In Love With The Curse // 2°Temporada. ( REBEKAH E S/N )

2°11

S/n sorriu antes de caminhar até a poltrona e se sentar, Rebekah desviou o olhar e sentou-se na cama com sua  postura ereta, aparentemente criando coragem para iniciar a conversa.

S/n cruzou as pernas e desviou o olhar para a janela, admirando a luzes das casas junto com as estrelas incrivelmente visíveis.

Rebekah puxou o ar e soltou uma fala rápida inaudível, fazendo S/n encará-la confusa. Esperando a original responder, a tríbida curvou o corpo para frente para ouvi-la.

-Você vai falar? Meu lobo está ficando inquieto com todo esse cheiro.-A mais nova diz calma.

Rebekah suspirou e olhou nos olhos da mulher.

-Eu estava em um bar, bebendo tequila. Estava carente, desortiada e estressada depois de uma briga com Nick. Chegou um rapaz, ele foi gentil, me deu atenção. Foi a primeira pessoa que me deu atenção depois de dois anos sem você.-A loira

-Se era só isso, você pode sair.-S/n rebate e se levanta.

-Eu não fui até o final, eu não transei com ele.-Rebekah indaga se levantando.

-Isso não me interessa Rebekah!-A morena esbraveja.-Eu preciso que você saia meu lobo está irritado, saia.-S/n diz se acalmando.

S/n pegou suas roupas e se trancou no banheiro para se trocar e evitar seu lobo de avançar em Rebekah. A mulher se veste rapidamente e sai do banheiro contando de não ver o rosto da original que não estava mais ali.

[...]

Deitada na cama, olhando para o teto do quarto, S/n suspirou irritada por não conseguir dormir com receio de ter pesadelos.

A morena rolava de um lado para outro e logo parou ao ouvir o barulho da porta do quarto abrindo, S/n levanta a cabeça para ver quem era e se surpreendeu ao avistar Hope abraçando o travesseiro com estampas de ursinho.

-Você pode me contar uma história para dormir?.-A garotinha perguntou caminhando até a cama.

S/n soltou uma risada nasal ao achar que a garotinha tinha confundido ela com a mãe.

-Eu não sou sua mãe.-A morena diz com um sorriso de canto.

-Eu sei, você é a mãe da minha mãe.-Hope deu de ombros atraindo o olhar brilhante de S/n.

"Desculpe, ela te acordou?" A voz de Hayley entrando no quarto fez S/n sentar-se na cama.

-Eu já estava acordada.-S/n olhou para trás avistando seus gêmeos de pijama entrando logo depois de Hayley.

-Eles estavam em uma festa do pijama, mas alguém fugiu e acordou os outros.-Hayley pegou Hope no colo e se virou para sair.

-Mas eu quero ouvir uma história da vovó.-Hope diz fazendo a mãe parar.

-Eu também quero ouvir uma história.-A pequena Hela comentou fazendo Morrigan assentir frenético.

S/n riu e suspirou antes de dá leves tapinhas na cama para as crianças subirem, Hayley colocou Hope na cama e se sentou na poltrona para ouvir a história que a mãe iria contar para as crianças.

S/n deixou as crianças escolherem entre final triste ou final horrendo. Hela pediu por final feliz recebendo uma história de final triste da mãe que sorriu quando a garota cruzou os braços com um biquinho.

"Mimada igual Rebekah" pensou a mais velha.

Então ela começou a contar a história.

"Um jovem rapaz chamando Tito, caminhava pela terras barrenta de sua pequena comunidade. Uma comunidade harmoniosa, sem brigas, sem mortes e sem qualquer tipo de "demonio".

Até que uma bela noite os moradores acordaram com um grito de uma mulher que correu para a primeira porta que avistou.

"Demônio, um demônio" a jovem mulher gritou em desespero apontando para a enorme floresta escura.

Tito ouviu tudo, estufou o peito e disse que ficaria tudo bem e que ele cuidaria do demônio. Ele pegou uma tocha e seguiu para dentro da floresta, depois de caminhar por cinco minutos, o rapaz havia esquecido como se andava reto e sem tremer.

"Olá" a voz de tito ecoou pela árvores e nenhuma resposta obteve.

Ele suspirou aliviado e se virou levando um enorme susto.

-Ele não vai morrer, vai?.-Hela pergunta interrompendo a história.

-É bem provável.-S/n responde e dá de ombros fazendo a garotinha tapar os olhos.

Tito se deparou com uma garotinha de mais ou menos cinco ou seis anos o encarando com seus olhos vermelhos de chorar sendo esfregados por sua mãozinha delicada.

"Pobre criança, o que faz aqui?" Tito perguntou carregando a garotinha em seu colo.

"Me perdi do meu pai". A garotinha respondeu com fungando.

Tito voltou com a criança dormindo em seu ombro, esperançoso que encontraria o pai da pequena Nadira.

Então ele procurou pelo pai da garota durantes dias, semanas, meses. Até que se deu por vencido e decidiu criar a pequena Nadira.

A pequena brincava no quintal da casa quando uma outra criança se aproximou dela.

"Olá, Nadira".A garota cumprimentou fazendo a garotinha gritar atraindo a atenção de tito que correu.

"Demônio, demônio" Nadira repetia apontando para a outra garota que se irritou.

"Não deveria falar assim com os outros, Nadira" Tito repreendeu fazendo a outra garota sorrir.

Com o passar do dia, Nadira não saiu de dentro do quarto com medo. Afinal ela tinha certeza que aquela garota era o demônio, o demônio que devorou seu pai em sua frente.

Ao ouvir Tito gritar, Nadira saiu de seu quarto e desceu a escada apressada. Ficando frente a frente com o "Demônio" que estava com a mão no coração de Tito.

"Demônio" Nadira esbravejou.

A casa começou a tremer, as luzes piscavam e explodiam. O "demonio" sorriu ao ver que havia feito Nadira desperta sua magia.

"Seja forte Nadira, salve o seu povo". O "demonio" sorriu arrancando o coração de Tito que caiu sem vida no chão.

Nadira soltou um grito de dor libertando uma aurea ventuosa que fez os objetos voarem. O demonio se aproximou e abraçou a garotinha que chorava.

"Desculpe, mas seu povo precisa de voce e de sua magia. Os ajude, fique forte, seja forte". O demonio finalizou sumindo da visão da garota.

"Demônio" Nadira choramingou antes de adormecer de tanto chorar.

Fim.

S/n sorriu ao ver as crianças dormindo agarradas em seu corpo, ao olhar para Hayley que dormia na poltrona S/n aumentou o sorriso.

"Deixar sentir" A tríbida pensou.

Ela fechou os olhos, ouvindo os batimentos cardíacos suaves de seus filhos e neta. Sentiu seu corpo relaxar, sua respiração se suavizar até que a morena adormeceu em um sono tranquilo, longe de pesadelos.