Capítulo 10

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Elizabeth

Pesadelo on

Eu corria perdendo a noção do tempo,só queria fugir daquele lugar. Mais espelhos e espelhos,um labirinto infinito de espelhos,extremamente agonizante correr em direção ao seu reflexo é se deparar com uma bifurcação é não saber se está vendo seu reflexo ou se é você mesmo.

Um riso,alto demais para estar longe,meus ouvidos zumbiam é minha visão apenas dificultava saber se era realmente eu ou apenas um reflexo nos infinitos espelhos. Quando virei as costas lá estava eu,olhos pretos e sorriso macabro,meus cabelos sempre platinados agora possuíam sangue seco nas pontas.

Paralisei,aquele reflexo andava em minha direção,as mãos sujas com terra e o cheiro forte de decomposição. Mais é mais o reflexo se aproximava,então tive a sensação de estar afogando com pesos enormes nos meus pés para conseguir nadar até a superfície.

Pesadelo of

Acordei ofegante e suando frio,olhei para o relógio é percebi que são três horas da madrugada. Levantei da cama e vesti uma calça e um moletom,calcei minhas pantufas abrindo a porta do meu quarto e tanto de cara com uma Gelda de cabelo bagunçado é olhos semi cerrados por ainda está com sono.

Gelda:-Elizabeth...a onde você vai a essa hora da madrugada?

Elizabeth:-No internado.

Passei direto pela Gelda que despertou por completo ao escutar o que disse a ela,a loira correu pulando pelo sofá e ficando na frente da porta do nosso apartamento.

Gelda:-Nem pense nisso! Você acabou de sair do hospital,não vai voltar para aquele lugar assombrando ainda mais as três da manhã!

Elizabeth:-Sai da minha frente por favor.

Gelda:-Não! Proibida de ir a aquele lugar!

Elizabeth:-Você não é minha mãe!

Peguei no braço da Gelda a tirando de frente da porta e abrindo para sair mas antes a loira segurou no meu braço,olhei para trás vendo o lado enfermeira falar mais alto do que nunca antes.

Gelda:-Mas sou sua amiga,parceira é colega. O que estou de dizendo é para seu bem.

Elizabeth:-Mas preciso ver ele.

Gelda me soltou é chamei o elevador,antes das portas de metal se fecharem na minha frente pude ver o olhar preocupado da loira. Sorri sem graça para tentar conforta-lá o que não funcionou muito bem,já no térreo e descrente pelo carro que ainda está na oficina,caminho em direção à portaria é aviso ao segurança Hawk para destravar a porta.

Hawk:-A onde vai Elizabeth? Ainda mais a essa hora da noite.

Elizabeth:-Emergência.

Hawk:-A Gelda não vai?

Elizabeth:-Infelizmente o caso é só meu.

Hawk:-Entendo,quer que eu chame um táxi?

Elizabeth:-Não precisa.

Mesmo desconfiado Hawk destravou a porta,me sinto mal por mentir para ele. Hawk sempre fora um segurança/porteiro excelente,e como um colega da área de segurança entendo sua preocupação por ver uma jovem de 26 anos saindo sozinha a essa hora.

Três horas depois

Meus pés agradeceram quanto parei de frente para o internado,é uma péssima idéia andar de pantufas em plena madrugada,entrei no internado sentindo o misto do cheiro de mofo e queimado invadir minhas narinas.

Elizabeth:-Meliodas!

Chamei pelo loiro e um barulho alto de metal caindo no chão fizeram meus sentidos gritarem para correr,aquele lugar parecia mais assustador que antes. A luz da Lua mau iluminava o local,restando apenas a profunda escuridão. Caminhei encolhida chamando pelo Meliodas,forçava minhas vistas para conseguir enxegar um palmo na minha frente. Gritei alto ao sentir minha perna direita afundar,olhei para baixo e notei que a madeira quebrou embaixo do meu pé.

Elizabeth:-Meliodas! Cadê você!?

Tirei minha perna do buraco é andei encostada a parede para tentar achar a escada,o ar foi ficando mais pesado me fazendo tosse várias vezes,pela única frestia de luz sai pela janela tanto de cara com a árvore que ainda parece queimada. Olhei para os lados na esperança de o ver,um frio percorreu minha espinha é paralisei no local,péssima hora para esquecer como se auto defender.

Elizabeth:-Meliodas?

O chamei na intuição de calma meu coração que batia rápido demais contra o peito,olhei para janela que tinha pulado é lá estava ele sentando olhando para mim.

Elizabeth:-Meliodas é você ainda bem,quase infartei de tanto medo. Pode parar de sorrir assim para me,está me tanto medo.

Uma língua que eu não conhecia,aquele não era o Meliodas.

Dei um passo para trás quando a figura de um garoto de cabelo preto finalmente ficou no mesmo lugar que eu,a poucos metros,chances de correr e não bater as botas? Zero chances.

Elizabeth:-Você deve ser o Zeldris! Eu estou procurando seu irmão mais velho Meliodas,pode trazer ele aqui!?

Ao mesmo tempo que ele andava em minha direção um passo para trás eu tava,até sentir um braço forte rodear minha cintura,entrei em choque e fiquei pensando se demônios sabem teleportar.

Elizabeth:-Papai amado e hoje que conheço a morte.

Uma figura loira é baixinha que conheço ficou na minha frente e agradeci por ser o Meliodas,finalmente pude respirar como alguém normal.

Meliodas:-Ela é minha,já está marcada.

De novo aquela língua,eu não sei falar a língua dos demônios. Será que não da para falar um francês ou inglês,por favor!?

Meliodas:-Isso mesmo,cai fora.

O moreno sumiu em meio a escuridão,o loiro se virou para me com raiva. Péssima hora para estar ali,queria ser invisível.

Meliodas:-O que está fazendo aqui a essa hora? Ainda mais sem um tipo de proteção sagrada.

Elizabeth:-Oh,oh não vêem brigar comigo agora. Precisamos conversar.

Meliodas:-Conversar o quê?

Elizabeth:-Primeiro que história é essa de marcada?

Olhei com muita raiva para o Meliodas,como assim ele me marcou.

Meliodas:-Me dá seu braço.

Estiquei meu braço e ele levantou de leve a manga do moletom e mostrou a marca de um "M" gravada no meu pulso,puxei meu braço de volta e fiquei impressionada pela marca ter sumido.

Meliodas:-Isso significa que você é minha.

Elizabeth:-Não sou sua.

Meliodas:-Não tem como voltar atrás,eu escolhei você como noiva e assim será.

Elizabeth:-Chega desse papinho de novela. O que você veis comigo?

Meliodas:-Já sentiu a diferença,seu sistema imunológico e bastante rápido.

Elizabeth:-Diferença?...Responde logo o que você veis comigo.

Meliodas:-Salvei você.

Elizabeth:-Como?

Meliodas:-Transformando você.

Elizabeth:-Como é que é a história?

Continua

Internado AmaldiçoadoOnde histórias criam vida. Descubra agora