. . . 𝕿𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝕮𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁.
— A essência Sr. Chalamet. — suspira. — Capte a essência Timothée. — bufa novamente.
Acho que faz vinte minutos que meu orientador de fotografia está tentando me orientar a organizar o meu portfólio para a empresa.
Ele acredita na teoria de que fotografias que possuem significados emocionais, que retratam a essência fora de contexto e ao pé da letra, são as mais incomuns e agurdadas em uma pasta. Modestamente, minhas fotos estavam impecáveis, as fotos do tema desse bimestre eram valores emocionais e essenciais, e eu tinha arrasado.
Mas ao conversar com o Sr.Podolsky, minha autoconfiança se destruiu.
Eu não tinha ideia do que era captar o valor emocional e a essência das fotos. De certa forma eu sabia, avaliadores de fotografia adoram contextos emocionais, isto é um fato.
Mas explorar esse enredo e desenvolver uma fotografia bela que se encaixe no portfólio é complicado. Em breve eu estarei, se tudo correr bem, em uma grande rede de fotografia. E não saber desenvolver todos os tipos de fotos em temas propostos não estavam nos meus planos.
— Fotografe algo importante para você, Timothée. — continua meu orientador. — Algo que retrate um momento importante. Não me interessa se for um momento, uma frase, um dia, pouco me importa. Mas para completar o. portfólio, você precisa de uma imagem em contexto exteriorizado. Se você conseguir isso até o fim da próxima convenção de arte, em duas semanas, seu portfólio será o melhor da classe. Pense nisso filho, nos vemos em outra hora T.
Me despeço e saio de sua sala. Eu não fazia ideia do que fotografar. Tudo de valor emocional que eu possuía estava nos Estados Unidos, eu ainda não tinha vivido momentos que realmente me instigaram em Paris, exceto o episódio da garota e o absorvente claro.
Mesmo assim eu continuava sem ideias para aprimorar o portfólio. Talvez eu desista e me jogue de cima da entrada do museu do Louvre.
— Ainda não devolveram seu moletom? — pergunta Tom enquanto procura uma camiseta sua que eu havia roubado.
— É, não. — folheio o portfólio da faculdade. — A loira ainda não entrou em contato. — falo indiferente.
— Você não fala muito dessa garota. — me olha. — Sempre reservado.
— Não tem nada pra falar. Ajudei ela, foi só isso que aconteceu. — digo simples.
— Hm, tudo bem, ok então. — disfarça mas está óbvio que ele sabe que eu estou mentindo.
Nem eu sei porque estou mentindo, eu só, não consigo esquecer aquela maldita garota.
— Como pelo visto você deve ter enterrado minha camisa para eu não encontrar. — põem as mãos na cintura. — Eu vou roubar sua camisa do ACDC, obrigado cara.
— Eu nem contrariei. — resmungo e observo o mesmo sair do quarto.
Tom tinha esses surtos de simplesmente entrar no meu apartamento, que por coincidência somos vizinhos, fazer o que bem entende e sair, como se nada tivesse acontecido.
Reviro os olhos e rio com o pensamento do quão invasivo ele pode ser.
Já me pegou na hora H com garotas diversas vezes, ele é aquele vizinho chato, irritante que você não vive sem.
Balanço a cabeça e volto a focar no portfólio. Se eu quisesse impressionar o orientador e o estúdio eu deveria ser ousado. Talvez montar uma sessão enciclopédica sobre a foto em questão. Mas essa sessão teria que ser um tema marcante, algo que somente eu entendesse a longa vista.
Sou despertado com meus pensamentos quando ouço meu celular vibrar.
desconhecido
hey
acho que estou pronta pra devolver seu moletom.
no Starbucks da Fox as quatro e dez, tudo bem?
xoxo, garota do absorvente
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𝗮𝗯𝘀𝗼𝗿𝗯𝗲𝗻𝘁 ! 𝗍.𝖼𝗁𝖺𝗅𝖺𝗆𝖾𝗍. ✓
Fanfic𝐀𝐁𝐒𝐎𝐑𝐁𝐄𝐍𝐓 ꒱ 222. 💌 𝗍𝗂𝗆𝗈𝗍𝗁𝖾𝖾 𝖼𝗁𝖺𝗅𝖺𝗆𝖾𝗍 𝖿𝖺𝗇𝖿𝗂𝖼𝗍𝗂𝗈𝗇. ﹙𝗈𝗇𝖽𝖾 𝗌/𝗇 𝗐𝗈𝗅𝗅𝗂𝗇𝗀𝖾𝗋 𝖺𝖻𝗈𝗋𝖽𝖺 𝗎𝗆 𝖽𝖾𝗌𝖼𝗈𝗇𝗁𝖾𝖼𝗂𝖽𝗈 𝗇𝖺 𝗋𝗎𝖺 𝗂𝗆𝗉𝗅𝗈𝗋𝖺𝗇𝖽𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗅𝖾 𝖼𝗈𝗆𝗉𝗋𝖾 𝗎...