Capítulo 07

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Elizabeth

Os pulmões eufóricos pelo esforço recente,minhas pernas tremem e caio de joelhos no chão com a respiração desregulada. Eu não sei onde estou,só a grandes pinheiros e água por todo lado,apenas onde as raízes visíveis das árvores possui um pouco de terra molhada. Minha cabeça girou ao tentar lembrar o lugar que estou é como fui parar lá,barulhos de corvos soaram alto e levantei com as poucas forças que me restam. Me apoie no tronco da árvore tentando regular a respiração,o ar não parecia querer entrar nos meus pulmões. Olhei para minhas roupas vendo elas todas sujas de lama e o tênis branco ficar marrom,lembrei de Gelda e a procurei ao redor. Minhas mãos tremeram ao não achar a loira,respirei fundo e tentei gritar seu nome mas minha voz não saia,eu só escutava o som da minha respiração.

Congelei ao ver o sangue escorrer da minha mão direita,não lembrava como consegui um corte. Um baralho alto soou atrás de me e minhas pernas travaram de medo,meu coração disparou como nunca,podia jurar que teria um infarto ali mesmo. Minha mente gritava "corra" sem parar mas minhas pernas não obedeciam,estou cansada demais para correr,mesmo assim criei forças ao escutar o barulho chegar mais perto. Eu corri,corri mesmo com o cansaço dominando é a tontura me fazendo enxergar turvo o caminho. Não importava o quando eu corria o som não parava de chegar mais perto,não havia um lugar seco para eu correr melhor e não sentir o peso do tênis molhado impedindo de eu correr mais livremente,então eu cai e tudo ficou escuro.

Não sei quando tempo se passou é nem como vim parar do outro lado de um rio,então percebi que por conta da visão embaçada acabei pulando de um penhasco,o choque com a água deve ter feito eu apagar pelo cansaço e a correnteza do rio me levou até a outra margem. O barulho tinha parado é minha respiração novamente tentava se regular,meus pulmões doem pelo esforço tremendo que estou fazendo,meu coração está batendo tão rápido que o sinto contra o peito. O corte da minha mão ainda sangrava é meu tornozelo esquerdo doeu quando tentei levantar para ficar em baixo dos pinheiros mas ao olhar para meu pé pude perceber que ele torceu,só podia ser uma maré de azar consecutivas,de fato a sorte não está do meu lado.

Em uma floresta sem saber como cheguei,o porquê deu estar correndo de um barulho assustador e onde está a Gelda? As perguntas pairavam a minha cabeça,me sentei no meio das pedras e da areia misturada é aproveitei que estava perto do rio é coloquei minha mão dentro para lavar e impedir que aconteça uma infecção ou que aconteça uma inflamação.

Elizabeth:-Gelda!?

Fiquei alegre por finalmente escutar o som da minha voz mas a loira não respondeu ou houve um grito ou sinal em resposta ao gritar pelo nome de alguém,escutei o barulho de algo se aproximando é pude perceber com mais atenção que são cascos de cavalo. Tentei levantar mesmo sentindo meu tornozelo gritando de dor,andei devagar para tentar entrar dentro da floresta e pedir por ajuda mas minha cabeça funcionou,quem ainda anda de cavalo numa floresta escura e assustadora como essa? Eu não tenho forças para correr e nem para lutar em auto defesa,talvez eu devesse ficar feliz ou assustada por ver o Meliodas bem na minha frente como um príncipe encantado dos contos de fadas,ele desceu do cavalo e veio em minha direção é sorri alegre ao ver pares esmeraldas em vez de pretos.

Meliodas:-Você está bem? É que roupas são essas?

Eu não entendia,ele já havia me visto com as roupas que uso para trabalhar mas por alguma razão meu cérebro dizia que aquele não era o Meliodas que conhece no internado,então para onde eu fui?

Elizabeth:-São só roupas e eu não consigo andar,meu tornozelo está machucado e estou com um corte na mão.

Meliodas:-O corte é profundo?

Neguei com a cabeça e ele se aproximou de me,senti um forte cheiro de flores e pela primeira vez naquele dia estranho senti meus pulmões voltarem a respirar normalmente.

Internado AmaldiçoadoOnde histórias criam vida. Descubra agora