𝟬𝟴

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. . . 𝕾/𝗻 𝖂𝗼𝗹𝗹𝗶𝗻𝗴𝗲𝗿.

— Vamos agora! — exclamo entusiasmada.

— Agora?

— Não sei você, mas eu não tenho nada da fazer agora. Vamos sair por aí fotografar e montar seu portfólio. — sorrio. — Vai ser legal. A menos que você seja um psicopata que está me atraindo pra morte, aí sim eu não vou gostar. — rimos juntos.

— Se eu disser não, estarei sendo chato?

— Sim. — puxo ele pela mão enquanto deixo algumas notas de dinheiro em cima da mesa pagando nossos cafés. — Vamos tirar fotos!

[...]

— Eu não vou fazer isso. — digo indignada.

— Qual é S/a! — choraminga. — As fotos vão ficar tão bonitas.

— Eu não vou entrar no mercado e tirar fotos na sessão dos absorventes, nem vem. — balanço a cabeça em sinal de negação.

— Vai ser legal!

— Correção, vai ser vergonhoso. — soletro. — Se você ficar famoso e essa foto vazar vão me chamar pra fazer propaganda de absorvente! — ele ri.

— Tá legal, foi longe demais. Vamos fazer um trato. Você tira essas fotos e depois eu faço qualquer foto em qualquer lugar que você quiser tudo bem?

— Proposta tentadora, mas ainda acho que você sai ganhando de todos os jeitos. — entro no mercado. — E quem garante que deixarão você fotografar aqui dentro?

— Vão deixar, confia em mim. — tinha problemas com confiança, e estranhamente confiava no Timothée.

Basicamente ele era um estranho, eu estava andando por Paris com um estranho. Isso é estranho. No final eu chuto as partes baixas dele caso algo dê errado.

Logo entramos no mercado e andamos até a sessão de produtos femininos.

— É a minha primeira vez fazendo isso, que pose eu faço?

— Sério isso? — ele ri e retira a câmera fotográfica do protetor e ajeita a lente. — Faça qualquer coisa, de preferência algo natural. Sua beleza já é o suficiente aliás. — pisca pra mim.

Sem perceber eu começo a rir. Literalmente e espontaneamente a rir. Timothée me olha confuso.

— Disse algo errado? — apresenta uma feição preocupada. Como se tivesse assustado e desesperado.

— Não, eu só... — volto a rir. — Me desculpa, sério. — digo sincera enquanto rio. — Mas a duas semanas atrás eu jamais cogitaria estar em um mercado tirando fotos pra um quase estranho e ainda por cima com absorventes.

Ele ri comigo.

— Olha, se parecer estranho nós podemos ir...

O interrompo. — Nem pense em terminar esta frase. Eu fiz um acordo. Te devo isso. E quero isso! Só é... — tento escolher bem as palavras. — Diferente.

— Muito bem então, musa. Aja naturalmente apenas.

E pelos próximos vinte minutos fiquei fotografando naturalmente, de acordo com a definição.

Talvez Timothée estivesse fingindo mas sua expressão era de satisfação. Imagino que boa parte das fotos tenham ficado boas.

Quando ficou estranho estar no mercado a tanto tempo tirando fotos. Compramos barrinhas de chocolate e saímos normalmente do local.

— Isso foi louco. — rimos.

— Insano, eu acho. — abre a barrinha de chocolate.

— Posso ver as fotos? — peço esperançosa.

— Não agora. Quando arrumar o portfólio eu te mostro. — morde o chocolate e eu faço bico. — Ah não, nem vem com essa chantage emocional e essa carinha fofa.

— Não custa tentar. — roubo um pedaço de seu chocolate. — E agora vamos aonde?

— Prometi que você escolheria o lugar agora. Sinta-se a vontade.

— Museu do Louvre. Em modéstia parte, eu vou ficar linda. — me gabo.

— Seu desejo é uma ordem. — segura minha mão e me puxa estendendo a mão pra pedir um taxi.

𝕿𝗿𝗲𝘀 𝗵𝗼𝗿𝗮𝘀 𝗱𝗲𝗽𝗼𝗶𝘀.

garoto do absorvente

hoje foi divertido.

obrigada pela ajuda com as fotos (a propósito ficaram incríveis.)

quando eu montar e deixar tudo pronto eu te mostro :)

me

foi mesmo. espero que a gente saia mais vezes.

obs: vou cobrar as fotos

garoto do absorvente

tô contando com isso boa noite garota do absorvente.

me

boa noite Timothée

𝗮𝗯𝘀𝗼𝗿𝗯𝗲𝗻𝘁 ! 𝗍.𝖼𝗁𝖺𝗅𝖺𝗆𝖾𝗍. ✓ Onde histórias criam vida. Descubra agora