Mulheres E Mães

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A agora rainha-mãe finalmente estava de volta ao castelo

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A agora rainha-mãe finalmente estava de volta ao castelo.
Era até estranho saber que nunca mais ela veria Aerys ali, no lugar onde passou por tanto sofrimento sem que ninguém fizesse nada por ela.
Nem mesmo seu filho.
Quando entrou na Fortaleza Vermelha, nem sequer olhou para os três cúmplices de seu filho.
Ah, a guarda real! Como caíram baixo!
Só comparando todos eles juntos com Sir Duncan, o Alto ficava uma falha muito evidente, um verdadeiro abismo de diferença.
Sir Duncan ficou furioso quando seu homônimo largou o compromisso de Jocelyn Baratheon para se casar com sua Jenny.
Quando Jaehaerys e Shaera, seus pais, a obrigaram a se casar com Aerys, ele foi o único que falou em alto e bom som sobre o quanto estava decepcionado e repreendeu duramente tanto eles quanto seu avô Aegon por permitir aquilo, chamando-os de hipócritas na frente de todos.
O que esse homem pensaria ao ver as ações de seus irmãos de manto?
O que diria a sua própria ancestral, que criou a Guarda Real, vendo até onde eles chegaram no fundo do poço?
Ela não sabia.
Mas sabia de uma coisa. As coisas precisariam mudar, o nome de todos eles estavam perigosamente em um grande desprestígio.
Quando foi até onde o filho estava, Rhaella estava prestes a cometer uma loucura de tanta raiva.
Saber que Aerys quase queimou seus netos a deixou louca de fúria. E ficou completamente envergonhada quando sua tia-avó Daella mandou uma carta contando que Rhaegar e Lyanna estavam usando a torre que seu finado marido construiu para ela como seu esconderijo de amor.
Ah não, isso não seria engolido como Rhaegar queria que todos engolissem!
–Mãe! Eu estou tão feliz em te ver de novo!
–Talvez você não sentisse saudade se não tivesse passado tanto tempo fora de  casa. -ela espetou.
Rhaegar ao menos teve a decência de corar e parecer envergonhado.
–Mãe, as coisas não foram tão simples assim, a profecia...
Enquanto Rhaegar tentava explicar o que Rhaella não prestava atenção, ela pegou um livro bem grosso e sorriu.
Pesado e duro o suficiente.
–Esse aqui, é o livro de profecias que você estava estudando não é? -ela fala, interrompendo a explicação para a qual ela não dava a mínima.
–Sim mãe, mas por que está me perguntando is...
Ele não terminou a frase ao sentir uma lapada grande no rosto, que não estava esperando.
–Mãe? -ele fala, chocado, com a mão na bochecha, sem acreditar que ela fez isso.
Logo levou outra bordoada, bem na testa dessa vez.
–Ai!
Rhaella o acertou de novo, dessa vez no ombro.
–Mãe, para!
Rhaegar tentou fugir, mas Rhaella o acertou com força no traseiro.
–Para mãe, tá doendo, para!
Rhaella o encurralou contra a parede e continuo batendo nele com o livro.
Os guardas reais entraram e ficaram entre confusos e com vontade de rir da cena.
–Ai! Ai! Para mãe!
Eles se aproximaram, mas Rhaella os olhou com tanta fúria que acabaram recuando.
–Toquem em mim e vai sobrar livrada pra vocês também!
Rhaegar dava gritos de dor e ela só parou quando o braço começou a doer e estava relativamente satisfeita.
–Agora sim esse livro de profecias serviu para algo útil!
–Mãe, como a senhora...
–Cala a boca! Fica quieto que você vai me ouvir! Que merda você tinha na cabeça Rhaegar? Como você coloca assim todos nós em perigo e nos deixa nas mãos do seu pai pra ficar transando com a noiva do seu primo na torre da tia Daella? Nós quase morremos seu supremo imbecil!
Mesmo com os braços doendo de cansaço, ela bateu nele de novo com o livro.
–Ai!
–Tem noção do que fez? A gente quase morreu por sua causa Rhaegar! Nós quase morremos! Isso não entra na sua cabeça?
Ela deu um grito de frustração, o batendo pela última vez.
Rhaella respirou fundo tentando ficar calma e recuperar a razão.
–Eu vou falar só dessa vez. Quando você era criança nunca te bati, nunca pude, pra falar a verdade. Você era o meu príncipezinho de prata, o meu orgulho e esperança! Mas agora... Eu tenho vergonha de ser sua mãe! Se você sequer der algum indício de que vai nos colocar em perigo mais uma vez por causa de sonhos e profecias, eu vou enfiar o juízo na sua cabeça nem que seja na porrada. Entendido?

Enquanto Houver SolOnde histórias criam vida. Descubra agora