Segredinho

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Max Mayfield

-não sei, bebemos demais, se lembra de algo? - perguntou Jane.

"Valeu valeu, você é muito gostosa pra falar a verdade"

"você tá sem calcinha?"

"ei, vocês duas, vistam a roupa ou vão pra outro lugar!"

-não, não lembro de nada. - falei rápido.

-muito menos eu.-

Rimos.

-aqui é o nosso segredinho, sempre que quiser relaxar, me avisa. - falei.

12:43

Eu tô com uma dor de cabeça insuportável, eu bebi demais, e acabei levando a JanJan junto.

Eu sou uma péssima influência.

Jane Hopper

"Bêbados falam coisas aleatórias? "

Era o que tava escrito na minha barra de pesquisa do Google.

As pesquisas diziam

"os bêbados, as crianças, sempre falam a verdade."

"bêbados falam coisas que pensam sinceramente, podendo dizer coisas que jamais teria coragem de dizer sóbrio."

Então, as coisas que a Max falou é verdade?

Isso tudo ta muito confuso.

Saí pra fora de casa e me sentei no chão de madeira ao lado de fora.

-eu acho que a cama é mais confortável do que aí. - ouvi a voz do meu lado direito.

-Max? O que tá fazendo aqui? - perguntei surpresa, me levantando.

-Bom, eu queria te pedir desculpa por umas paradas - falou de cabeça baixa.

Que?

-que paradas? - disse confusa.

-Desde que nos conhecemos eu te ensinei a falar palavrão, e eu só tô te levando pro lado errado. - falou botando a mão no bolso

Coloquei minha mão na boca dela a tampando.

-Fica quieta, por favor. - disse rindo

-você ta me levando pro lado Max, o lado legal, eu gostei desse lado. - Falei dando um sorriso largo

-traduzindo, gostou de mim? - questionou irônica.

-É, eu gostei. - falei no instinto.

Eu e ela paramos e ficamos se encarando por uns 5 segundos, os maiores da minha vida.

-Quer dar uma volta? - me propôs.

-claro, só vou avisar o Ho..- Max me puxou de volta.

-Se quer ser do lado Max, a primeira regra é você manda em si mesma. - sussurrou no meu ouvido

Sorri e a segui pra onde quer que seja.

Andamos até um lugar na floresta que eu nunca tinha visto antes, tinha uns banquinhos, árvores floridas, era muito lindo lá.

-O que achou? - Me questionou.

-Bem legal. - respondi sincera.

-Bem diferente de uma boate cheia de putas, né. - brincou.

-É, bem diferente. - ri.

Reparei que a Max não tem um estilo especifico, ela tá sempre um tipo de roupa diferente que sempre lhe cai bem, impressionante.

Sentamos nos bancos e ficamos lá a tarde toda jogando conversa fora, se divertindo.

-Como era a Califórnia? - perguntei interessada.

-Era legal, tinha muita gente, os lugares eram maneiros, mas não se compara à aqui, aqui tem você. - olhou diretamente pra mim.

Sorri e me virei olhando o céu.

Senti algo tocando minha mão esquerda, era a mão da Max, segurou minha mão e sorriu pra mim.

Que sensação, estranha, mas tão boa.

Eu me sinto. Em casa
Não do jeito físico. Emocionalmente, eu tô em casa.

-Tem alguma chance de que você volte pra lá um dia? - questionei me virando a ela.

-O que? - perguntou confusa.

-Pra Califórnia, não queria te perder.. - questionei acariciando sua mão.

-Não vou de jeito nenhum, só se você deixar de existir. - Max deu um sorriso bobo.

-Toma. - Puxei a pulseira que comprei pra ela.

-J.A.N.E - Max leu meu nome na pulseira.

-Awn, obrigado Jane, muito fofa, sério, prometo que um dia te dou uma com meu nome. - Max falava segurando seu sorriso que era nítido.

E ficamos lá mais tempo, no nosso mundinho.

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