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Pov: S/n Thompson

No rádio tocava Lonely Day de System Of a Down, e isso piorava ainda mais as coisas. Mas, eu não queria trocar... talvez, porque eu aprendi que é necessário deixar que seus sentimentos tomem conta do seu corpo. Ele não precisam te dominar sempre, caso aconteça, a vida vai te mastigar e cuspir sem dó nem piedade.

Um vento frio batia em meu rosto. O clima havia mudado drasticamente desde que acordei. São 14:35 mais o menos, e eu estou dirigindo até a biblioteca de Pete, eu precisava esquecer o que tinha acontecido mais cedo.

Estacionei o carro em frente à pequena e escondida loja de livros, com um grande logo a cima da porta de entrada (PETE'S LIVROS). Sai do carro e fui em direção a entrada da loja, ao empurrar a porta um pequeno som de sino soou no local. O cheiro de produto de limpeza invadiu minhas narinas.

Pete abaixou o livro de suas mãos para que pudesse me ver, e um sorriso tomou conta do seu rosto.

- S/n! Que alegria te ver aqui.- Ela disse, se levantando e vindo até mim.

- Oi, Pete. Como vai?- Sinto suas mãos rodearem meus braços. Devolvi o abraço, com dificuldade.

- Bem, querida, e você?- Ela se afasta para me observar e coloca meu cabelo atrás da minha orelha.

- Bem também. Estava passando e resolvi entrar para dá uma olhada nos livros.- Ela sorri, ainda alisando meu cabelo.

- Como você está linda!- Sorrio, envergonhada.- Venha, vamos ver se gosta de algo. Chegaram livros novos.- Ela disse me guiando pelos corredores.

Pete passou 30 minutos me mostrando os livros e quando me dei conta, estava com 10 livros empilhados em meus braços. Quando ela me deixou sozinha, eu coloquei os livros em cima de uma mesa que ficava no centro. Voltei para as prateleiras e continuei observando os livros.

Peguei um dos livros e observei, ele tinha a capa verde musgo e me parecia velho. Tive a sensação que ninguém tivesse o pegado antes para folhear. Escutei o sino da porta sooa pelo lugar umas quatro vezes, e em todas elas eu tinha um pequeno susto, mas logo voltava a atenção ao livro. Quando voltei minha atenção a prateleira, em busca de devolver o livro à ela, me dei conta que estava sendo observada pelo lugar vago da estante, que havia tirado o livro.

- S/n, né?- O moreno perguntou.

- É, sou eu. Você é...?- Questionei.

- Dean.- Assenti de leve.

- De onde nos conhecemos?- Pergunto.

- Sou sobrinho de Pete. Ela fala muito de você.- Arqueiro uma sobrancelha, em confusão.

- Fala?

- Sim.- Ao responder, ele coloca o livro na prateleira, quebrando nosso contato.

Coloco o livro em minha mão na prateleira e viro, ao fazer isso vejo ele encostado na estante, bem na minha frente. Solto um grito baixo, em susto.

- Pete diz que você ama livros.- Ele fala, ignorando o fato de ter me dado um susto.

- É, gosto sim.- Respondo, indiferente.

-Eu também gosto muito.- Com sua fala, assinto de leve com a cabeça.

Garoto estranho.

- Bom, foi um prazer te conhecer... Dean, mas preciso ir.- Digo, o deixando constrangido.

- Ah, certo. A gente se ver.- Ele passa a mão no cabelo, enquanto olha para os lados, evitando me olhar.

- Bom... tchau.- Passo por ele e vou até a pequena mesa do centro, pego os livros escolhidos e vou em direção ao balcão que Pete se encontra. Quando ela me vê, abre um sorriso.

Querido professorOnde histórias criam vida. Descubra agora