. . . 𝕾/𝗻 𝖂𝗼𝗹𝗹𝗶𝗻𝗴𝗲𝗿.
Maldita hora que Florence escolheu meu vestido. Além de horrendo e estupidamente caro, é completamente desconfortável.
Ele é bege, com rendas e detalhes em dry grass. Um decote triangular abaixo dos seios, em cima das costelas, e mangas bufantes em alças.
Coisas chiques e caras tendem a ser feias, muito feias.
— Filha, que bom que veio. — meu pai se aproxima. — Senti saudades. — apresenta um sorriso amarelo.
Óbvio que ele não sentiu saudades. Meu pai sabia fazer muitas coisas, mas dizer que estava com saudades, não era uma delas. A capacidade de mentir dele decaiu.
— Não posso dizer o mesmo. — sorrio falso.
Em partes, me dava bem com ele. Não era uma relação de amor, mas não chegávamos à se matar sempre que nos encontrávamos. Exceto atualmente, onde ele queria que eu assumisse o ramo da família. Oh querido pai, como dizer que eu desprezo a empresa da nossa família fortemente e que assim que brechas forem abertas eu mandarei você para a puta que pariu. Soa delicado? Espero que sim.
— Sempre tão meiga, não é mesmo, Violette? — as vezes sinto vontade de excluir este nome da minha certidão de nascimento. — Vejo que está vestida de acordo. Colocará fogo neste salão?
Rio. — Sempre tão engraçado. — debocho. — Se me permite, irei ficar ao lado da Florence. Sou alérgica a pessoas da quarta idade, tipo o senhor! Passar bem, viu. — saio.
É, talvez no fundo eu gostasse de alfinetar ele. Pais e filhos, impossível não amar, inevitável tentar tolerar.
— Boatos que você tá vestida assim pra chutar pobre na rua. — Florence ri, por um momento eu a vi completamente bêbada.
— Eu daria um tapa na sua cara agora. — resmungo. — Vestiu meu melhor vestido e me deixou com esse pedaço de pano morto.
— Achei que você quisesse ser clássica e refinada. — levanta as mãos. — Eu volto já já, as comidas na entrada da cozinha estão quentinhas e gostosas. — sorri maliciosa e sai andando rapidamente.
O motivo que mantém todos intactos nessa festa de negócios sem dúvida é o buffet impecável. Meu pai tem milhares de defeitos, mas seu gosto culinário não possui falhas.
Beberico um pouco do meu vinho tinto suave e volto a observar a festa ao meu redor. Como sempre, nada interessante. Investidores que tem idade para serem fósseis, crianças com roupas pomposas correndo como baratas, adolescentes e aprendizes observando as negociações, mulheres em bufantes vestidos fofocando e pessoas como Nour e eu apenas desfrutando da comida e bebida. Típico e entediante.
Saio do transe e avisto minha mãe sorridente caminhando em minha direção. Novamente, eu a amo muito, mas ela, na maior parte das vezes, pode ser fútil e superficial.
— Filha! — diz entusiasmada.
— Mãe. —finjo entusiasmo. Nada contra, mas alegria constantemente o tempo todo me irrita.
— Ah filha, que vestido bonito. Combina com seus olhos —- sorri. Compreendem? Superficial.
— Florence escolheu.
— Adorável! Amo aquela garota. Ela tem um ótimo gosto. — sorri. — Mas então... Continua sofrendo na sua faculdade?
— Sabe que sim, mãe. — continuo. — Retire esse seu falso pensamento que eu irei abandonar a faculdade e virar uma dona de casa.
Nada contra donas de casa, acredito que elas fazem muitas coisas. Mas parece um pesadelo ficar presa um lugar por tanto tempo fazendo tarefas simples e monótonas.
— Claro, certo, eu jamais te incentivaria a desistir de seus sonhos. — gesticula.
Imagino que ela esteja mentindo. Se pudesse me trancafiar e me moldar como uma boneca, ela com certeza faria.
Finalmente em casa. A festa foi um porre, como esperado. Por sorte acabou rápido. De imediato, tirei aquele vestido horrível e vesti uma regata e uma calça de moletom xadrez.
Retiro uma garrafa de energético do frigobar, uma torta de limão do centro da geladeira e um prato e copo de dentro do armário. Ponho tudo em cima da bancada e me sirvo.
Após isso corro para sala onde ligo a TV e espero Keeping Up With the Kardashians.
Enquanto assisto o drama da Kendall acabo derrubando um pedaço da torta na regata. inferno, esse corante é impossível de sair.
Bufo e levanto subindo para o quarto para trocar a camisa. Já em frente ao guarda roupa, pego outra regata e visto. Quando estava saindo vejo o moletom do garoto em cima da cadeira, Florence, obra da Florence sem dúvidas.
Paralisada, continuo olhando para ele sem saber o que fazer. Eu deveria devolver? Mandar mensagem? Chamar ele pra um café? É isso que eu vou fazer.
Sem hesitar pego meu celular e adiciono o contato.
garoto do absorvente
me
hey
acho que estou pronta pra devolver seu moletom.
no Starbucks da Fox as quatro e dez,
tudo bem?
xoxo, garota do absorvente
• • •
só pra exclarecer, violette: um dos sobrenomes da s/n
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𝗮𝗯𝘀𝗼𝗿𝗯𝗲𝗻𝘁 ! 𝗍.𝖼𝗁𝖺𝗅𝖺𝗆𝖾𝗍. ✓
Fanfiction𝐀𝐁𝐒𝐎𝐑𝐁𝐄𝐍𝐓 ꒱ 222. 💌 𝗍𝗂𝗆𝗈𝗍𝗁𝖾𝖾 𝖼𝗁𝖺𝗅𝖺𝗆𝖾𝗍 𝖿𝖺𝗇𝖿𝗂𝖼𝗍𝗂𝗈𝗇. ﹙𝗈𝗇𝖽𝖾 𝗌/𝗇 𝗐𝗈𝗅𝗅𝗂𝗇𝗀𝖾𝗋 𝖺𝖻𝗈𝗋𝖽𝖺 𝗎𝗆 𝖽𝖾𝗌𝖼𝗈𝗇𝗁𝖾𝖼𝗂𝖽𝗈 𝗇𝖺 𝗋𝗎𝖺 𝗂𝗆𝗉𝗅𝗈𝗋𝖺𝗇𝖽𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗅𝖾 𝖼𝗈𝗆𝗉𝗋𝖾 𝗎...