Uma boa garota - Sano Manjiro (Mikey)

Capítulo 21

Eu estava com as mãos apoiadas na bancada do banheiro, o espelho a minha frente estava embaçado, mas ainda sim era possível ver as expressões de prazer estampadas em meu rosto e no de Manjiro. Tentava manter os meus pés firmes no chão enquanto o loiro alternava entre estocadas rápidas e as mais lentas, porém fortes e precisas. O banheiro parecia estar quente, quente demais, nossos corpos já estavam completamente suados e os sons que eles faziam tomavam o ambiente. Não só isso, mas também os nossos gemidos, xingamentos e palavras desconexas. Manjiro puxava o meu cabelo para trás e, puta que pariu, como eu gostava disso. Logo o calor se fez maior em meu corpo e eu senti que estava prestes a chegar ao meu ápice.

_ M-manjiro _ balbuciei o seu nome entre os gemidos que saiam da minha boca, numa tentativa de avisá-lo que estava prestes a gozar.

Ouvi ele chamar o meu nome e, após isso, ele segurou minha cintura firmemente com as duas mãos, iniciando com movimentos ainda mais rápidos. Eu não aguentei por muito mais tempo e logo uma onda de prazer passou pelo meu corpo, sentia as minhas paredes internas se contraírem sobre o membro de Manjiro, que seguiu com mais algumas estocadas até eu sentir ele pulsar dentro de mim.

Eu sentia o meu corpo fraco e as minhas pernas bambas, caso ele não estivesse me segurando eu, provavelmente, cairia no chão do banheiro. Os braços do loiro me envolviam em um abraço e senti ele depositar vários beijos em minhas costas, fazendo as minha pele arrepiar. O olhar dele para mim era de pura luxúria e desejo.

_ Isso foi bom para caralho! _ Manjiro falou, sua voz soando rouca. Pelo reflexo do espelho vi ele se afastar um pouquinho para descartar a camisinha.

_ Porra, isso foi incrível. _ falei, me virando e ficando de frente para ele. _ assim fica até difícil da gente querer sair hoje.

Por alguns poucos instantes ele olhou para mim com um ar pensativo, como se ponderasse entre ficar em casa transando ou sair, mas então ele começou a rir.

_ Você é muito safada, Sao-chin! _ ele falou com um sorriso brincalhão no rosto ainda um pouco corado e suado. _ Parece que agora só pensa em sexo.

_ I-idiota! _ falei, dando um um leve tapa em seu ombro. Sentia meu rosto mais vermelho que um tomate. _ N-não é como se você estivesse muito diferente disso.

Ele deu sorriso ladino, pervertido, e com ar autoritário falou ao pé do meu ouvido:

_ Nós vamos sair, mas quando voltarmos eu não garanto que você vai dormir hoje, entendeu Saori?

_ E-entendi, Manjiro. _ murmurei com a voz falha. Puta que pariu como eu adorava quando ele falava assim comigo e ele parecia ter entendido isso.

_ Ótimo, então vamos tomar banho, Sao-chin! _ ele disse, agora com um ar infantil no rosto.

Nós dois tomamos banho juntos, fazendo brincadeiras, carinho um no outro e trocando beijos. Eu me sentia leve e feliz. Desde que acordei eu não estava muito bem, flashes daquele pesadelo ora ou outra vinham na minha mente, o sangue, a dor de levar um tiro, a visão daquele cara caído no chão e sangrando e, além de tudo, relembrar do acidente da mamãe não era nada fácil para mim, sentia como se vários sentimentos ruins estivessem voltando. Era como mexer na areia no fundo da praia e ver a água clara e límpida se tornar turva, como se esses sentimentos ruins pudessem me dominar. Era uma droga quando isso acontecia e eu perdia o controle, foi assim que fui expulsa da Raira, foi assim algumas vezes em Hokkaido, mas eu espero que isso nunca aconteça aqui. Agora, eu me sentia mais leve por ter contato ao Manjiro sobre a minha mãe e estava imensamente grata por ele estar aqui comigo, me fazendo ficar bem e em paz comigo mesma.

Enquanto terminava de me arrumar eu podia sentir os olhos do loiro acompanhar cada movimento que eu fazia, ele já estava pronto e esperava por mim com um sorriso terno em seu rosto. Essa era a vez de Manjiro escolher para onde iríamos e até o momento ele não tinha me contado para onde estávamos indo, fazer essas pequenas surpresas acabou se tornando um hábito nosso.