que não consigo decifrar o que se passa no olhar do meu menino

-Queria saber como você está? soube que você está se entupindo de drogas, você não pode acabar com sua vida assim Marcos-Eu não ia deixar ele se afundar nas drogas, ele é novo demais pra morrer por causa disso

-Eu estou bem morena relaxa, e eu não estou usando tanta droga assim, eu precisava de alguma distração depois daquele dia -Eu queria tanto pode esquecer aquele maldito dia

-Eu queria te contar um coisa, que aconteceu esses dias, mas estou com medo da rua reação-Eu ia contar pra ele sobre o tapa que ele filho da puta do Gabriel me deu, eu ia fazer da vida dele um inferno

-Não precisa me falar, o PH me contou o que aquele cuzao fez, mano assim que encontrar aquele viado eu vou meter tanta bala na cara dele, que vai precisar se caixão lacrado no enterro -Dava pra sentir a raiva de Marcos na voz dele

-Eu Não queria que você fizesse nada com ele, aii - Antes de terminar a frase sentir um pontada muito forte na minha barriga

-Alice, você está sangrando porra-Assim que Marcos disse isso, olhei para o meio das minhas pernas e só vi sangue e mas uma pontada me fazendo desmaiar nos braços dele por conta da dor.

{...}

Abro os meus olhos tentando lembrar o que aconteceu, assim que consigo vejo que estou em uma cama de hospital e do meu lado está Marcos com um olhar preocupado e mais a frente um homem com jaleco, que presumo que seja o médico

-Boa noite senhorita Alice, como está se sentindo?- O homem me pergunta, olhando na sua prancheta

-Estou meio tonta ainda, mas o que aconteceu?- Eu não estava entendendo nada

-Minha Querida, sinto muito mas você sofreu um aborto espontâneo -Como assim eu estava grávida e não sabia?. Sentir as lágrimas descerem, olhei para Marcos que estava com uma expressão de surpresa e ao mesmo tempo de raiva

-Você estava grávida daquele filho da outra- Foi a única coisa que saiu da boca dele, depois de alguns segundos em silêncio.

{....}

UM RECOMEÇO PRA NÓS.Onde histórias criam vida. Descubra agora