Porquê?

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Max Mayfield

Porquê você sempre ignora os meus sentimentos, On?
Eu nunca vi esse lado da minha vida, a El nunca gostou de mim, isso é uma mentira.

Acordei, com os meninos em volta de mim.

-Tira a mão de mim, porra! - levantei e fiquei longe.
Bando de nerds.

-Max? - os três falaram juntos, que os fizeram se encararem por um segundo.

Tudo começou a chacoalhar, ouvimos barulhos de tiros, e explosões.

A porta se abriu sozinha, e Eleven apareceu.
Aff, porquê não me deixou morrer?

-Max! -  Me viu e veio correndo me abraçar, mas desviei dela.

-Agora não. - olhei-a séria, que me olhou triste.

-Pessoal? Vamos logo. - Hopper nos guiou para o corredor.

Fomos com cuidado até o lado de fora, pelos corredores muito claros.

Saímos do laboratório e entramos no carro de Hopper.

-Alguém vai ter que sentar no colo de alguém. - Hopper nos olhou brincalhão.

Dustin sentou no banco do passageiro da frente, Will sentou atrás, do lado esquerdo.
Lucas sentou no meio e Eleven no banco direito.

Ela deu duas batidinhas na sua coxa, me chamando.

Ah não.

Bufei de ódio.
Mesmo eu querendo distância eu tive que sentar.

Jane Hopper

Chegamos em casa e Max saiu rapidamente do meu colo.

Não entendo, ela está brava comigo?
Eu a salvei.

-Isso acabou? - Will perguntou com medo da resposta.

-Se a polícia fez um bom trabalho lá, sim. - Hopper falou, com medo também.

-Quer ficar aqui? - perguntei de cabeça baixa  à Max.

-Não, tenho coisa melhor pra fazer. - respondeu rude.

Deu de costas e seguiu em rumo ao sol.
Eu saí correndo pro meu quarto e comecei a chorar com a cara no travesseiro.

Porquê?
O que houve?

Eu não fiz nada.

Alguém deu três batidinhas na porta e a abriu.
Continuei com a cara no travesseiro.

-Sabe que tudo é mentira né? - ouvi a voz do.. Do Mike!

Me virei rapidamente e me vi no seu porão.

-como eu vim parar aqui?! - gritei desesperada.

-Vai, joga bola de fogo - Mike estava jogando D&D sozinho.

Eu já vivi isso, eu acho.

Ele olhou pra mim apaixonado, e se sentou ao meu lado.

-Por que tá triste? - perguntou preocupado.

-Quem é você? - me levantei e saí de perto.

Ele continuou olhando pro lado, como se eu estivesse lá ainda.

-Eu conheço bem esse rostinho quando tem algo errado. - sorriu.

-PARA! ME TIRA DAQUI! - apertei os olhos com força.

Quando os abri, me vi num lugar lotado, pessoas bebendo, beijando, dançando.

O "segredinho" meu e da Max.
É aqui.
Olhei em volta, vi Max sentada.
Me sentei ao seu lado.

-que? - ela perguntou me olhando.

Não respondi

-Que pergunta? - Ela continuou.

Ela falou pra eu ir com ela, e me puxou pra um canto num sofá.

Eu já vivi isso.

-Cara, você é perfeita. - ela disse me analisando.

Max subiu em cima de mim, encaixando nossas pernas, e começou a se movimentar, indo e vindo.

-Eu to sonhando, deixa eu acordar. - falei já esperando que não houvesse resposta.

Porém, teve.

-Fica calada, sua puta, você morre hoje. - ela colocou uma faca afiada em meu pescoço.

Ela dava gargalhadas maldosas, ao ver meu medo.
Ela passou a faca no meu pescoço o cortando devagar.

Eu apenas fechei os olhos.
Os abri, sentindo tudo aquilo sumindo.

Me vi finalmente no meu quarto, onde eu realmente estava.

Ouvi outras três batidas.
Era o Will.

-On? - olhou meu rosto de medo.

Abracei-o.

-O que houve? - perguntou preocupado.

-Tive um pesadelo. - ri forçado.

-Ah, sim, é bom se arrumar pro colégio, tá atrasada. - se levantou e saiu do quarto.

Já é amanhã?
Como assim?

Me levantei rápido e fui pro banheiro me arrumar, pensando no sonho.

Será que o sonho começou desde do início do dia? Ou desde quando eu entrei pra chorar?

Tomara que a Max esteja de bem comigo.

Olhei pro celular, era terça-feira, ou seja, a Max não tá normal.

Porra.

Cheguei no colégio e encostei na árvore minha e da Max, a esperando.

Vi ela passar direto, sem ao menos me olhar.
Sabia.

Saí correndo pra dentro pra procurar a Max.

Não a achei.
Então fui pra nossa sala de reunião.
Pelo caminho vi que algumas coisas ainda estavam quebradas, por minha culpa.

Encostei na porta pra ouvir se havia alguém.

-Você enlouqueceu? - Lucas disse indignado.

-Cala a boca, se não for concordar em tirar a Onze do grupo, então eu saio. - Max falou irritada.

Ela quer me tirar?
Ela me chamou de Onze, não era JanJan?
Comecei a chorar, sentindo meus poderes querendo explodir com minhas emoções.

Saí correndo da escola, indo o mais longe possível.
Até que cai na calçada de joelhos.
E soltei um grito altíssimo, que destruiu casas, árvores, jogou carros pra longe, derrubou pedaços de prédios e explodiu fios elétricos.

Novamente, eu sou detida por meus poderes completamente emocionais.



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