"Nada é pior do que a ira de uma mulher traída"
Ele a traiu, a abandonou nas mãos de seu pai louco e ainda esperava apoio e amor incondicional.
Mas ele se esqueceu de um detalhe: sua esposa era dornesa.
Traição, abandono e dor eram agora parte intrí...
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Jaime estava resistindo e aguentando por pouco. Seu pescoço e seus braços doíam enquanto ele estava esticado amarrado aquela tábua por horas. Ele estava muito ferido, faminto, com sede e suado. Ele piscou, sentindo o suor escorrer. Estava com febre e tinha dificuldade em se manter acordado. Sentia que iria desmaiar a qualquer momento. Ele ouviu os homens de ferro gargalhando e os amaldiçoou em voz baixa. Ele se forçou a se manter firme. Ele tinha que aguentar, Jaime tinha que voltar para Elia, Rhaenys e Aegon. Sua memória de como foi parar lá estava fresca em sua mente. Sério que Rhaegar planejou isso? Sério que o dragão estúpido realmente achou que Jaime não perceberia Rhaegar saindo e se afastando, o deixando sozinho contra os inimigos no campo de batalha? Ah, ele irá pagar. Ele com certeza irá pagar. Gritos de guerra foram ouvidos, arrepiando a espinha de cada um no navio. Jaime foi puxado violentamente para cima e jogado de barriga contra o convés. –Se alguém nos seguir ele morre! -gritou o Greyjoy. Um pouco atordoado por causa da dor, Jaime olhou para a água e depois para o resto dos inimigos. –Que se dane. -ele diz, preferindo se afogar a ficar nas mãos dele. Jaime se jogou do navio. Alguém tentou o agarrar, mas não o pegou a tempo. Ele se arrependeu da ideia assim que sentiu a água gelada. Jaime se debateu e forçou o corpo para cima, caindo de costas e usando a tábua em que estava preso para boiar. Tiros foram dados no navio, para impedir que alguém fosse atrás de Jaime. Respirando fundo, Jaime bateu os pés para nadar de costas até o navio com a bandeira Redwyne. Homens desciam de barco. Ele foi pego e finalmente sentiu alívio. A coisa de madeira foi cerrada e as cordas foram junto. Ele quase desmaiou. –Alguém traga bebida, comida e cobertores para esse homem. -alguém gritou. Ele aceitou o pão e a caneca de vinho quente com especiarias e mel com alegria. –Senhor, preciso que fique aqui para ser examinado. Seu pai recebeu a notícia do seu resgate e está vindo. Ele assentiu. Tywin chegou quando um meistre examinava Jaime. Quando o homem saiu, Jaime fechou a porta. –Não fui pego por acidente ou descuido. Foi de propósito. Ele viu o maxilar do pai enrigecer. –Nós estávamos lutando e podíamos ter vencido. Mas Rhaegar se afastou e seus homens juntos. Eles me deixaram lá, lutando sozinho. Ele me deixou para morrer. Tywin não disse nada. O brilho perigoso em seu olhar era o suficiente para saber Rhaegar tinha os dias já contados. Quando Elia o abraçou, desesperada, Jaime contou para ela o mesmo que contou a seu pai. Ele admite, ficou assustado ao ver a mesma expressão de seu pai em Elia. –Eu poupei aquele homem para que pudesse fortalecer o reinado de Aegon. Bem, acho que eu e meus filhos já estamos fortalecidos o suficiente. Logo ela lhe deu um beijo e ordenou que ele descansasse. Então ele ouviu os criados comentarem que Elia se trancou em uma sala com Oberyn Martell e Tywin Lannister. Jaime teve que se controlar para não rir.
