𝟭𝟬

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. . . 𝕿𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝕮𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁.

𝖀𝗺𝗮 𝘀𝗲𝗺𝗮𝗻𝗮 𝗱𝗲𝗽𝗼𝗶𝘀
dia da convenção de arte.

Reconhecem aquela frase Hey não beije uma amiga que você conheceu à uma semana porque ela pode simplesmente sumir e fingir que nunca existiu. Ah não? Bem isso deveria ser uma frase.

Me preparava apressadamente e de forma bem nervosa para a convenção de arte. Os alunos de fotografia iriam expor seus portfólios na sala de revelação da universidade à espera que algum estúdio aceite estagiários. Com a apresentação organizada e ótima aparência, se me permite dizer eu estou incrivelmente maravilhoso.

Vestia uma calça social preta, uma camisa polo branca justa ressaltando os músculos, e o um all star vermelho cano alto. Com a pasta do portfólio na mão direita e o celular na esquerda saio rápido do apartamento encontrando Tom na frente da porta.

— Olha ele, todo galã. — caçoa.

— Quem ainda usa essa expressão Tom. — esbarro em seu ombro e tranco a porta.

Quase arrastando Holland, pego o elevador afim de ir ao estacionamento e seguir para a universidade.

Já na convenção, me separo de Tom que sai para fazer sabe se lá o que, e sigo descontraidamente para a sala da apresentação. No caminho papeio com meu orientador que segue o mesmo caminho e me aconselha dizendo elogios e estratégias.

Algumas horas mais tarde eu estava radiante, já que a convenção havia sido um sucesso.

Tive três reuniões com grandes investidores de estúdios fotográficos, o que significa que meu portfólio tinha progredido.

Tenho certeza que as fotos de S/n foram as favoritas dentre todos. Ela ilustrava um brilho natural, sem contar o contexto que tive que explicar para cada um deles. Por mais que tudo tivesse corrido bem, ver as fotos de Sina me deixavam nostálgico.

Depois do beijo, ou quase beijo, a noite ficou estranha. Ela conseguiu aliviar o clima pra tensão não nos matar na volta para casa. Em compensação não respondeu minhas mensagens durante dois dias. Desisti de tentar e apenas respeitei seu espaço.

— Timothée. — observo o Sr.Podolsky sorridente caminhar até a mesa onde eu estava sentado. — Foi uma grande apresentação e foi muito elogiado pelos recrutadores. — sorri. — Fez um ótimo trabalho com as fotos, principalmente a da garota bonita. Além de elogiarem a beleza dela as fotos ficaram incríveis.

— Obrigada. — agradeço. Afinal parte do mérito é dele. — Acho que já posso ir embora certo? Já que tudo foi bem.

— Claro, está liberado Timothée.— me abraça desajeitadamente. — Apenas aguarde os telefonemas. — sorri e saí.

Satisfeito, recolho minhas coisas, me despeço dos outros colegas da área e mando uma mensagem pro Tom dizendo que já iria embora. De canto de olho, visualizo a conversa de S/n lida e ignorada. Reviro os olhos internamente de pensar que eu poderia ter evitado tudo isso. Talvez se eu não tivesse confundido nossos sentimentos poderia ter sido diferente. O que é mais estranho é que ela correspondeu o beijo... Por que ela não me ignorou ou me bateu?

Dispenso esse pensamento e sigo para a saída da feira. No caminho ouço alguns gritos atrás de mim, confuso, continuo andando ignorando completamente os gritos.

— Timothée! — ouço mais gritos.

Qual a chance de ser comigo? Mesmo duvidoso me viro, só pode ser brincadeira. Ao me virar, me deparo com a S/n, meio descabelada e desajeitada correndo em minha direção.

— Ah, graças a Deus. — apoia as mãos nos joelhos ofegante. — Por favor da próxima vez que ouvir um grito que seja seu nome, independente da situação, vire-se. — ri. — Ufa, um segundo, eu preciso recuperar o oxigênio. — se abana.

