06.

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“ A Rose é uma vagabunda, tinha espaço para ela e para o Jack naquela porta. ”

— Sinto que vou vomitar!

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— Sinto que vou vomitar!

— Só mais um pouco, eu não quero perder para um bastardo! Luta mulher! — Eren falou também sentindo o cansaço o afetando.

Cá estávamos nós dois, competindo com duas crianças de no máximo uns seis anos. Qual o jogo da vez? Quem consegue ficar de cabeça para baixo plantando bananeira por mais tempo ganha, levando o prêmio que são dois sorvetes. Meu ego está ferido de estar querendo desistir e isso me leva à pensar, eu morreria muito fácil nos Jogos mortais.

— Desiste logo tia, eu quero meu sorvete! — A garotinha fez um biquinho que quase derreteu meu coração, depois deu um sorriso banguela que me quebrou por completo.

— Porra, essa criança merece um sorvete. — Me jogo no chão fazendo o moreno do meu lado fazer uma cara chocada. — Pega meu dinheiro, vou pagar p'ra vocês dois. — Agarro uma nota de dinheiro do meu bolso e estendo na direção deles, claro que sorriram animados.

— Obá! Obrigado tia. — O garotinho de cabelos cacheados e volumosos saiu da posição junto com sua irmã mais velha, ele parecia com um ursinho de tão fofo.

— Por nada, vê se não deixa o sorvete cair, tudo com gosto de areia fica ruim. — Entrego o dinheiro para eles e logo vejo os dois correndo pela praia, isso foi super fofo.

— Te falta ódio. — Yeager se senta do meu lado na areia, parecia estar fazendo birra como uma criança pequena.

— Te falta compaixão, eles mereceram. — Aceno para os dois que acenaram de volta com um sorriso de orelha a orelha, ele apenas suspirou com um sorrisinho concordando comigo.

— Você tem o coração mais mole de todo esse lugar, nunca vi alguém se derreter tanto com gatinhos e crianças. — O mais velho tira o cabelo do rosto jogando-o para trás.

— Fazer o quê, alguém tem que ser o exemplo p'ra pessoas sem coração. Tipo você, senhor coração de iceberg. — Me movi de lugar ficando por trás dele de joelhos, peguei seu elástico de cabelo e então comecei um penteado aleatório, já fiz cursinho num salão e mesmo assim amo zoar com a cara dele.

— Vai me deixar que nem um personagem de anime de novo? O último penteado foi tão bizarro que fiquei parecendo com um dos Mamonas Assassinas. — Ele ajeitou a coluna e tombou a cabeça para trás de leve, o suficiente para que meus olhos se encontrassem com os seus.

— Tô pensando em te deixar como um dos membros de Backstreet Boys, depois você entra uma boyband e eu viro sua empresária. — Passo minhas mãos delicadamente pelo seu cabelo, levantando a parte de cima e a separando da parte de baixo. Prendo o cabelo dele num rabo de cavalo deixando em baixo solto, depois separo alguns fios deixando-os soltos na parte da frente. — Prontinho.

— Pode parecer estranho, mas sinto que dessa vez está bom.

— Calor que está bom, tudo que eu faço saí perfeito! — Brinquei me deitando na areia e ele sorriu todo bobinho, parecia estar feliz e meio grogue, aposto que fumou uma erva hoje de manhã.

— Tudo menos seu bolinho de caranguejo.

— Em legítima defesa, daquela vez eu tinha trocado o sal pelo açúcar. — Cerrei os olhos e ele ergueu as mãos para cima em sinal de rendição.

Eu tive a brilhante ideia de introduzir o garoto na nossa pequena sociedade, nada a melhor que socializar com os habitantes locais. Ele ficaria bastante tempo por aqui graças ao torneio, então fazer amigos é uma boa ideia. Fazia umas três horas ou mais desde que chegamos na praia, tínhamos participado de um mini campeonato de vôlei, feito castelos de areia com umas idosas, salvado um mini caranguejo de uma gaivota maluca e brincado com algumas crianças.

— O último grupo social para se integrar é o pior. Mal posso esperar para te ver em choque, se prepare para a pior experiência de sua vida!

— Lá vêm... Que grupo?

— Eren Yeager, lhe apresento... — Corto mina frase ficando de pé e fazendo um drama básico para sua curiosidade aumentar, logo aponto na direção da grande praia que menos exploramos hoje. — Adolescentes!

— Não!

— Sim!

— Definitivamente não!

— Tarde demais, já estamos indo!

Puxo o garoto pelos pulsos usando minha força fora do comum, desde pequenininha sou bem forte então depois de algum esforço consegui fazer ele se levantar contra sua própria vontade. Em seguida sai puxando até o grupinho, que parecia bem entediado. Acho que está na hora de ensinar esses doidos o quê é diversão, ficaram tempo demais em casa que sequer ousaram se levantar das cadeiras de praia.

— Ainda não acho que isso seja uma boa ideia.

— Aposto vinte pratas que consigo animar mais seres com hormônios do quê você. — Digo como quem não quer nada e ele sorri entendo aonde eu quero chegar.

— Aposto cinquenta que consigo deixar qualquer um animado.

— Esse é o nome do seu vídeo de sexo. — Brinquei sarcástica fazendo-o rir alto, eu amo falar essa frase desde que assisti “ Brooklyn 99 ” pela primeira vez.

— Tá muito engraçadinha para o meu gosto.

— Fazer o quê né? Sem mim, esse lugar seriam trevas e escuridão! Brilho mais que bunda de Vagalume monamur. — Abaixei meus óculos de sol piscando para ele que suspirou fundo tentando segurar o riso.

— Até onde eu sei, quem iluminou esse lugar mesmo antes de você nascer sempre foi o sol.

— Eu que sou a peça fundamental, brilhante e super sensual desse lugar, o sol só surta e pega fogo mesmo. — Mando um beijo no ar que ele finge pegar com a mão esquerda. — Vamos lá poço de escuridão, se alegra um pouco.

— Mas eu estou Alegre.

— Está? Claro que está! Me desculpe Eren, esqueci que você vive chapado e por isso não consegui descobrir de primeira. — Viro de costas para ele voltando a andar pelo lugar. — Vamos maconheiro, em busca da felicidade!

— Sim capitã. — Ele bate continência sem vergonha nenhuma e em seguida começou a me acompanhar nessa jornada bizarra.

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𝑺𝒆𝒓𝒆𝒏𝒂𝒕𝒂 → ᴇʀᴇɴ ʏᴇᴀɢᴇʀ' ʰᵒᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora