Capítulo 8 - Encontro

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Capítulo 8

— Ochako… — Bakugou não sabia o que dizer. Muito menos Ochako. Os dois se encaravam intensamente, sem coragem de quebrar o contato visual.  

— Mãeeeeee!

 A pequena Mochi aparece segurando uma pelúcia de elefante. Quando a menina viu Katsuki, deu um grito de animação. Não acreditava, sua mãe chamou seu super herói preferido para a festa!

 Já Katsuki, não conseguia tirar os olhos de Mochi. Os cabelos dela eram idênticos aos seus, as orbes vermelhas também. Tinha até as bochechas rosadas de Ochako.

 Antes que falasse alguma coisa, um menino surgiu de trás de Ochako. Ele arregalou os olhos. As duas crianças era uma mistura perfeita dele com a Uraraka.

— K-Kastuki… — suas mãos tremiam sem parar. O que ela deveria fazer? Estava entrando em desespero.

— Quem são essas crianças? — foi a primeira coisa que conseguiu dizer. Kahin segurou a mão da mãe, enquanto Mochi admirava o super herói.

— Eles são…

— Mãe, vocês são amigos? — perguntou Mochi.

 Então tudo se encaixou na mente de Bakugou.

 As duas crianças eram filhos de Uraraka. E julgando pela genética, estava mais que óbvio quem era o pai deles. Respirou fundo e olhou intensamente para Ochako.

— Ochako-chan, temos que cortar o bolo! — ouviu a voz de Eijirou. Sem se importar, entrou na casa e seguiu até onde a voz falava. Deu de cara com Kirishima, que levou um susto tão grande que derrubou o copo de refrigerante. — Katsuki?!

— E aí, traíra? — Deus olhos mostravam uma raiva inimaginável. A mãe de Uraraka apareceu na sala, estava assustada. Ochako correu até ele e tentava falar algo, mas suas palavras estavam presas na garganta.

— Katsuki, eu…

— Então foi por isso que você fugiu? Você estava grávida? — respirava fundo, tentando controlar a raiva. Apesar de sempre ter sido violento, nunca levantou a mão para uma mulher, mas controlar seu ódio estava sendo um pouco difícil. 

 Já Ochako, não sabia o que fazer. Precisava tomar uma atitude, pensar em algo, rápido! Mas não, estava vendo tudo em câmera lenta. Cada olhar que dava para Katsuki, a deixava anestesiada. Katsuki com certeza estava tão lindo quanto antes.

— Cara, calma. Respira. — Eijirou tocou o ombro de Bakugou. O loiro o olhou com raiva.

— Seu maldito! Você sabia que a Ochako teve filhos e escondeu de mim! — grudou o homem pela gola da camisa. — Como pôde trair a nossa amizade?

— Eu não traí! Só obedeci o pedido da Ochako! 

 Uraraka sentiu o olhar dele cair em si. Respirou fundo, tentando não chorar.

— Ochako, diga a verdade! Essas crianças são minhas? — Ela respirou fundo novamente e assentiu balançando a cabeça, o que fez Katsuki ficar vermelho de raiva. — Sua… sua… — Não conseguia por em palavras o que sentia. Empurrou Kirishima e saiu da casa, se sentando na calçada, com a cabeça a mil.

 Ochako olhou para Kirishima e tomou uma decisão: Não podia mais fugir de Katsuki. Esse era o momento de puxar a cortina que cobria seus segredos.

 Chegou perto dele em passos silenciosos. Se sentou ao lado de Bakugou e encarou a mão dele, tremendo de raiva. Envolveu a palma do homem com suas mãos e esfregou suas "almofadinhas" de gatinho nos dedos dele.

— Ochako…

— Eu vou te contar tudo. 

 Então Ochako começou a falar.

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