I love you but...

Capítulo V- Gray days

    E lá estava eu, fazendo algo no qual arrependimento era certo, mas não tinha como voltar atrás. Sinto que preciso de uma grande decepção para cessar meus sentimentos pelo Gulf, ficar me torturando eternamente atrás de algo que não me renderia em nada não vale a pena, desde o começo eu não deveria ter tentado mudar a nossa relação. Cansei desse amor unilateral!

      Convenço o Gulf a me acompanhar até o endereço combinado. Ele desconfiou um pouco mas pedi ajuda a P’Mali e então deu tudo certo. O endereço nos levava até uma casinha simples em um bairro mediano, tinha algumas crianças brincado na rua, o que passava uma sensação agradável que me trás boas lembranças.

 - O que a gente tá fazendo aqui Mew?- pergunta Gulf já impaciente.

 - Eu... Tenho algo para pegar aqui...- foi a melhor desculpa que pude inventar no momento.

 - Por que eu tive que vir junto?

 - Gulf chega de perguntas! Vamos entrar.

       Ele fez beiço, como uma criança mimada, tomei a frente e adentrei primeiro, a última coisa que preciso agora e um draminha do Gulf. Ao adentrarmos a casa, tinha um pequeno corredor com velas no chão mostrando o caminho, devagar começamos a andar até onde acaba o caminho de velas, que nos levou a um quarto com várias fotos de momentos GulfPreaw, eles na cafeteria... Cinema... Shopping... Loja de roupas... Todos os lugares preferidos do Gulf, lugares onde nos dois fomos juntos, criamos tantas memórias... Quando meus olhos começaram a encher de lágrimas, senti que já era hora de sair de cena.

 - Eu tenho que ir Gulf, Sun me mandou mensagem, eu tenho que trabalhar.

      Antes que ele pudesse dizer algo eu virei as costas e sai daquele lugar. Me escorei no carro, estava me sentindo sufocado, retirei o palito e entrei no veículo, dei a partida e fui embora , ou melhor para empresa. Esses últimos dias o melhor jeito que encontrei para tirar o Gulf da cabeça e trabalhando, cada dia o amo mais, cada dia trabalho mais.

       Sun estava de prontidão na frente da empresa, o que me deixou surpreso pois de alguma forma a mentira que eu contei para fugir daquela situação se tornou realidade. Ele estava bravo, o que não era bom, por mais que ele seja mais novo que eu, ele ainda gerência meu trabalho então devo obedece-lo e fazer o máximo para não zanga-lo, como eu provavelmente eu o deixei agora.

  - Sawadee Khup* meu Nong* preferido...

  - Você estava com ele não estava?- ele foi direto ao assunto.

  - Do que você está falando?- me faço de desentendido, mas sei bem aonde ele quer chegar.

  - Posso ver no seu rosto, ele te magoou de novo não foi?

  - Não...- começo a caminhar em direção ao meu escritório, andei um pouco mais rápido para deixar o Sun um pouco mais para trás- você já reviu a papelada para o fanmeeting?

  - Sim, vai ser daqui um mês e eles disseram que... Ei não muda de assunto.

       Aceno sorrindo para ele de dentro do elevador, fico de deboche até que as portas se fechem. Só de entrar na porta do escritório posso ver as pilhas inacabáveis de trabalho que me esperam, não enrolo muito e começo logo a trabalhar pois quero ir ao estúdio antes da noite.

        Mais uma tarde produtiva com muito trabalho e pouco tempo para pensar nele. Me encontro agora no estúdio, essa dor que sinto vou colocá-la no papel e transformar em música, pois assim será mais fácil de lidar.