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Pov: S/n Thompson

— Acho que agora você é uma das populares.– Escuto a voz de Josh em puro sarcasmo.

— Pois é.– Respondo sem importância. Escuto ele respirar fundo.

— Está tudo bem?– Me surpreendo com sua pergunta, mas apenas assinto.

— Sim, está tudo bem.– Respondo calma, ele nem ao menos deixa de me olhar.

Aquele olhar fixo a qual você sente que ele consegue ler meus pensamentos. Quando ele finalmente se mexe, ele vem até mim devagar, ainda sem deixar de me encarar. Sua mão toca meu cabelo e eu congelo, mas não podia deixar a oportunidade passar...

— Achei que tivesse dito que não queria ficar com sua aluna, porque era estranho...— Murmuro e ele solta meu cabelo.

— Ou que era só uma troca de favores...– Continuo e ele suspira.

— Certo, você está certa. Vá para a próxima aula, não quero que se atrase.– Ele diz meio atordoado e se afasta indo até sua banca. Eu volto minha atenção para a porta, mas assim que abro ela, meu corpo trava.

Droga!

Sem pensar duas vezes tranco a porta e volto minha atenção para Josh, começo a andar em sua direção, ao sentir minha presença ele se vira e me encara confuso.

— O quê...?– Ele murmura, mas eu agarro seu pescoço e lhe puxo para um beijo. Ele me puxa pela cintura sem perder tempo, o beijo começa a esquentar, ficando mais rápido. Se passam alguns segundos e ele separa seus lábios dos meus e me encara.

— Vá para a aula, não podemos correr o risco que alguém nos veja.– Ele sussurra com os olhos fechados.

Eu não respondo, não consigo, apenas encaro sua pele. Eu não consigo evitar os pensamentos...

O que ele estava sentindo?
Seu coração acelerou ao sentir meu toque?
Ele estava com medo?
Eu lhe fazia ter arrepios?

Eu ainda odeio o fato dele ter feito/dito aquilo para mim, mas o que eu podia fazer? Eu realmente queria que ele pagasse, queria que ele sentisse uma dor pior a qual eu sentir, mas para fazer isso eu precisava reprimir a porra das milhares de borboletas que ele me fazia sentir a cada toque, a cada olhar.

Eu queria acabar com o sentimento, mas eu também queria alimenta-los. As vezes me sentia brava por lhe amar de mais, talvez fosse por isso que eu estava tão confusa hoje mais cedo.

Eu me lembro dele me chamar de criança mimada, e isso me deixava furiosa. Talvez necessitasse de uma reviravolta... talvez eu realmente devesse faze-lo pagar, pagar por tudo que um dia me fez pensar e sentir.

Eu me afasto... tão rapido que ele abre os olhos assustado. Engulo em seco, agora eu estava livre de suas mãos sobre meu corpo e eu podia sair dali o mais rápido possível, sem dizer nada... foi o que fiz.

Eu me virei, fui até a porta, a destranquei e sumir pelos corredores o deixando sozinho na sala.

Provavelmente ele não entendeu nada, ou pelomenos ficou confuso. Não julgo, também teria ficado.

***

Na hora da pausa para o almoço, fui até uma mesa grande no canto da cantina onde não havia ninguém, geralmente todos os meus amigos se atrasam, então não perdir meu tempo olhando em volta em busca deles, mas... diferente de todos os outros dias, eu sentia os olhares das pessoas em mim, não entendia muito bem o porquê, na verdade, eu sempre fui invisível, por que seria tão diferente depois de uma festa a qual dei? Não fazia sentido em minha cabeça, mas não era algo que eu odiava... pelomenos não até agora.

Querido professorOnde histórias criam vida. Descubra agora