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No dia seguinte, acordamos juntas. Maraisa iria ao trabalho e eu para meu apartamento pegar roupas e outras coisas necessárias. A morena me entrega uma calça preta e um casaco, ambos azuis.
- Vamos ou vou me atrasar. – Ela diz. – Me encontra no Coffee is life mais tarde que te dou a chave aqui de casa.
- E por que você não me dá agora?
- Por que eu não sei aonde está.
- E como você vai me dar, se não sabe aonde está?
- Ih! É verdade! – Solta uma gargalhada. – Tinha me esquecido. – Ri mais e eu reviro os olhos. – Mesmo assim passa lá para comer alguma coisa.
- Tudo bem, vamos! – Saímos do apartamento e cada uma tomou um rumo.
Não demorou muito para chegar em meu antigo apartamento e logo na porta me deparo com uma faixa escrito:
Propriedade do Banco.O único jeito é entrar pela janela. – Falo a mim mesma. Dei a volta no prédio, subi as escadas externas e logo cheguei a janela do meu apartamento. Abri a mesma e entrei com facilidade, tudo ainda está como deixei. Olhei ao redor, peguei minha mochila, coloquei minhas roupas, tomei um banho, retirei a faixa que estava em minha cabeça, arrumei meus cabelos e coloquei uma touca, vesti uma calça jeans, um suéter, um casaco e por fim coloquei um cachecol. Calcei minha bota, peguei uma grana que estava guardada, coloquei a mochila nas costas e saí do meu antigo lar.
Fui caminhando até o trabalho de Maraisa que não é muito longe de onde eu morava, entrei no local e vi a mesma levando um sermão da chefe, uma senhora de cabelos brancos e óculos sobre o nariz.
- Você não pode aparecer quando quer aqui, Maraisa. Isso é inaceitável! – Ouço a senhora falando com ela. – Você não pode chegar a hora que quer e vir trabalhar quando quer. – Maraisa nota minha presença, cruza os braços e olha para o chão, envergonhada. – Quer saber, você está demitida! – Ela fala quase gritando, então resolvo esperar Maraisa do lado de fora.
Me sento numa cadeira disponível para os clientes da cafeteira, não demorou muito para ela sair do local contando algumas notas de dinheiro. Ela me olha e não diz nada, apenas começa a andar em minha frente. Sem me esperar.
Sua coragem pode mudar seu destino.
Fomos caminhando lado a lado, caladas e pela primeira vez senti falta dela tagarelando o tempo todo.
Pinte o seu mundo com a cor dos seus sonhos.
Chegamos num parque onde havia uma pista de gelo para que as pessoas pudessem patinar, Maraisa logo se anima e nem parece que estava emburrada minutos atrás.
- Vamos patinar, Marília? – Pede.
- Eu não sei patinar, Maraisa. – Respondo.
- Eu te ensino. – Me puxa pelo braço.
- Melhor não, vai você!
- Chata! – Ela revira os olhos e sai correndo para alugar um par de patins.
Vejo algumas pessoas lendo jornais, outras brincando na neve e Maraisa parecendo criança na pista de gelo, sorria feito boba após se desequilibrar e quase cair. Não consegui conter o riso com a cena. Logo, seu tempo acabou e ela pareceu em minha frente rindo.
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uma vida em vinte dias.
Любовные романы| ADAPTAÇÃO MALILA | O que pode acontecer quando duas estranhas decidem se jogar de uma ponte no mesmo dia e na mesma hora? Carla Maraisa, residente de San Francisco que teve um relacionamento fracassado. Marília Mendonça, empresária falida de N...