Epílogo

121 14 1
                                    

É difícil acreditar que já se passaram dezoito anos e dezoito curtos anos que se passaram num piscar de olhos, até outro dia eu estava brincando  de carrinhos com a minha princesa e agora ela está aqui se aprontando provavelmente para ir ver o seu...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

É difícil acreditar que já se passaram dezoito anos e dezoito curtos anos que se passaram num piscar de olhos, até outro dia eu estava brincando de carrinhos com a minha princesa e agora ela está aqui se aprontando provavelmente para ir ver o seu namorado que não me desce muito.

— Pode entrar, mãe. Não precisa ficar me olhando da porta. -Sophie me chama me tirando dos meus devaneios e das ótimas lembranças que buscava em minha mente.

— Minha princesa está tão linda. -Digo entrando no quarto e indo até ela.

— Mãe, eu não sou mais criança e nem princesa.

— Tá bom senhora adulta, vai sair com as meninas ou com Matheus?

— Matheus, ele disse que tem uma surpresa pra mim essa noite, mesmo eu não gostando de comemorar meu aniversário, eu estou ansiosa. -Ela me responde toda empolgada e sorridente me fazendo sorrir com toda a sua empolgação.

—Tente vir para casa mais cedo, amanhã vamos para o rancho do seu avô e não quero sair tarde. E por favor dirija com cuidado. -Peço dando um beijo na sua testa antes de sair do seu quarto em busca do meu querido marido.

— Parece que os papéis se inverteram. -Digo escorada observando o Augusto, que tem trabalhado mais que eu nos últimos meses.

— Infelizmente sim, e as crianças? -Ele pergunta me fazendo rir enquanto eu me sento no seu colo sendo envolvida pelos seus braços.

— Que crianças? Sua criança mais nova de doze anos que investe em dizer que não é mais crianças ainda não chegou da casa Agatha, o seu garotinho de quinze ta na casa da Helena jogando vídeo game e a sua princesinha mais velha que acabou de dizer para não chamá-la mas assim, estava se aprontando para ir encontrar com o namorado. Então você não tem mais crianças meu bem, e sim adolescentes aborrecidos que andam batendo às portas o tempo inteiro.

— Eles cresceram tão rápido que mal vimos o tempo passar. Prova disso foi o Matheus indo até o escritório hoje pedir a mão da Sophie?

— Ele fez o quê? -Pergunto só para ter certeza.

— Ele foi me pedir autorização para pedir a mão da Sophie.

— E espero que você tenha negado. -Digo me levantando do colo dele. — A Sophie tem apenas dezoito anos, ela acabou de ser aceita na universidade, um compromisso tão sério como esse agora com certeza não faria bem para ela.

— Eu sei a idade da nossa filha e também sei como ela foi criada, não acho que ela vai deixar seus sonhos de lado por causa de um casamento, apenas por isso eu dei minha benção a ele.

— Como você pode tomar uma decisão dessa sem conversar comigo sabendo exatamente o que eu penso sobre o Matheus. Não acho que ele seja a pessoa certa para a nossa filha, Augusto.

— Eles estão juntos desde o ensino médio, Clary, se não apoiasse eles agora, mais para frente ela faria isso sem nós ou nos culparia por nunca apoiar ela.

— Tem alguma coisa errada com esse garoto, algo no meu coração diz isso. -Digo colocando a mão no meu peito e sentindo uma sensação estranha.

— Calma amor, isso é preocupação de mãe, é normal. Ele é bom rapaz é de boa família, nossa filha está feliz com ele, e é o que importa. -Augusto responde vindo até mim e abraçando e tentando me acalmar.

— Não sei não, eu pedi que ela tentasse chegar em casa mais cedo que precisamos ir para o rancho amanhã cedo, só que algo me diz que isso não vai acontecer mais.

— Tem certeza que conversar com a Sophie na véspera do seu aniversário é uma boa ideia?

— Não temos outra opção, não vou esperar que o pior aconteça para falarmos com ela, essa é uma conversa que deveria ter tido a uns três anos atrás.

— Você tem razão. Amanhã conversamos com ela. -Ele responde quando recebemos mensagens em nossos celulares quase ao mesmo tempo. — Agatha disse que Lexie não quer vir embora, quer saber se pode dormir lá e trazer ela amanhã?

— Pode né fazer o que, o Josh mandou mensagem também pedindo para dormir na Helena. Eu vou lá responder ele e aproveitar para caminhar um pouco, não trabalha demais. -Peço dando um beijo nele e saindo de seu escritório e logo em seguida de casa caminhando um pouco até a casa da Helena que fica no mesmo condomínio.

Só que mesmo a caminhada e a conversa rápida com a Helena não parece funcionar em nada pois a sensação de que algo está errado não sai do meu peito, tanto que nem faço questão de ficar muito tempo na casa dela e volto quase de imediato pra casa para esperar a Sophie.

Passo pelo Augusto no escritório que ainda está trabalhando e subo direto para nosso quarto, mas a angústia do meu peito não parece ir embora me deixando ainda mais inquieta.

— Achei que já estaria dormindo, meu amor. -Augusto fala entrando no quarto.

— Como se eu conseguisse, estou preocupada com a Sophi.

— Fica calma amor, ela está bem. -Ele tenta me acalmar me puxando para o seus braços.

— Não sei amor, sinceramente eu não sei, eu sinto que tem algo acontecendo.

— Vem, vamos dormir, amanhã quando acordarmos ela vai estar bem e animada nos esperando para o café da manhã. -Ele pede começando a fazer carinho em meus cabelos enquanto eu tento dormir o que demora um pouco mais finalmente acontece. O que não dura muito, já que eu sou acordada com o celular do Augusto tocando.

— Ei amor, o seu celular. -Acordo ele que tateia o criado mudo pegando o seu celular.

— É o Anthony. -Ele diz olhando o nome na tela e se sentando para atender. — O que houve Anthony? -Ele pergunta e eu observo suas mudanças de fisionomias sérias e tensas enquanto ele conversa com o Anthony. — Ta ok Anthony, estamos indo.

— O que foi Augusto? -Pergunto assim que ele desliga vendo o pavor e o medo estampado em seu rosto. —Fala Augusto, o que aconteceu? Foi a Sophie, não foi? Responde Augusto.

— Ela e o Matheus sofreram um acidente.

— Eu sabia que tinha algo errado, coração de mãe não se engana, eu só quero que me diga que eles estão bem por favor, não me diga que eu perdi a minha filha, fala que ela está bem, eu não posso perder ela Augusto, não posso. -Peço não controlando minha lágrimas enquanto eu suplico por respostas.

— O Matheus infelizmente não resistiu, e o estado da Sophie é bastante critico, o Anthony está nos esperando no hospital.

— Minha filha, Augusto , minha filha. -Digo chorando e sendo amparada por ele.

— Ei olha pra mim, presta atenção, nossa filha é forte, ela vai sair dessa, não se esqueça que ela é seu clone e ela não vai desistir nunca, agora chore o quanto quiser para mim, porque quando sairmos por essa porta eu vou querer a minha mulher forte para passarmos toda a força necessária para nosso filha sair dessa pode ser? -Ele pergunta e concordo chorando mais um pouco em seus braços e me recomponho respirando fundo e indo me trocar para ir até minha filha e assim que eu saio pelo a porta do quarto eu me torno a mãe forte que eu vou precisar ser para ajudar a minha filha passar por tudo isso. 

A SucessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora