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Depois de uma semana da transferência da Hyuuga, o assunto parecia decolar, diferente do que Ino acreditou. Apesar da apresentação da cheerleaders ter tirado o foco momentaneamente, Hinata voltou com tudo ao se meter em uma briga com Gaara Sabaku.

Shikamaru mal acreditou quando ficou sabendo que a morena havia acertado um soco no ruivo por ter recebido um comentário sexista da parte dele. O Nara sempre soube que o garoto era um babaca, mas para merecer um soco mostrava que ele passou dos limites com a garota errada.

Hinata era uma incógnita para o Nara. Além dos constantes problemas que parecia se envolver, com em uma discussão com o professor de química, Orochimaru, onde ela corrigiu-o durante uma explicação e foi chamada de atrevida, ela se mostrava muito inteligente.

Shikamaru poderia afirmar que era bem mais inteligente que ele, mesmo sendo quase um gênio!

— Oh, Shikamaru, dá pra me dizer o que tá cantarolando ai?

A voz de Ino trouxe o rapaz de volta à terra, que o olhou confuso. Sequer se dera conta que estava fazendo algum som enquanto se mantinha preso em seus pensamentos e observava ao longe, uma morena lendo um livro grosso de física.

— O que eu estava cantando? — perguntou, perdido.

— Foi o que eu te perguntei. Você parece estar repetindo a música estranha que ouvimos a novata cantar outro dia.

Ah, era isso.

Na segunda-feira, Hinata havia passado pelos dois amigos cantarolando Legend, uma música da banda TØP, que era a estampa de sua blusa naquele dia, inclusive. A morena andava com fones e sequer se dava conta que sua voz doce e muita bonita, na opinião de Shikamaru, era ouvida por terceiros.

— Fiquei com a música na cabeça — confessou a amiga — É uma boa melodia.

— Não sei, não ouvi direito. Na voz dela parece bom, mas não é meu tipo de música.

— Claro que não. Você só conhece músicas sertanejas antigas.

— Meu pai é um alcoólatra, o que esperava?

Os dois amigos riram e se levantaram, indo em direção a sala poucos segundos antes do sinal tocar. Shikamaru ainda lançou um último olhar a morena, que parecia alheia ao fim do intervalo, concentrada em seu grande livro.

— Por acaso temos prova de física? — perguntou, preocupado que talvez devesse estar estudando.

— A não ser que seja uma prova surpresa, não. Talvez ela estude por hobby.

— O que você disse?

— Eu sei que estava falando da novata. Eu vi você olhando para ela.

— Não é o que você pensa, Ino.

— Está interessado demais em alguém que nunca sequer te cumprimentou.

— Ela nunca cumprimenta ninguém — justificou, fazendo a amiga rir depois.

— Interessado demais...

Chegaram à sala e se sentaram, encerrando a conversa. No entanto, a mente do Nara não parou de trabalhar. Estaria realmente pensando demais na garota nova?

[...]

A sexta-feira parecia deixar todos ansiosos para o fim de semana, principalmente Shikamaru e Ino, que ansiavam por um tempo para visitarem Chouji. O amigo havia pegado atestado graças a uma intoxicação alimentar.

— Para a surpresa de zero pessoas — resmungou a loira durante a troca de aulas — Ele tem que controlar aquela boca gulosa!

— E se lembrar de olhar a data de validade dos pacotes de batata. — Shikamaru concordou.

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