Running away from love

14- Detetive

Meu dia começou quando nem se quer as galinhas estavam acordadas. Tudo para chegar cedo no escritório e finalmente ligar os pontos que faltavam. Decidi então chamar uma velha amiga que atualmente trabalha como detetive. Por sorte - ou o destino queria muito ajudar a Addison - fiquei sabendo que a mesma estava na cidade, então decidi tentar a sorte de mandar um email e marcar um encontro com ela e a convencer a ajudar a classe que ela mais odeia: Os políticos.

Existem várias matérias contando como ela desvendou casos de corrupção envolvendo altos escalões do governo local. Ela é uma mulher determinada que não abaixa a cabeça para nenhuma dificuldade. Já passou por poucas e boas por se envolver, ou melhor, colocar esse tipo de genhe atrás das grades. No entanto, sua busca implacável pela verdade a fez virar uma figura de pura admiração por todos a sua volta.

Em menos de 10 minutos a morena respondeu meu email com a localização de uma cafeteria dizendo para que a encontrasse em 5 minutos. Após ver que não era tão distante do lugar que estava, me apressei ao pegar a chave e correr até o meu carro. Carina era a minha melhor chance, minha melhor carta para uma jogada de mestre, e farei com que ela me ajude nem que essa seja a última coisa que eu faça.

(...)

Ao entrar no local, logo avistei quem me interessava. O que não foi difícil já que pelo horário a cafeteria estava fazia. Me aproximei da sua mese e ela logo se colocou de pé para me cumprimentar.

-- Meredith! -- veio ao meu encontro e me deu um abraço caloroso.

-- Como vai detetive? -- ela sorri.

-- Amo ser chamada assim, mas somos amigas então só Carina por favor. -- nos sentamos e pensei em não enrolar e ir direto ao ponto desejado. -- Qual é o assunto tão importante que fez você me tirar da cama antes das 7h?

-- Uma mulher. -- digo e vejo sua sobrancelhas de arquiarem em um olhar malicioso. -- NÃO! É minha cliente. -- digo rápido e ela ri.

-- Quem é sua cliente? -- A pergunta chave, o momento que diria a ela quem ela vai ajudar.

-- Addison Montgomery. -- digo rápido e sem olhar diretamente pra ela.

Carina ri como se eu tivesse contado a melhor piada do mundo. Eu estava esperando muitas reações da parte dela, mas uma criso de riso? Essa foi inesperada. Quando mantenho meu rosto sério ela finamente para de rir e me encara, talvez se dando conta que não era brincadeira.

-- Está defendendo aquela cretina? -- diz me repreendendo.

-- Cuidado com suas palavras. -- Aviso. -- Estou trabalhando com ela a tempo suficiente pra saber que ela não é tão ruim assim.

-- "Tão ruim assim" -- ela repete minhas palavras.

-- Ela já me mostrou várias vezes que é inocente! Você precisa me ajudar. -- Acho que meu olhar demonstrava todo o meu desespero.

-- Por que virou advogada dela? -- me pergunta querendo realmente entender, o que me fez ter um pouco de esperança.

-- Porque acredito nela. Acredito que ela não é uma pessoa ruim e está sendo acusada injustamente. Se você a conhecesse só um pouco também veria nela tudo de bom que ela tem. -- Digo praticamente sem respirar. -- Não acredito que ela seja 100% honesta dentro da política.

-- Nenhum é. -- Carina me completa.

-- Mas até o momento ela foi honesta comigo! Então eu confio nela e preciso da sua ajuda.

Ela ficou pensativa, analisando cada palavra minha e talvez pensando se valeria a pena. Estamos correndo contra o relógio e eu estou trabalhando duro para defender a Montgomery. A parceria com a a Carina seria essencial para desmantelar a ameaça - mesmo ainda não sabendo de fato qual ou quem seja. Quando saio dos meus pensamentos vejo Carina respirando fundo e então ela me olha.

-- Vou ver o que posso fazer.

...