— Está tudo bem? — pergunto. — Por que está aqui?

— Eu tô bem, obrigada por perguntar. — sorri. — Certo, isso é uma feira de arte. Eu vim... — olha em volta. — Apreciar arte.

Estreito os olhos e à olho de forma intimidadora.

— Apreciar arte? Sério? — curvo os lábios. — Por favor S/a, nem você acredita nisso.

— Certo ok. — suspira frustrada. — Eu vim te ver? — apoia as mãos na cintura. — Está bem, nem isso me convenceu. Timothée eu vim aqui pra pedir desculpas.

— Desculpas? Pelo que? — me faço de desentendido.

— Não se faça de sonso comigo, bae. — revira os olhos.

— Eu estou gostando disso. — sorrio malicioso. — Por que está aqui mesmo S/n? — me aproximo.

— Céus, eu te odeio. — bufa. — Eu estou aqui pra pedir desculpas por ter sumido depois do... — gesticula. — Sabe, aquela coisa...

— Dizer beijo não vai te matar S/nzinha. — brinco.

— Você ainda vai me tirar do sério, Chalamet. — suspira. — Certo. Vim pedir desculpas por te ignorar por uma semana depois que você... — enfatiza. — me beijou. Era isso que queria ouvir?

— Ah, isso é sem dúvida música para os meus ouvidos.

— Idiota. — murmura.

— O idiota que você ama, eu imagino.

— E o que te faz pensar isso, senhor convencido? — cruza os braços.

— Se não fosse, você não estaria aqui, certo?

— Eu poderia estar aqui porque gosto da sua amizade. Não porque te amo.

— Então você está aqui porque gosta da minha amizade. — me aproximo. — Ou porque me ama, boozie. — certamente não me lembro de quando eu fiquei tão ousado.

Estávamos relativamente próximos. Por sorte as pessoas estavam concentradas demais na exposição pra perceber a tensão entre nós.

— Por que não me procurou antes?

— Não queria te dar falsas esperanças. — sussurra. — Não queria que estivesse enganada sobre corresponder ou não aos seus sentimentos.

— Foi só um beijo. Não precisava ter sentimentos.

— Está enganando a si mesmo. — me olha nos olhos e pela primeira vez hoje me sinto intimidado. — Acredite bae, pessoas que não zelam sentimentos não beijam do jeito que você me beijou. — continua. — E agora você tem sua resposta.

— Tecnicamente eu nunca fiz uma pergunta.

— E tecnicamente eu estou considerando ir embora se você continuar sendo um chato. — a olho indignado.

— E qual seria a respos... — sou interrompido quando seus lábios pressionam os meus.

Não vou descrever o beijo, isso soaria estranho. Qualquer coisa com S/n era estranho. Desde o momento em que a conheci soube que ela não era do tipo padrão normal. Tinha algo à mais nela.

Se o beijo era estranho? Oh não, era muito bom.

Beijar S/n era como se afogar em uma grande poça de gloss de morango. Um delicioso gloss de morango. Sobre uma boca mais deliciosa ainda.

Eu não tinha dúvidas que queria ter algo com ela. O envolvimento que tivemos durante dois beijos provava tudo. Qualquer questionamento que eu tivera, estava sendo respondido em um único beijo.

Eu aprenderia a amar S/n, isso se já não amo. Mas nós viveríamos um romance, disso eu não tinha dúvidas.

S/n era a Allie do meu Noah, e por mais que o único obstáculo que tivemos, fora descobrir os sentimentos.

Eu não tinha dúvidas que amaria a garota do absorvente.

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aguardem, pois ainda tem o epílogo!

𝗮𝗯𝘀𝗼𝗿𝗯𝗲𝗻𝘁 ! 𝗍.𝖼𝗁𝖺𝗅𝖺𝗆𝖾𝗍. ✓ Onde histórias criam vida. Descubra agora