Cheguei cedo ao escritório da minha advogada hoje. Depois de uma troca de cartas sentimentais e me sentir no colegial, precisamos de uma conversa franca. Não digo sentimental como se existe algo entre nós, a Grey é certinha demais para se envolver com sua cliente, e mesmo que não fosse, quem disse que eu quero algo com ela?
Abro a porta do seu escritório, ela está completamente concentrada em seu notebook, a ponto de não notar minha presença. Faço um som apenas para chamar sua atenção, e ela da um leve pulo com o susto. Rio. ela me encara séria.
-- Bom dia Grey! -- falo uma animação que claramente a deixou irritada.
-- gritando às... -- ela olha a hora no notebook -- 8:30 da manhã? -- me encara.
-- E você indo ao meu prédio às -- paro um pouco pra pensar. -- não sei. tarde da noite, só pra me entregar isto? -- levanto o envelope.
Vejo o rosto dela corar, e então ela se levanta da sua confortável cadeira de doutora.
-- Loucura! é isso que você faz comigo Montgomery. Me irrita e me deixa louca! -- começo a abrir o envelope. -- o que está fazendo? -- começo a ler -- para com isso agora!
Ela começa a ficar brava e vem na minha direção para pegar a carta da minha mão. Mas logo dou rapidamente um passo para trás e começo a ler em voz alta.
"
É que eu sou de lua, hora apareço pra ti hora pra mim
É que eu sou de lua, hora estou aqui hora estou perdida
É que eu sou de lua, hora estou cheia hora estou vazia
É que eu gosto de ser da lua
mais eu torço para ser tua um dia."
Não tenho a mesma criatividade de criar como você, então, não é de minha autoria, mas acho essa parte do poema lindo.
M.G
-- O que te fez fazer isso? -- pergunto olhando fixamente para os olhos dela. Ela me encara, intercalando o olhar entre meus dois olhos, não sei se por extinto mas, os olhos delas acabaram olhando rapidamente para minha boca, rápido, mas não impossível de se perceber. Eu sorrio involuntariamente, ela percebe que eu havia visto e logo vira a cabeça com vergonha.
-- Não sei Addison! podemos falar sobre trabalho ou você acha que não corre mais perigo? -- volta com seu semblante sério.
-- Calma aí loirinha, você anda muito estressada sabia? -- ela revira os olhos e eu me sento na poltrona do seu escritório.
-- Primeiro, loirinha? sério? Sua criatividade é melhor pra escrever do que pra colocar apelidos. -- senta ao meu lado
-- loirinha é ótimo! -- ela continua logo após minha fala.
-- E eu ainda não tomei café -- olha pra mim -- Você bem que poderia comprar um para me agradar né?
-- isso faz parte do meu trabalho?
-- ainda não, mas pode começar a fazer! -- ela se levanta e vai até sua mesa pegar suas coisas, fico sem entender, ela estava quase saindo do escritório quando para na porta e olha pra mim. -- Vamos!
-- Pra onde? -- me levanto ainda sem entender.
-- Você vai pagar meu café, e talvez um pedaço de torta. -- sorri de canto como uma criança prestes a pedir o presente mais caro para os pais.
-- Você quem manda senhorita Grey. -- falo sabendo que não tinha para onde correr e na verdade, mesmo se pudesse, não iria.
Abro a porta do carro para que a Grey entrasse, mas ela vai para o lado do motorista, e mais uma vez naquela manhã fico sem entender nada.
-- eu vou dirigir. -- estende a mão esperando que eu entregasse a chave.
-- Que história é essa? nada disso! o carro é meu.
-- a exatamente 15 minutos pensei que tivesse escutado você dizer "Você quem manda" -- continua com a mão estendida.
balanço a cabeça não concordando nada com aquilo, mas entrego as chaves para ela que sorri satisfeita.
Em seguida ela começa a dirigir, pra mim ela parecia estar completamente sem rumo, mas ela jurava que iria me levar a um lugar bom. O caminho foi entre conversas pessoas, mas pelo meu lado do que pelo dela, ela é um livro fechado e muito difícil de ler. Se passaram aproximadamente 30 minutos e por mais a presença da advogada fosse agradável eu já estava ficando impaciente.-- estamos chegando? -- pergunto após ela diminuir a velocidade do meu carro.
-- Quase. -- disse olhando para a estrada. dois minutos se passaram.
-- estamos chegando? -- Meredith me encara.
-- Você tem oito anos por acaso? quando estivermos chegando você vai ver, porque eu vou parar o carro.
E não demorou muitos minutos para Meredith encostar próximo a uma cafeteria simples de um pequena cidade pequena que havia ao redor. Ela desde e eu a acompanho apreciando o lugar. Por menor que fosse parecia um lugar aconchegante, não se comparava as grandes confeitarias que existem na parte maior da cidade, mas não era tão ruim.
-- Sabia que no centro de Seattle existem vários lugares bons e luxuosos para se tomar um café? Fora que seria bem mais perto né. -- reclamado enguanto vejo Meredith ainda parada apreciando o estabelecimento.
-- Não viemos pelo luxo Addison e sim pela riqueza de sentimentos e lembranças que existem aqui... -- disse baixo com a voz mais calma que o normal. E logo vejo que ela começa a andar em direção a porta da cafeteria e corro um pouco para alcança-la, ficando ao seu lado.
...
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Running away from love
FanfictionJá se imaginou sendo acusada por algo que não fez? Apesar do caráter altamente duvidoso, a prefeita se diz inocente. E sua advogada além de ajudar a limpar sua barra, despertará sentimentos jamais sentidos antes. (FINALIZADA)