Capítulo 1

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Sinto a brisa fria da noite tocar o meu rosto e balançar levemente os meus cabelos, do telhado do prédio era possível ouvir o barulho dos carros passando pelas movimentadas avenidas de Tóquio, as buzinas e, ao fundo, a sirene de ambulâncias.

Inspirei profundamente, tragando a fumaça do cigarro que estava em meus lábios, sentindo os meus pulmões sendo preenchidos pela nicotina e toda e qualquer substância nociva que tinha ali. Acho irônico como eu, que sempre recomendo aos meus pacientes pararem de fumar, estou sempre com um cigarro entre os dedos.

Abro os meus olhos lentamente e expiro, deixando toda a fumaça sair.

Do telhado do hospital era possível ver as luzes dos prédios iluminando a noite, olhando dali de cima tudo parecia tão calmo e, ao mesmo tempo, caótico. Ficar aqui sentada sozinha, definitivamente, me trazia uma sensação de paz e não há como negar que era uma visão muito bonita. Ouço as sirenes das ambulâncias ficarem cada vez mais próximas de onde estou.

É, parece que hoje a noite será longa.

Quase que nesse mesmo instante sinto o meu celular vibrar anunciando que eu havia recebido uma mensagem. "Sei que é seu intervalo, mas precisamos de você aqui embaixo". Suspirei e respondi, de forma automática, que já estava descendo.

Droga, não posso nem terminar o meu intervalo em paz. Dei mais uma tragada no cigarro e me levantei, preguiçosamente, seguindo em direção a porta do terraço. Quando finalmente cheguei na ala do pronto socorro tudo estava um caos.

Eram enfermeiras correndo de um lado para o outro com vários materiais nas mãos, médicos atendendo vários pacientes com contusões e machucados pelo corpo. Okay...isso é sério. Balanço a minha cabeça para sair do choque inicial e começo a me preparar colocando luvas, touca e pegando todos os demais acessórios necessários.

_ Ei, Saori! Precisamos da sua ajuda aqui! _ um colega me chamou e logo fui caminhando em sua direção.

Ele estava atendendo uma mãe e uma criança, os dois estavam bem machucados e a criança chorava baixinho. A mãe era quem estava com feridas piores e havia um machucado na cabeça que estava me preocupando um pouco, provavelmente ela protegeu a criança com o próprio corpo.

_ O que está acontecendo? _ perguntei sem entender o motivo do pronto socorro estar lotado desse jeito.

_ Depois eu te explico, agora você pode cuidar desses pacientes? Tem uma ambulância chegando com um paciente que precisa ser operado com urgência.

_Tudo bem...pode ir. _ sorri gentilmente para a mãe e a criança e comecei o atendimento de ambos.

A noite seguiu agitada, não pude parar por um segundo, assim que terminava um atendimento havia outra pessoa a espera e não parava de chegar gente ao hospital com escoriações pelo corpo, houve até casos de fratura exposta e, alguns pacientes que deram entrada, infelizmente, não resistiram.

Uma boa garota - Sano Manjiro (Mikey)Onde histórias criam vida. Descubra agora