Running away from love

9- relação

Paguei minha fiança e não vi mais meredith desde então, mas sabia que ela estava tentando concertar minha situação, que tinha piorado muito.

nesse tempo pensei no que poderia fazer para me desculpar com a Grey e dizer que ela estava certa sobre o Derek. falando nele, além de não comparecer ao julgamento para me dar apoio, ele também não respondeu aos diversos e-mails que eu mandei, me mostrando que ele talvez não seja tão meu amigo quanto eu pensei.

os dias se passaram e Meredith finalmente entrou em contato comigo para dizer que reabriria o processo, e queria me encontrar para falar mais sobre. íamos almoçar, então tomei um banho e coloquei uma roupa casual para me encontrar com a minha advogada.

Dirigi por cerca de 20 minutos até chegar no local marcado. Entrei e logo vi a loira totalmente concentrada no cardápio que estava em suas mãos.

Ela fica incrivelmente linda quando está distraída.
pensei.

-- pensei que não te veria mais... -- disse me sentando junto a ela.

-- Sou sua advogada, estou sendo paga pra isso. -- disse de uma forma que me fez arrepiar pelo tom frio que usou.

-- A... É... então? -- disse depois de um tempo, sem saber exatamente o que falar naquele momento.

-- Como havia te avisado, reabri seu processo, com certeza agora vai ser mais difícil, o juiz não confia tanto em nós depois do último acontecimento. -- disse seca e logo um belo homem veio anotar nossos pedidos.

Por mais que nassas últimas semanas nosso relacionamento tenha sido somente profissional, não era tão ruim como está sendo agora.

-- eu acho que a culpa disso foi.... -- ela me interrompeu.

-- não precisa terminar! nós duas sabemos de quem é a culpa. -- um nó se fez em minha garganta. eu me culpava pelo o que tinha acontecido, mas não esperava que ela também.

-- me desculpe. -- disse meio envergonhada.

-- Que? Não! a culpa é daquele idiota do Derek que te prejudicou, e se depender de mim vou provar pra você que ele fez de propósito! -- naquele momento eu voltei a ver a mulher com quem estava convivendo.

-- provar ao juiz -- ela me olhou confusa -- você tem que provar pra ele.

-- A! sim, pra ele também. -- deu um sorriso de canto pra mim.

Acho que nossa relação não estava 100% perdida, e eu estava aliviada por isso? bom eu não sei, só quero manter uma boa convivência com a pessoa que vai trabalhar pra mim por um bom tempo. mas isso não importa agora.

(...)

Meredith estava trabalhando muito para reabrir meu processo, o que não fora tão difícil já tenho recursos para isso. Mas com tanto trabalho ela já não tinha tanto tempo pra mim, ou melhor, para termos alguma conversa que não fosse relacionado a esse maldito processo.

Percebendo isso pensei na possibilidade de escrever uma carta á ela. Sempre fui boa com as palavras, poderia ter dado uma ótima jornalista, mas no meu trabalho atualmente, saber usar bem as palavras é essencial.

sentei na na cadeira em frente a uma pequena mesa que tinha em minha casa e comecei a escrever. Não era uma carta de amor, um poema talvez, mas apenas para mostar a ela que sou mais que uma política, sou um ser humano.

as ideias vinham como uma luz forte em minha mente, estava escrevendo com uma facilidade que nunca vira antes. Acho que saber que a carta seria direcionada a Meredith me deixava inspirada.

não posso negar que minha advogada é uma mulher incrivelmente inspiradora, mesmo sem conhecer muito da sua história de vida, se ver nos olhos dela que já passou por muita coisa. Ela é uma mulher forte, corajosa e muito inteligente, acho que não á trabalho melhor para essa mulher do que ser uma advogada.

sorrio com esses pensamentos enquanto continuo minha missão de escrever algo que agrade a loira. não que eu precise da validação dela, mas por orgulho próprio. Por um instante me sinto uma adolescente enquanto faço um envelope a mão para por a carta dentro.

Coloco a carta dentro do envelope e colo tudo com muito cuidado para não rasgar ou amassar. logo peço a meu motorista para que leve e deixa no prédio dela, afinal ela não mora tão longe para enviar a carta pelo correio.

-- Eu sabia que a senhorita era nova -- ele fala. -- mas não imaginava que tivesse 15 anos.

nós rimos juntos.

-- vai logo!

Meu motorista logo faz o que mando sem mais perguntas, gosto que as pessoas que trabalham para mim sejam bem discretas, e sempre mantive uma boa relação com todas elas. Volto aos meus aposentos e uma sensação de ansiedade começa a me incomodar. não sabia em que momento a loira veria a carta ou se falaria algo sobre, ou pior, poderia me achar uma idiota por ter feito isso, logo me arrependo do que fiz. Mas como já foi feito, só me resta aguardar uma resposta.

...