Querido professor

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Pov: S/n Thompson

— S/n...– Ele sussurra, já sentia as lágrimas descendo pelas minhas bochechas. Ele sai rapidamente de cima de mim.

— Josh...– Sussurro quase sem voz.

— Então era verdade...– O encaro sem entender. Em sua face tinha desespero, tristeza, decepção, raiva... e muitas outras emoções juntas.

— Como assim...?– Murmuro, Ele nega com a cabeça várias vezes indignado.

— Você acha mesmo que eu te beijei do nada por apenas um desafio, Thompson?– Franzo o senho.

— Você sabia?...– Questiono em sussurro.

— Eu não tinha certeza, mesmo que você tenha mudado o perfume ainda da pra conhecer uma pessoa pelo beijo, sabia? Mas eu não tinha certeza se o cabelo era o mesmo, então precisei de algo maior, por isso te beijei.– Nesse momento as lágrimas já escorriam pela minha bochecha.

— Quando te beijei sentir seu corpo contrair assim como aconteceu na sala.– O encarei novamente.

— Eu só precisava ter certeza, mas agora... quando eu tive, eu não podia deixar passar. Você sabe o que fez, garota?!– Meus ombros abaixaram. Suas palavras soaram com um tom de raiva a qual me fazia arrepiar.

— Ó quê tem na cabeça?– Ele continua, me fazendo olhar para baixo.

— Como pode me manipular daquele jeito?! Você me aconselhou a voltar a falar com você própria por mensagem, o quão psicopata isso pode soar?!– O encarei novamente.

— Josh, me deixa explicar, por favor...– Ele passa a mão no cabelo e nega.

— Não há nada que você possa explicar, e quer saber? Eu não quero suas explicações. Você é totalmente louca! Eu nem tenho palavras para descrever o quanto isso foi péssimo da sua parte.– Ele diz, me levanto e tento encostar nele, mas ele dá alguns passos para trás.

— Pare, por favor. Josh, tenta me entender...– Ele me corta.

— Entender? Imagina se eu tivesse feito algo a mais com você no primeiro encontro? Você me faria me odiar por toda a vida! Talvez algumas pessoas não liguem para a idade, mas eu ligo! Eu tenho idade suficiente para entender o que é crime ou não, coisa que você pelo visto não tá nem aí. Seus pais sabem disso? Tenho certeza que não. Imagina o que eles iriam achar se soubecem o que a filha santinha deles anda fazendo.– O ódio era visível em cada palavra que saia da sua boca.

— Porra, Josh! Será que você não entende? No final sei que você sabe que não tentaria nada.– Ele rir.

— Claro, sei.– Ele ironiza.

— Josh...– Tento tocar nele novamente, mas ele dá outro passo para trás.

— Eu não tenho mais 17 anos, isso não é errado agora! Eu posso ter mentido sobre tudo, mas eu não mentir sobre te amar a dois anos!– Grito.

— Você é apenas uma criança mimada!– Ele cospe as palavras com arrogância e sai do quarto rapidamente. Suas palavras haviam doido mais do que eu podia expressar.

Sem perder tempo vou atrás dele, mas ele quase corria. Eu gritava seu nome enquanto ele decia rapidamente as escadas e passava pela multidão que agora encarava a gente, ele abre a porta e passa a fechando com força logo depois. Paro no meio da sala encarando a porta agora fechada.

Sinto o olhar de todos em mim, quando olho para eles vejo suas faces preocupadas e curiosas, apenas dou de ombros e subo a escadaria novamente, ando rapidamente paro o quarto, mesmo sentindo a presença de algumas pessoas atrás de mim. Ao chegar no meu quarto bato a porta e me jogo de barriga na cama, minhas lágrimas começam a molhar o travesseiro. Escuto a porta abrir, mas não ligo.