Capítulo 5 - Carta

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Capítulo 5

  "Bakugou

Sinto sua falta. Acho que nunca amei alguém como te amo. Você é o amor da minha vida. Me sinto triste sabendo que poderíamos ter passado momentos tão felizes hoje. Você iria gostar de ter dois bebês? Acho que sim. Estou de nove meses, sinto que os bebês podem vir a qualquer momento. É assustador. Eu queria poder segurar a sua mão durante o parto, eu me sentiria mais segura assim.

 Eijirou me disse que você terminou a U.A com notas perfeitas. Fico tão feliz. Espero que consiga se tornar o maior herói desse mundo.

Ah, sabe qual o nome dos bebês? A menina vai se chamar Mochi, assim como você escolheu. Já o menino, Kahin. Gostou? Estou tão curiosa para ver se eles vão ser parecidos com você! Uma menininha loirinha seria tão fofa!

Essa carta que estou escrevendo e que nunca vou enviar precisa acabar, então, tchauzinho.

Te amo, meu amor."

 Quando terminou de escrever a carta, guardou ela numa gaveta. Acariciou a barriga enorme, sentindo um chutinho. Sua barriga era pesada, afinal, tinham dois bebês nela. E cada dia que passava, a ansiedade para conhecer seus bebês aumentava.

 Eijirou continuava mandando um pouco de dinheiro para ela e também mandava mensagens perguntando sobre como ela estava. Falava bastante de Bakugou. Para a surpresa de Uraraka, Bakugou começou a se recusar a se relacionar com qualquer mulher. Era como ele estivesse respeitando o namoro que nunca teve um ponto final decente.

 Uraraka escutou a campainha tocar e quando abriu a porta, levou um susto.

 Suas amigas estavam lá. Ashido, Momo, Tsuyu, Jirou e Hakagure. Suas melhores amigas. Elas deram sorrisos e pularam para abraçar a castanha.

— Como vocês me acharam? — perguntou depois que se afastaram. Entraram e foram para a cozinha.

— Eu vi quando você foi ao quarto do sensei com o Kirishima, então criei a teoria de que ele poderia saber onde diabos você estava. — contou Jirou.

— Depois que eu fiz alguns chantagens sexuais, ele me contou que você fugiu para a casa dos pais, grávida. — continuo Ashido.

— E quando eu invadi seu quarto para procurar algum resquício de você, achei um teste de gravidez no lixo do banheiro. — comentou Tsuyu.

— Depois que juntamos todas as peças, ficou claro o que estava acontecendo. — Momo cruzou os braços.

— Você fugiu grávida. A única coisa que não sabemos, é quem é o pai do bebê. — finalizou Hakagure.

 Uraraka suspirou.

— No começo do terceiro ano, eu comecei a sair com o Bakugou. No começo só saíamos para conversar e comer, mas um dia nos beijamos e não conseguimos conter nossos sentimentos. Nos apaixonamos. Eu me entreguei para ele, dormimos juntos inúmeras vezes. Era amor. Mas quando engravidei, senti que iria estragar a vida dele, então fugi. — a essa altura, já chorava.

— Amiga… — Ashido segurou sua mão. — Por que não nos contou? Íamos ficar do seu lado, te apoiar.

— Eu não queria incomodar ninguém. Eijirou é o único que ficou sabendo de tudo. Eu pedi para ele afastar o Bakugou de mim e, bem, ele está conseguindo.

— Como é o nome do bebê? — perguntou Momo.

 Uraraka sorriu e acariciou a barriga.

— São gêmeos.

— Gêmeos?! Que incrível! — gritou Hakagure. — Qual o sexo deles?

— São um casal. A Mochi e o Kahin. Estou tão ansiosa para o parto. 

— Vai ser normal ou cesária?

— Normal. Não tenho dinheiro para uma cesária.

 Ficaram conversando por bastante tempo, até que Uraraka resolveu levantar para buscar um suco. Nesse momento, sua bolsa estourou.

— O bebê vai nascer!

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