Capítulo 9 - Adeus amor

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"Sua filha está cada vez mais linda,              pena que você não a verá crescer"
                                                        - A.D

Murilo guardou a carta que recebeu junto com as anteriores, diferente das outras, esta mexeu com a coisa mais importante que Murilo possuía, então era hora de agir.

- Oi amor? - Marília atendia a ligação

- Onde você está? - Murilo perguntava preocupado

- No parquinho com Lily, por que? - Marília notava a preocupação do marido - Aconteceu alguma coisa?

- Amor, eu preciso que você vá para casa agora, é urgente

- Está bem, - Marília se sentia nervosa - O que está acontecendo?

- Não se preocupe, vai ficar tudo bem, só faz o que estou te dizendo - Murilo a tranquilizou - Eu te amo.

- Também te amo, meu amor - Finalizou a ligação e fez o que foi pedido

Ao chegar em casa, Marília ficou apavorada, nos muros haviam várias ameaças assinadas por "A.D", ao entrar Marília viu a casa toda revirada e as paredes pixadas, os olhos da loira já estavam cheios de lágrimas, seu coração acelerava em desespero, ela segurava sua filha com força, abraçando-a. Ao chegar no quarto da pequena, tudo estava no chão e a parede tinha a seguinte frase:

"Você mexeu com a pessoa errada, diga adeus a sua querida Lily - A.D"

O desespero de Marília aumentou ainda mais, sentiu uma mão segurar seu braço e respirou aliviada ao ver que era seu marido.

- Murilo, o que está acontecendo?

- Lembra que há meses atrás eu prendi o traficante de armas? - Murilo contou e Lila assentiu - Ele foi morto na cadeia e agora Matheus França, está atrás de mim querendo vingar a morte do irmão

- O que querem com a nossa filha? - Marília chorava

- Não farão nada com ela, eu prometo. Murilo a abraçou - Tem policiais na porta, estamos protegidos. Mas pegue o que for necessário e leve para o carro, precisamos sair daqui agora, ficaremos em um lugar seguro até ele ser preso.

Marília obedeceu ainda com medo mas levava tudo para o carro com a ajuda do marido, ao fecharem o porta-malas ouviram tiros vindo do portão

- Fique aqui - Ele pediu

Murilo foi até a porta, Marília estava apreensiva, Lily estava em seu colo olhando a mãe atentamente, a menina de apenas um ano e oito meses parecia entender tudo e se agitava, Marília tentava acalma-la mas ao ouvirem novos disparos Lily se entregou ao choro fazendo com que os bandidos identificassem o local em que as duas estavam.

- Pegue a criança! - O homem que apareceu na porta da garagem ordenava

- NÃO! - Marília gritava desesperada tentando pegar sua filha de volta, mas logo sentiu alguém segura-la por trás e desmaia-la

Ao abrir os olhos Marília se viu na sala de estar de sua casa, seu marido estava a sua frente e sua filha ao seu lado, todos amarrados juntamente com os policiais que foram até a casa para proteger a família, os bandidos estavam altamente armados, e conversavam entre si pois pareciam não saber exatamente o que fazer.

- Sabe, Huff, no fundo eu sou uma boa pessoa, então vou te dar três opções - Matheuzinho dizia para Murilo - Nós podemos matar você, e sua esposa e sua filha ficam desamparadas.

- Elas nunca ficariam sozinhas - Murilo dizia

- Acha que sou burro? - Matheuzinho ria - Marília Mendonça, sua esposa, tem apenas dezoito anos, saiu agora do ensino médio, se você morrer ela não vai ter como trabalhar e cuidar da sua filha. - Caminhou até Lily - Mas nós podemos matar sua filha, tem apenas um ano e vocês ainda podem ter outros, mas nunca se esquecerão da filha que morreu.

Dear Destiny - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora