Love and Life

Estranhamente, Jane.

Max Mayfield

Maxine Mayfield, é meu nome, odeio ele.

Acho que todo mundo conhece minha história. Eu morava na Califórnia e meus pais se divorciaram, uma merda.

E agora tô me mudando pra Hawkins, Indiana, com um meio-irmão que me odeia, Billy.

Eu não conheço ninguém, absolutamente ninguém daqui. E.. Ah, eu odeio pessoas, então você já deve imaginar a minha alegria em vir pra cá.

E aqui estava eu, sendo mimada por minha mãe me arrumando pro colégio.
-Toma, passa isso. - falou me dando um frasco estranho sem etiqueta.

-E o que seria "isso"? - dei enfase.

-Bom, "isso" é o toque especial, meu perfume. Não há um ser humano que não ame ele. - eu acho as coisas dela estranhas, então não duvido nada que isso seja horrível.

-tá bom, - espirrei no meu pulso - uau, é muito bom. - falei cheirando meu pulso.

-Vai lá, tá atrasada. - falou.
-Mãe, são 6:43 - falei com desânimo.

-até chegar lá já vai ser 6:50. -

-ta bom, tchau mãe - falei espirrando mais do perfume em mim, eu vou chegar cheirosa pelo menos.

¶

Chegando de frente pra escola, suspirei olhando a faixada, até que bonita, nem tanto quanto a Califórnia, mas entrei.

Passando pelos corredores, ouvi gritinhos, sussurros e fofocas assim que entrei, me senti.. Estranha.

Ao passar do local, ouvi conversas que pareciam ser mais interessantes.

-Quem seria capaz de nos passar no Dig Dug? - um menino de boné de acampamento e cabelo ondulado de meia altura disse, junto com outras pessoas que não identifiquei.

Espera? Sou eu?

-Quem se importa, vocês ainda tão no topo. - uma voz melódica feminina, respondeu.

De quem é essa voz tão doce?

Dei uma olhada de canto e vi 4 meninos e uma menina.

Um menino meio tímido, com cabelo de tijelinha.

Outro, negro, alto, e bem bonito pra falar a verdade.

O moleque do boné de acampamento e um menino alto de cabelo liso.

Mas quem mais me chamou a atenção foi a menina, ela tinha um rosto angelical.

O anjo que via na minha frente, usava a farda do colégio.
Um all star vermelho e uma calça jeans, que me forcei a ver se era rasgada ou não, e não era.

A segui com os olhos até o corredor.

Quando a perdi de vista me senti pesada, olhei em volta e, todos, absolutamente todos, estavam olhando pra mim.

Eu devo ser um tipo de monstro. Só pode.

Abri o que agora seria meu novo armário, e coloquei a mesma combinação do colégio que eu estudava na Califórnia, não tenho coisas tão importantes.

Fechei rapidamente meu armário e fui pro mesmo corredor da menina desconhecida.

Não havia ninguém ao chegar lá, mas havia uma única porta, ela deve estar lá.