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" Me sinto num musical adolescente. "

Alguns dias passaram voando

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Alguns dias passaram voando. Desde aquele dia na fogueira várias coisas aconteceram, como por exemplo a Annie tomando coragem e pedindo meu irmão de consideração em namoro. Nem preciso dizer que o doido do Arlert aceitou na hora, claro que isso tudo foi minha culpa. Por sinal, eu e o Eren sempre estamos nos trombando por aí. Nunca combinamos de se encontrar mas, ao que parece o mundo sempre dá um jeito de me fazer tropeçar e cair em cima dele.

Literalmente, eu sempre tropeço de verdade.

— E daí que um filme diz que surfistas e rockeiros não podem ser amigos? Eu sou os dois e amo todo mundo que brota por aqui. - Dou de ombros me afundando na poltrona de couro, estamos reunidos num bar de rock aqui da região.

— Me deixar ser fã da Disney em paz. — Armin bufou e Connie apenas riu desacreditado, iniciamos a conversa falando sobre tartarugas ninjas e acabamos desenrolando altas críticas sociais. Muitas ideias minhas eram contrárias das ideias do loiro, porém não ligamos já que o respeito é acima dessas briguinhas bobas.

— Sasha tá me mandando mensagem, acho que a noite vai ser boa. — Connie se despede de nós dois e saí andando dali.

— Muleque transa mais que um gato no cio, misericórdia. — Meu melhor amigo fez uma careta de nojinho e eu caí na gargalhada instantaneamente. — Que isso minha filha? Tá maluca por acaso?

— Eu maluca? Só se for maluca por você bebê. — Pisco para o garoto fazendo duas arminhas apontadas na sua direção, claro que ele começou a rir da minha vergonha alheia.

— Talarica, dando em cima do macho das amigas. — Annie se senta do lado do loiro com um sorrisinho divertido, ela sabe que vivemos brincando assim.

— Que nada, amiga é p'ra essas coisas. Qualquer coisa eu te pego também, se liga hein. — Olho pela janela vendo um certo moreno fumando do lado de fora, já que não quero segurar vela desses dois vou ir atentar o garoto. — Se me derem licença eu tenho que azucrinar a vida de uma pessoa aleatória, até mais casal.

— Essa pessoa por acaso é o...

— Teu pai? Exatamente lindo. — Corto a frase de Armin mandando um beijo no ar e ele apenas revira os olhos, a garota apenas escondeu o rosto no pescoço dele evitando rir alto, ela é bem envergonhada nessa coisa de gargalhar em público.

Tomo o resto da minha bebida e deixo minha parte do dinheiro para pagar a conta, logo arrumo meu vestido curto de praia puxando ele um pouco para baixo. Por quê eu ainda insisto nessa merda? Vive subindo e me dando raiva, ah sim!? Me lembrei. Eu experimentei, gostei, comprei e quando cheguei em casa pensei melhor e comecei a odiar ele, mas como não cago dinheiro vou usar essa porra até virar pano de chão.

Quando menos esperei já estava do lado de fora, devo estar viajando na maionese por causa do vestido. Ando nada discretamente até o garoto me apoiando nas grades do bar, logo vi uma vista maravilhosa da praia já que o bar é no topo de uma colina.

— Sabia que se continuar fumando não vai durar até os trinta anos? — Finalmente olho para o garoto que já me observava com um ar de curiosidade, deve estar achando que eu sou uma stalker ou coisa do tipo.

— E quem disse que eu já não tenho trinta? — Ele ergueu a sombrancelha dando um trago no cigarro.

— Espera, você tem trinta anos? — Meti o louco já embasbacada, ele não tem essa idade nem fodendo.

— Não, tenho vinte e dois. — Ele ri me deixando aliviada por alguma razão estranha.

— Que pena, curto caras mais velhos. — Limpo uma lágrima imaginária fingindo estar abalada, levem em conta a parte que eu sou uma péssima atriz.

— Eu disse vinte? Quis dizer quarenta, prazer velho da lancha. — Ele estende a mão brincando e eu a aperto com um sorriso.

— Prazer é todo meu. — Sorri voltando a me encostar na grade, esse clima entre nós sempre Fica calmo depois de um tempo, até parece que ele me chapou com uma cartela de remédios para dormir.

Logo eu que tenho insônia.

— Mas então... Por quê está aqui sozinho idoso?

— Não tenho amigos, fora que é proibido fumar lá dentro. — Ele dá de ombros com um sorrisinho.

— E eu não significo nada p'ra você? Quer saber, corta aqui! — Junto meus dois dedos indicadores fazendo uma brincadeira de quando eu era criança, quem nunca fez isso nem tem infância.

— Você é mais que uma amiga.

— Sou é? Posso saber o quê? — Coloco as mãos na cintura e ele apenas imita minha pose abaixando um pouco o rosto para deixá-lo rente ao meu, caramba que cara perfeito.

— Somos super amigos. — Ele dita simples e eu ergo a sobrancelha.

— Isso quem decide sou eu, atualmente você é apenas meu futuro marido idoso e rico que vai parar de fumar e me levar para Dubai. — Viro o rosto de uma vez jogando meu cabelo em seu rosto de uma forma bizarra, me senti uma patricinha de filme americano. — Até lá cuidado para não cair de uma escada, pode acabar morrendo de causas naturais antes de me entregar sua herança completamente.

— Acho que não querida, minha herança iria interinamente para os meus gatos. — Ele disse convencido imitando a jogada de cabelo, parece até um comercial da pantene.

— Espera você tem gatos? Quais os nomes? — Dou uns pulinhos animados, sempre amei gatos mas minha asma não permite que eu tenha um.

— Marco, Ymir e Historia. — O moreno enfiou a mão no bolso de sua jaqueta e então puxou um celular, depois o desbloqueou e em seguida virou a tela do aparelho na minha direção.

— Aí meu Deus! Que fofinhos! — Me aproximei mais vendo a pasta de fotos com imagens dos três gatinhos, todos pareciam ter personalidades fortes e serem bastante bagunceiros, um contraste em tanto com o maconheiro good vibes do Eren. — Posso roubar alguma deles?

— Só por cima do meu cadáver.

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𝑺𝒆𝒓𝒆𝒏𝒂𝒕𝒂 → ᴇʀᴇɴ ʏᴇᴀɢᴇʀ' ʰᵒᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora